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APARTE 11

O governo do Estado garantiu a instalação de lombadas eletrônicas nos trevos de acesso à Fazenda Souza e Forqueta. Esta foi uma das informações recebidas pela delegação de vereadores, liderada pelo presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação, Eloi Frizzo/PSB, que se reuniu, na tarde desta segunda (25), com o secretário estadual dos Transportes, Juvir Costela/MDB, e com o diretor-geral do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), Sívori Sarti da Silva, em Porto Alegre. Também participaram os deputados estaduais Carlos Búrigo/MDB, Neri, O Carteiro/SD e Pepe Vargas/PT; o secretário de Trânsito, Transporte e Mobilidade, Cristiano de Abreu Soares; e os vereadores Alceu Thomé/PTB, Kiko Girardi/PSD, Elisandro Fiuza e Tibiriçá Maineri/PRB, Arlindo Bandeira/PP, Edson da Rosa e Gladis Frizzo/MDB, Gustavo Toigo e Rafael Bueno/PDT e Tatiane Frizzo/SD. A comitiva também cobrou a conclusão das obras no acesso ao Desvio Rizzo e a manutenção da ERS-122, entre Caxias do Sul e Farroupilha.

 

PARCERIA

 

O vereador Eloi Frizzo também sugeriu como prioritária a conclusão do trevo de acesso à Forqueta, na ERS-122, em parceria com o Município. Segundo Frizzo, Município e Estado fariam um acordo, “onde a Codeca emprestaria o material asfáltico para o Daer concluir logo a obra e depois receberia de volta”.

 

CASO SEM FIM

 

O vereador Alberto Meneguzzi/PSB enviou ofício ao secretário de Saúde, Julio Freitas, solicitando que o Executivo fiscalize e exija que o Instituto de Gestão e Humanização cumpra o contrato de terceirização da UPA Zona Norte. O documento se deve às constantes reclamações que ele tem recebido sobre demora no atendimento, número reduzido de médicos e suposta prática de assédio moral pela direção aos servidores da UPA. O valor do contrato é de R$ 1,8 milhão por mês.

 

FILA DE ESPERA

 

Nesta terça-feira, no Legislativo de Caxias do Sul, ocorrerá a primeira discussão do projeto de autoria do vereador Edson da Rosa/MDB, que pretende exigir da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) a publicação de uma relação contendo a listas de espera de pacientes por procedimentos, como consultas com especialistas, exames de média e alta complexidade e cirurgias eletivas realizadas em unidades públicas ou particulares, custeadas com verba do Município.

 

Problemas no transporte e nas comunicações atrasam agronegócio

Sem precisar avançar um centímetro em áreas mantidas sob preservação, que atualmente somam 66% do território nacional, o Brasil tem condições de agregar à sua produção atual mais 100 milhões de toneladas de grãos e 100 milhões de cabeças de gado. Para tanto, basta aumentar a eficiência e a eficácia do campo por meio do uso correto das tecnologias já disponíveis.

Foi o que garantiu Paulo Herrmann, presidente da John Deere do Brasil, durante a habitual reunião-almoço de segunda-feira realizada pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul. O dirigente destacou que, atualmente, as plantações agrícolas e as florestas plantadas ocupam em torno de 9% da área territorial, algo como 62 milhões de hectares, com safras anuais de 229 milhões de toneladas de grãos. As pastagens nativas e plantadas destinadas para animais somam 21%, cerca de 180 milhões de hectares, com plantel 220 milhões de cabeças. “O Brasil agrícola é uma potência. E só não dará certo se os brasileiros não quiserem”, afirmou.

De acordo com o dirigente, existem alguns desafios que precisam ser superados para que o país mantenha-se como o grande provedor de alimentos para o mundo. Citou, por exemplo, que é preciso estimular a volta de trabalhadores ao campo. “Temos cada vez menos gente e com mais idade”, detalhou. Um dos incentivos é o investimento na conectividade para que as tecnologias disponíveis possam ser usadas. “Algo terá de ser feito para levar sinal ao campo. Tarefa que pode ser assumida por novas empresas, por estrangeiras ou pelas que já operam as telecomunicações”, enfatizou.

Outro desafio, segundo Herrmann, é com a qualificação de quem trabalha no campo. Assinalou que as tecnologias avançaram muito, mas a qualificação não acompanhou na mesma velocidade. Defende ser necessária uma revisão da grade curricular, que ainda traz conteúdos dos anos 80 e 90. “A formação atual do pessoal do campo está obsoleta”, reforçou.

O presidente da multinacional frisou que também é preciso melhorar a logística interna das propriedades e a externa para a movimentação dos produtos. “Temos, sim, ainda muita ineficiência dentro da propriedade, que precisam ser redesenhadas para aproveitar plenamente os benefícios das tecnologias que os equipamentos oferecem”, manifestou.

Externamente, o principal problema é o custo logístico do transporte de cargas até os portos. Segundo Herrmann, enquanto nos Estados Unidos o custo da tonelada transportada, por hidrovias, é de US$ 20, na Argentina, é de US$ 40 por meio rodoviário e, no Brasil, chega a US$ 90. Por isso, ele destaca que uma das prioridades para mudar este quadro é o investimento na infraestrutura no Centro-Oeste do país, citando como saída marítima os postos do Arco Norte.

Para tanto, seria preciso investir R$ 32 bilhões em cinco obras, o que criaria redução potencial de 50% no custo rodoviário. Uma delas é a ferrovia Norte-Sul, que será privatizada. “A competitividade da agricultura brasileira depende do equacionamento do sistema logístico”, reiterou. Em termos marítimos, segundo Herrmann, o custo da tonelada transportada a partir do Brasil para a China, na ordem de US$ 45, é semelhante ao dos Estados Unidos e da Argentina.

 

FEIRA: FIMMA Brasil abre nesta terça

A 14ª edição da FIMMA Brasil começa nesta terça (26), no Parque de Eventos de Bento Gonçalves, com um gosto especial motivado pelo momento de retomada da economia e pelas inúmeras novidades que proporcionará a expositores e visitantes. A 14ª edição, organizada pela Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), superou o número de expositores da passada e com um fato inédito: 35% deles estão pela primeira vez. “Essa será uma feira da diferenciação, seja em função de projetos inéditos, de novas marcas apostando na credibilidade e pela sua tradição. Grandes marcas parceiras virão com muitas novidades após um difícil período econômico”, enfatiza o presidente da feira, Henrique Tecchio.

De 26 a 29 de março, os cinco pavilhões serão ambientes de informação, conhecimento, networking e lançamentos. Do total de 380 expositores, 32% serão empresas de máquinas, 20% de matérias-primas, 18% de ferramentas, 15% de acessórios e 10% de componente e 5% de outros segmentos. A feira tem expositores de 30 países e a expectativa é de receber 25 mil visitantes. A projeção de negócios é na ordem de US$ 290 milhões. O horário de funcionamento é das 13h às 20h e o ingresso é feito mediante credenciamento em www.fimma.com.br.

 

Livre Iniciativa 11

A Cooperativa Piá, de Nova Petrópolis, consolidou receita de R$ 600 milhões no ano passado, alta de 3% sobre o exercício anterior, e alcançou lucro de R$ 380 mil. Para este ano, a meta é de totalizar R$ 700 milhões. O resultado foi apresentado e aprovado em assembleia dos associados, que entregaram 124 milhões de litros de leite, com preço médio de R$ 1,27, aumento de 7% sobre o 2017. A cooperativa ainda recebeu 2,3 milhões de quilos de frutas, usados na elaboração de iogurtes, bebidas lácteas e geleias, beneficiando 279 associados. “Fizemos um trabalho de ajustes e organização da gestão desde o final de 2017, focando no corte de custos e na mudança do perfil de endividamento de curto para longo prazo, que culminou com o equilíbrio em 2018”, ressaltou o presidente Jeferson Smaniotto. Uma das reduções mais significativas foi na despesa financeira, de R$ 27,5 milhões em 2017 para R$ 14,8 milhões no ano passado.

 

Imposto de Renda 2019

 

O Sindicato dos Contadores e Técnicos em Contabilidade de Caxias do Sul e Região Nordeste promove palestra sobre Imposto de Renda Pessoa Física 2019. O tema será abordado pelo analista tributário da Receita Federal, Gilson César Borges de Almeida, das 17h às 18h30 desta quarta (27), no auditório da sede da entidade. O ingresso é um quilo de alimento não perecível, que será doado a entidades de Caxias do Sul. As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas em www.sincontec.com.br ou pelo telefone (54) 3222-1763.

 

Premiada sem estar no mercado

 

A cerveja Leopoldina Barley Wine, da Cervejaria Leopoldina, nem foi lançada, mas já conquistou medalha de ouro no 7º Concurso Brasileiro de Cervejas. Resultado de parceria com o sommelier de cervejas e juiz internacional, Douglas Mero, o produto foi maturado por dois anos e desenvolve nuances que lembram vinho do Porto, Sherry e Marsala. É uma cerveja sem gás, que exalta seu dulçor e licorosidade quando servida em temperatura ambiente. Com lançamento ao mercado programado para breve, o produto é encontrado, por enquanto, somente na loja da cervejaria em pequenas doses. A marca ainda conquistou medalha de prata com a Russian Imperial Stout e de bronze com a Red Ale.

 

Comemoração e novos projetos

 

A relações públicas Lisete Alberici Oselame recebe clientes, parceiros, fornecedores e imprensa para brindar os 24 anos de fundação da Interface Comunicação e Eventos, que ela comanda em Caxias do Sul. O encontro está marcado para esta terça (26), a partir das 19h, no Intercity Hotel. A comemoração também servirá para apresentação de novos projetos. Dentre eles, o Persona TV, que Lisete retomará em plataforma digital, em parceria com a Bitcom TV. Também será lançado o Blog Persona, hospedado em www.interfaceventos.com.br.

 

Motoristas desrespeitam uso do cinto

Agentes da Fiscalização de Trânsito da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade flagraram 30 condutores trafegando sem a utilização do cinto de segurança na manhã desta segunda-feira (25). O registro foi feito entre 9h30 e 10h50, na Rua Os Dezoito do Forte, no Bairro Nossa Senhora de Lourdes, em Caxias do Sul. No total, a operação abordou 52 veículos e foram registradas 41 autuações.

Conforme o Código de Trânsito Brasileiro, a infração é considerada grave, com multa de R$ 195,23 e cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação. No ano passado, 457 motoristas foram flagrados sem a utilização do equipamento no trânsito na cidade.

 

Grupo organiza ação para públicos carentes

Desde 2000 levando às comunidades carentes de Caxias do Sul ações de transformação e inclusão social por meio do hip-hop, o Coletivo Família UZN (União da Zona Norte) está organizando o seu primeiro evento deste ano, o “Hip-hop Vive, Comunidade Resiste”. A ação está marcada para 7 de abril, a partir das 13h30, na Avenida Santa Fé, número 628, no Bairro Santa Fé. “Esperamos receber de 500 a 800 pessoas, entre adultos e crianças. O objetivo é ajudar famílias que se encontram em estado de vulnerabilidade social. Pretendemos ajudar 30 famílias”, ressaltou Jonas da Silva, diretor do Coletivo Família UZN. O grupo ainda precisa de doações de refrigerante para a festa e de alimentos não perecíveis para montagem de cestas básicas.  

Organizadora de eventos culturais sem fins lucrativos, a UZN quer proporcionar um dia de muita música com diversos artistas da cena hip-hop, arte, brincadeiras e distribuição de lanches. “Como não temos apoiadores, muitas vezes tiramos do próprio bolso para bancar os seis eventos anuais que realizamos. É preciso fazer um esforço para que o evento seja marcante e transformador na vida das pessoas que irão comparecer. Vamos aonde geralmente o poder público não comparece. As pessoas se sentem esquecidas. E isso é perigoso, pois abre portas à criminalidade. Por isso, levamos a mensagem da esperança, de que é possível termos uma vida melhor, trilhando o caminho do bem”, destacou.

Silva salienta que, embora o foco esteja nas crianças e adolescentes, os adultos não são deixados de lado. “Infelizmente, há muitos pais, que quando crianças ou jovens, não tiveram alguém que lhes mostrasse o caminho correto. Acabaram caindo nas armadilhas do crime e das drogas. Todo mundo sabe que é muito mais fácil ceder quando faltam uma base, palavras e atitudes amigas”, frisou.

 

A música salva

 

Com 35 anos, Jonas da Silva atua no movimento hip-hop há mais de 20 anos. Hoje, o UZN, formado por oito integrantes, está disponível para toda a cidade, levando os quatro elementos básicos que compõem o hip-hop: Grafite, Bboy, DJ e EMC. “Nós, da Família UZN, não tivemos uma base familiar estruturada. Tivemos todas as chances para ingressar no mundo da criminalidade. Foi o hip-hop que nos salvou. Por isso, fazemos todo o esforço para proporcionar momentos de lazer à comunidade e contar a nossa história”, frisou.

Conforme Silva, todo valor arrecadado pelos grupos musicais dos integrantes da UZN é revertido para ações sociais. Mas lamenta que, mesmo protocolando projetos há mais de 10 anos junto ao poder público para levar oficinas do universo hip-hop para dentro das escolas públicas, nunca obteve resposta. “Nosso principal objetivo com a música é promover a transformação social nas comunidades. Entra e sai gestão municipal, somos ignorados. Talvez porque não assumamos a bandeira de nenhum partido político. Onde não há intervenção política, sempre somos bem recebidos, pois as pessoas enxergam o valor no nosso trabalho”, assegurou.

A UZN também trabalha para desmistificar a imagem que boa parte da sociedade, fora das comunidades, tem de que o hip-hop é coisa de marginal. “Somos contra qualquer ato segregacionista. Mas para que essas verdades em que acreditamos se tornem concretas, a vida nos mostrou que é preciso arregaçar as mangas e ir em frente. Se ficarmos dependentes, principalmente do poder público, a tendência é que a situação piore”, assinalou. Mais informações pelo Facebook Coletivo Família UZN. Contato para contribuições pode ser feito pelo telefone (54) 9 9211-1870.

 

Edição 1747

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Edição 1503

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Temer fica em silêncio no depoimento à Polícia Federal

O ex-presidente Michel Temer permaneceu em silêncio durante interrogatório, nesta sexta (22), na Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro, onde está preso desde a noite de quinta (21). A informação foi divulgada pela procuradora da República Fabiana Schneider, integrante da força-tarefa da Lava Jato no Rio. Segundo Fabiana, dos oito presos na operação, apenas o ex-ministro Moreira Franco aceitou falar, negando ter recebido ou oferecido propina. De acordo com a procuradora, Temer apenas informou, por meio de seus advogados, que não iria falar.

Questionada se os fundamentos dos mandados de prisão eram suficientemente sólidos para justificar a prisão de Temer, Moreira e os demais presos, disse que sim, por se tratarem de membros de uma organização criminosa estável, que vinha ocultando patrimônio e atuando há cerca de 40 anos. “A força-tarefa do Rio de Janeiro tem sido bastante comedida nos seus pedidos de prisão. Se não houvesse motivos suficientes para prisão preventiva, com toda certeza, não faríamos esses pedidos. Estamos absolutamente convencidos da necessidade da manutenção da prisão”, reforçou.

Segundo a procuradora, uma eventual soltura dos presos, por força de habeas corpus impetrados no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), poderia atrapalhar as investigações. O TRF2 informou que os pedidos de habeas corpus serão julgados pela 1ª Turma na próxima quarta-feira (27).

 

Inconformado

 

O ex-presidente Michel Temer está inconformado com a sua prisão, disse o ex-deputado Carlos Marun (MDB-MS), que esteve pela manhã, na Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro (na foto com Temer quando estavam no governo). "Temos a mais absoluta convicção de que, em mantido o devido processo legal, o presidente resultará inocentado de todas essas acusações", afirmou. Para Marun, que foi ministro da Secretaria de Governo de Temer, a prisão é ilegal e arbitrária. O ex-ministro usou a prerrogativa de ser advogado para fazer as duas visitas à cela do ex-presidente, que foi montada em uma sala com banheiro e janela. Segundo ele, Temer pode estar sendo vítima de uma disputa entre a Lava Jato e o Supremo Tribunal Federal. "O presidente talvez tenha ficado como um marisco entre o mar e o rochedo", afirmou.

 

“Existem muitos interesses por trás do Caso Magnabosco”

O ex-prefeito Alceu Barbosa Velho/PDT conhece muito bem a história da ação rescisória do Caso Magnabosco, que será julgada, na quarta-feira (27), pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Grande parte da carreira política, em Caxias, teve que conviver com o fantasma de uma decisão desfavorável ao Município, que teria que indenizar a família Magnabosco pelas terras onde está localizado o bairro Primeiro de Maio.

Foram três mandatos, dois como vice-prefeito de José Ivo Sartori/MDB e um como sucessor dele na chefia do Executivo de Caxias do Sul. Em entrevista exclusiva à FOLHA DE CAXIAS, Alceu conta como surgiu a ação rescisória e as medidas que adotou, como prefeito (2013-2016), para que o STJ deferisse o processo em favor do Município.

 

Folha: Como surgiu a ideia da ação rescisória?

Alceu Barbosa Velho: Em 2005, quando assumi o mandato de vice-prefeito do Sartori, a ação dos Magnabosco contra o Município já vinha rolando. A Prefeitura vinha sempre dependendo de uma decisão. Então, em um determinado momento, a Justiça deu decisão contra a Prefeitura, numa interpretação minha como advogado, totalmente equivocada. Foi quando o Superior Tribunal de Justiça, por três votos a dois, decidiu que tínhamos que pagar a conta. O Município não tinha condições. Por isso, o então-procurador-geral, Lauri Romário Silva, a pedido do prefeito Sartori, entrou com esta ação rescisória.

 

Folha: Qual vitória da defesa do Município foi mais importante?

Alceu: Se não fosse essa ação, já estávamos pagando essa conta há muito tempo, o que é injusto e absurdo. Quando assumi a Prefeitura, minha postura foi de continuar defendendo o Município. Tanto que conseguimos um efeito suspensivo na execução. Depois dessa decisão, no finalzinho de 2016, na minha administração, a gente conseguiu novamente o efeito suspensivo para o pagamento deste valor. Os vários prefeitos que conviveram com esse caso nunca titubearam.

 

Folha: Como avalia as críticas sobre uma suposta inércia da sua parte na resolução do caso?

Alceu: Fizemos o que estava ao nosso alcance e, agora, algum bobalhão, palhaço, mal informado, fica dizendo que ficamos 12 anos e não resolvemos. Não fizemos isso porque é um valor extremamente grande e injusto e, por isso, recorremos a todas as instâncias.

 

Folha: Qual foi a estratégia do seu governo para acompanhar esse processo?

Alceu: Contratamos, em Brasília, o ministro Ilmar Galvão, que ajudou na confecção e ajuizamento desta ação rescisória. Contratamos, depois, o desembargador Araken de Assis, um dos maiores especialistas neste tipo de ação, que nos deu um parecer, onde coloca uma pá de cal em cima dessa tese absurda que teríamos que pagar. Isso tudo vai ser analisado no julgamento da próxima quarta-feira.

 

Folha: Em sua opinião, por que a ação foi retirada de pauta em dezembro do ano passado?

Alceu: Essa história tem muitos interesses. Imagina repartir R$ 600 milhões. Conhecendo Brasília como conheço, sei bem que lá os ‘aguapés se mexem’. Precisa ter muito cuidado. Estamos lutando contra gente muito poderosa e, evidentemente, que o advogado da outra parte está no papel dele. E não há nenhuma censura em ganhar causa. Eles querem ganhar a causa. Até porque a Justiça nem deu ganho de causa. Nós, que estamos perdendo sempre, achamos injusta e recorremos até a última instância.

 

Folha: Pretende acompanhar o julgamento, em Brasília?

Alceu: Estou com a passagem comprada e paguei com meu dinheiro. Como estou muito envolvido e conheço essa ação, não acredito que os ministros se posicionem contra o Município. Quero estar lá presente também para dar apoio aos nossos procuradores. Inclusive, essa equipe da PGM, chefiada pelas advogadas Ana Claudia Schittler e Karen Comandulli, foi bastante decisiva para tentar uma solução. Infelizmente, acabou sendo tirada de pauta no final do ano passado, que nos prejudicou bastante. Estaremos lá, tentando ajudar com a minha formação, como ex-prefeito, torcendo para que Caxias não sofra esse baque, que vai ser um atraso. Assim como ela está, já é um atraso incrível, esse nosso gestor. Agora imagina se tiver que pagar todo esse valor.

 

Folha: Qual a sua avaliação sobre a postura do atual governo e do Legislativo com relação ao processo?

Alceu: “Ele [Daniel Guerra] titubeou no começo. Na transição de governo, falei para o prefeito que estava tudo encaminhado, que era uma ação perigosa, mas que estávamos bem amparados. O Ilmar Galvão e o Araken de Assis foram pagos pela Prefeitura. Eu disse, vai atrás disso. Quando assumiu a Prefeitura, nomeou Ana Claudia Schittler de subprocuradora, que era a pessoa da minha confiança nesse processo. Tínhamos uma equipe de quatro procuradores. Pelo menos, ele manteve os procuradores e eles continuarão combatendo. Eu não sei se o prefeito fez alguma viagem à Brasília para tratar desse assunto, mas os procuradores sempre fizeram muito bem a defesa do Município. Os vereadores estão fazendo um papel muito bonito, indo à Brasília, buscando apoio e expondo toda a situação e consequências caso o Município perca a ação.

 

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