A mais recente Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise, realizada pelo Sebrae RS, entre os dias 1º e 14 de setembro, indica que 87% das empresas estão em funcionamento e 13% seguem sem a possibilidade de retomar a operação, especialmente por terem atendimento predominantemente presencial e por decretos governamentais que mantêm algumas atividades suspensas. Esses percentuais se mantiveram estáveis na comparação com o levantamento anterior. No entanto, o estudo revela que passou de 7% para 10% o índice de micro e pequenas empresas que indicaram o fechamento definitivo.
Conforme o estudo, o faturamento começa a dar sinais de reação positiva. Das empresas pesquisadas, 17% sinalizaram aumento, cinco pontos acima do verificado em agosto. Embora para 55% das empresas o faturamento ainda apresente redução em setembro, este é o menor índice verificado pelo Sebrae RS desde o início da realização da pesquisa de monitoramento, o que pode ser atribuído à retomada gradual das atividades em razão da flexibilização das medidas restritivas.
A média de pessoas ocupadas nas empresas vem apresentando relativa estabilidade nos últimos meses (quatro em julho, cinco em agosto e quatro em setembro) e a expectativa de manutenção dos negócios para os próximos 30 dias é citado por 42% dos entrevistados. Enquanto isso, 30% esperam expandir, índice superior aos 20% aferidos em agosto.
A melhora do cenário provocou redução na busca por crédito, passando de 48% em agosto para 42% em setembro. E houve aumento de 36% para 55% dos que, tendo procurado financiamento, conseguiram o recurso. O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) fechou 55,7 mil operações e liberou R$ 2,98 bilhões no estado até 16 de setembro. O Rio Grande do Sul é o segundo em acordos assinados, atrás de São Paulo, e o terceiro em volume de repasses – São Paulo e Minas Gerais lideram.
Na avaliação de André Vanoni de Godoy, diretor-superintendente do Sebrae RS, os últimos resultados, ao mesmo tempo em que animam, também preocupam pelo aumento no percentual de pequenos negócios que pretendem encerrar suas atividades. “Este é um motivo para aumentarmos os esforços para a manutenção de políticas públicas de auxílio às micro e pequenas empresas para que que esse percentual não evolua”, afirma.
OUTROS RESULTADOS
Ocupação nas empresas nos últimos 30 dias
- 45% diminuiu (51% em agosto)
- 43% manteve (42% em agosto)
- 12% aumentou (7% em agosto)
Média das pessoas ocupadas por setor
- 3 no agronegócio
- 6 na indústria
- 4 no comércio
- 4 nos serviços
Motivo para não estar funcionando
- 24% – somente atende presencial
- 19% – decreto governamental
- 14% – remodelação do negócio
- 10% – decidiu fechar definitivamente
Faturamento nos últimos 30 dias
- 59% diminuiu
- 28% manteve
- 17% aumentou