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Ficou tudo para a última rodada

CANELA – Nenhuma equipe no Campeonato Municipal de Futebol Segunda Divisão confirmou classificação para a próxima da competição. Na penúltima rodada realizada na tarde de sábado (22) três partidas ocorreram com seis equipes entrando em campo. Na Celulose em jogo único, William, Tatu e Laion fizeram os gols da vitória da Lavacar por 3 a 1 diante do Bola-Bola que teve o gol marcado por Espoleta.

Outras duas partidas ocorreram no Parque do Sesi, sendo o primeiro jogo com goleada. Juliano (três); Nicolas (dois) e David completou o marcador na goleada da sua equipe,os Mercenários de 6 a 2 sobre o Santa Catarina que teve os dois gols anotados por Tiaguinho. Fechando a rodada, o União fez 2 a 1 no Rio Branco/Âncora. Os gols da vitória foram de Hélio e Jodaer e Andinho fez para sua equipe que acabou sendo derrotada. Com estes resultados, as quatro vagas para a semifinal estão em aberto, faltando apenas uma rodada para encerrar a primeira fase da competição.

Confira a classificação com a pontuação e o número de jogos respectivamente: 1º União Rancho Grande (10 -5); 2º Rio Branco/Âncora (10 -5) 3º União* (10 – 6); 4º Lavacar (7 – 5); 5º Bola-Bola (7-5); 6º Mercenários (4- 5) e 7º Santa Catarina (1 – 5).

*Já completou as partidas desta primeira fase. Tiaguinho do Santa Catarina e Juliano dos Mercenários são os artilheiros da competição com seis gols cada e com quatro sofridos, União Rancho Grande tem a melhor defesa.

Compartilhando histórias de vida

Tudo começou em 1976, quando o empresário Jaime Prawer, fundador do Café Colonial Bela Vista (em 1952) e da Fábrica de Chocolates Prawer, reconhecendo o talento da doceira Lira Caliari, que era sua funcionária na empresa, e a ousadia empreendedora de seu marido Osmildo, os convidou para serem seus sócios no café. “Quando recebeu a proposta de ser sócio do seu Jaime Prawer, ele pegou a única coisa que tinha, que era uma casa, vendeu e colocou no negócio. Ali começou a história de empreendedorismo dele”, conta Anderson.

Como o chocolate acabou dando muito certo na cidade, seu Jaime acabou se dedicando a este negócio e vendeu sua parte do Bela Vista a Caliari. Com o tempo o chocolate e o café colonial acabaram se tornando marcas de Gramado, uma espécie de destino turístico, pois os visitantes acabaram pegando o hábito de vir à cidade para apreciar as duas experiências gastronômicas, que acabaram alavancando o turismo regional, fazendo par ao Festival de Cinema. Até que, em 2006, 30 anos depois, “já um pouco cansado de trabalhar sábados, domingos e feriados, sempre em ritmo frenético”, seu Osmildo decidiu passar a gestão do Bela Vista aos filhos, Anderson e André. Os dois já tinham adquirido alguma experiência empresarial, mesmo que em negócios que acabaram não dando muito certo. André já era consultor de empresas.

O primeiro negócio de Anderson, aos 19 anos, foi uma sociedade na Academia Corpus, depois pôs uma loja de couros, mas em 2006 também fechou, pois o negócio não estava lucrativo e aceitou assumir o Café Colonial Bela Vista. “Momento em que se iniciou uma mudança, de profissionalização na família Caliari”, lembra Anderson. Como os dois eram formados em terceiro grau, imaginaram que iriam “bombar”, colocando em prática o que aprenderam na faculdade, mas não foi bem assim, foi necessário aprender lidar com o negócio na  prática, conforme explicou. “A gente viu que não era tão simples assim, como na teoria. Ali a gente teve um tempo em que tivemos de aprender como era gerir uma empresa. Porque quando você faz um curso de administração, a gente vê lá as empresas, é lindo, maravilhoso. Todos os professores vão lá e falam o seguinte: Ah, vamos olhar aqui a empresa listada em bolsa, olha que lindo, tem governança corporativa, tem controle, tem o organograma mais lindo do mundo, tem profissionais trabalhando, tem conselho, etc.”. Mas que, em empresas familiares, há um desafio extra, que é fazer esse conhecimento ser útil.

Desde logo os irmãos passaram a estudar alternativas de crescimento, onde chegaram a pensar até em fazer franquias do Bela Vista, mas não deu certo. Outra tentativa frustrada foi uma indústria de congelados em busca de um negócio lucrativo, mas que livrasse os finais de semana e feriados, pois não queriam para si, o que seus pais enfrentaram durante 30 anos. “Mas também não deu certo. Foi um caos na verdade, tivemos que pagar tudo o que era conta e atrasou e era uma briga”. Ali, lembra que o pai, “muito lapidado, compreensivo e tranquilo, com perfil calmo” (ironizando) o elogiou: “Tu é um burro”. “Esse era o nosso elogio, mas são coisas que foram ajudando a gente a amadurecer dentro das empresas”, reconhece. E seguia a interrogação sobre o que fazer para crescer, pois embora o negócio do Café fosse consolidado e eles eram formados tecnicamente, estava demorando encontrar uma alternativa, pois eram sabedores de que só o Bela Vista não comportaria toda a família. “A gente não vai pôr filho de um, filho do outro, filho do outro, todo mundo trabalhar, um vai ser garçom, outra doceira etc., não tem como”.

No Café, lembra Anderson, os turistas sempre perguntavam de neve, já que muitas vezes eram anunciadas pela mídia, mas acabavam não acontecendo. E também perguntavam muito sobre atrações em dias de chuva. Com isso na cabeça, em 2007, numa viagem a Bariloche, onde conheceram o Skibunda, juntaram o tico e o teco. Concluíram que Gramado precisava de um parque de neve indoor, que pudesse ser frequentado em dias de chuva e que nevasse o ano todo. Foi quando começaram a pesquisar e encontraram uma referência, em Dubai. Intensificaram as pesquisas em viagens pelo mundo, descobrindo os técnicos.

Após muitas tentativas e estudos sobre como fazer o tal parque de neve e quando finalmente isso ficou esclarecido, havia um obstáculo ainda maior: o orçamento. Pois todos vinham em euros, eis que a tecnologia estava na Europa. Além de serem altos, de 20 milhões de euros acima, na conversão isso se multiplicava cerca de dez vezes. E, no Brasil ninguém tinha experiência em parque de neve.

Até que, em 2010, após três anos de buscas, conheceram um holandês casado com uma brasileira e que morava no Brasil, que planejava instalar um parque destes em São Paulo. Este veio conhecer Gramado e aceitou fazer uma parceria, trazendo a tecnologia da Europa. Assim, com a parceria e colaboração de várias pessoas foi possível viabilizar a implantação do Snowland.

Hoje, o parque de neve é um sucesso, eis que mais de dois milhões de pessoas já o visitaram e já há planos para ampliação. Com esse empreendimento se consolidando foi possível dar novos passos, com o Gramado Parks, Gramado Termas, entre diversos outros Brasil afora, chegando a mais de mil colaboradores. “Nossa ideia é melhorar o destino onde a gente está, então Gramado como nosso destino mãe, a gente sempre procura valorizar.

No final Anderson deu uma pitadinha sobre o que a sociedade de Gramado muitas vezes comenta sem uma análise coerente. “Eu me lembro de uma época, sobre uma fábrica de móveis da cidade, falavam que era a máfia italiana que estava injetando dinheiro. Nós aqui, é o Edir Macedo que está colocando dinheiro na Snowland. Acho que o gramadense tem que começar a assumir que é um povo que trabalha muito. Todos nós trabalhamos muito. A gente não precisa atrelar as conquistas dos outros a fatores fantasiosos. Para todo mundo funciona do mesmo jeito, é começar as seis da manhã e ir até onde for preciso”.

 

Alerta contra golpes aplicados por financeiras

Autoridades trabalham para alertar a população em geral, mas principalmente idosos, contra golpes que estão sendo aplicados por financeiras e bancos. A Comissão do Idoso da Câmara Municipal recebeu denúncias de que algumas instituições estariam descontando valores diretamente na aposentadoria. Entretanto, essas pessoas nunca solicitaram o serviço.

 “Repassamos as informações para o Procon Caxias do Sul, que tem toda estrutura para fazer uma  análise mais criteriosa e constatando ilicitude, aplicar a penalidade cabível. Em agosto, juntamente com órgãos de fiscalização, vamos fazer um evento abordando toda a temática que envolve o público da terceira idade. Para protegê-los, talvez seja o caso de se pensar a criação de uma legislação específica”, frisou o presidente da Comissão do Idoso, vereador Felipe Gremelmaier/MDB.

Sobre os assuntos ligados aos idosos na relação de consumo, o coordenador do Procon Caxias, Luis Fernando Del Rio Horn, informou que a entidade trabalha com diversas ações no combate a qualquer tipo de abuso. “Desde 2018, estamos desenvolvendo trabalho muito forte nesta questão de empréstimos. A principal orientação é que, quando haver qualquer contato de empresas ofertando serviços, que não se descarte nada. Seja pessoalmente, ligações, mensagens, emails, além do nome da pessoa e empresa, e qual o conteúdo repassado. Com essas informações em mãos, nos procure, para que possamos fazer uma apuração e ver do que realmente se trata”, orientou.

Conforme Horn, de outubro passado até fevereiro desde ano, o Procon abriu 25 processos, abrangendo consumidores de todas as faixas etárias, contra instituições financeiras. Aplicando multas em torno de R$1,2 milhão. Dentro deste processo, uma financeira foi interditada, mas logo retornou a operar, devido à determinação judicial. “Essa foi à primeira leva. Mas daremos continuidade nesta ostensiva, atuando em conjunto com outros órgãos competentes. O intuito é tornar esse tipo de atividade praticamente inviável. Pois, enquanto for completamente viável, as financeiras atreladas com os bancos que dão respaldo continuarão aplicando esse tipo de conduta criminosa”, salientou.

Horn atribui como principal responsável pelo fato de ocorrer essas ações lesivas ao consumidor a omissão do sistema financeiro nacional. Órgão deveria ser o primeiro a zelar pela integridade das informações, dos usuários e seus ativos, o Banco Central pouco faz para conter abusos. “Essa é uma triste realidade que o Banco Central deveria encarar de imediato e solucionar. Eles têm o poder da caneta na mão. O Procon, assim como outros órgãos, não vai esmorecer. Mas a bem da verdade, que quem tem o poder de resolver essa questão da noite para o dia, infelizmente, está omisso”, criticou.

 

Financeiras desrespeitam limite de 30%

 

Enquanto nenhuma solução definitiva é tomada, o Procon, além de dar tratamento a questões de assinaturas e cláusulas de contrato, está dando enfoque especial de como determinados dados pessoais são adquiridos por empresas, sem autorização. A partir dessa ação, atuando também nas ofertas abusivas, citando como exemplo ligações em horários indevidos e com várias tentativas. “O principal alerta para quem recebe uma oferta “irrecusável” de financeiras, é muito simples. Não existe milagre. É óbvio que o empréstimo tomado, vai acabar caindo na aposentadoria, na pensão. O que pode resolver um problema imediato, logo na sequência irá se tornar uma bola de neve. Outro fator é que, no empréstimo consignado ou no cartão da aposentadoria, o limitador de empréstimos é de 30%. Mas existem financeiras que desrespeitam esse regulamento, ofertando empréstimos pessoais. Em alguns casos, comprometendo toda a renda do aposentado”, alertou Luis Fernando Del Rio Horn.

O coordenador do Procon também alerta para que as pessoas fiquem espertas quando receberem chamados de financeiras, convocando-as a comparecer no estabelecimento, para fazer a retirada de um saldo que sobrou em função do último financiamento tomado, ou que foi sorteado com algum benefício. “Estes são os chamarizes mais utilizados. É tudo mentira, na verdade o que eles querem, é fazer o consumidor  assinar um novo contrato. É uma covardia o que algumas empresas fazem. O cliente dará conta do prejuízo, no mês seguinte, quando for retirar a sua aposentaria e esta vir com desconto”, frisou.

Portanto, em qualquer situação, antes de assinar um contrato financeiro, Horn orienta que o cliente peça uma cópia do contrato e compareça o Procon, que desde outubro de 2018 disponibiliza um guichê especial para este tipo de atendimento, sem a necessidade de agendamento de horário. Havendo irregularidades, como cláusulas abusivas, o Procon irá informar, assim como as possíveis consequências ou ajustes a se fazer. “Depois de assinado, é muito difícil reverter um contrato. Por isso a importância de nos procurar antes, e ter a real ciência do que estará se comprometendo. Todo consumidor tem o direito de antes de assinar um contrato, pedir uma cópia para analisar com mais calma”.

O Procon Caxias está localizado na rua Visconde de Pelotas, 449, Centro,telefone  (54) 3214-5645.

 
   
   
   
   
   
   


 

 

Oscilações vão marcar o inverno

O período das temperaturas mais frias do ano, o inverno, teve início nesta sexta-feira (21) e se estenderá até o dia 23 de setembro. Conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), desde meados da primavera de 2018, até a primeira quinzena deste mês, vem sendo registrado o fenômeno El Niño, de fraca intensidade, o que deve se manter até praticamente o final da primavera 2019.

 No entanto,o prognóstico do Inmet, indica que as chuvas ocorrerão acima da média em grande parte dos três estados do Sul do Brasil. A maior frequência das frentes frias contribuirá para maiores variações nas temperaturas ao longo deste trimestre, porém as temperaturas médias devem permanecer acima da média climatológica, exceto na metade sul do Rio Grande do Sul e leste de Santa Catarina, onde o inverno deverá ocorrer dentro da normalidade com temperaturas mínimas podendo atingir valores abaixo de 0ºC em áreas serranas e planalto, principalmente no mês de julho, o que pode ocasionar formação de geadas e até queda de neve.  

Fato que se ocorrer será muito benéfico para fruticultores. Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caxias do Sul, Rudimar Menegotto, o que vêm preocupando muito os agricultores da região é a questão de o outono ter passado sem ter registrado temperaturas baixas. “Principalmente para o segmento da fruticultura, é muito necessário que tenhamos frio. Temos o inverno todo pela frente, mas se as temperaturas não caírem, poderemos ter problema no desenvolvimento da próxima safra. No ciclo normal em maio e junho, já se começa a ter temperaturas mais amenas. Mas o que temos visto, são temperaturas que às vezes chegam próximo de 30ºC. Isso não é bom, pois temos registros de pessegueiros já florescendo”, frisou.

Menegotto explicou que todas as principais culturas frutíferas da região necessitam em menor ou maior escala de uma certa quantidade de horas de frio inferior a  7,2 ºC. Com isto, elas conseguem entrar no período de dormência. Que é quando a planta tem o seu desenvolvimento temporariamente suspenso. Minimizando o gasto energético, por reduzir a atividade metabólica, ela conserva a energia que será fundamental para posterior floração. “Esse período, tem início após o término do inverno, qualquer floração que venha antes, não é bem vindo. O ideal seria se tivéssemos entre 400 e 500 horas de frio, o que garantiria um bom período de dormência e provavelmente uma boa safra”, explicou.

Para o pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, Adeliano Cargnin, o fato de o outono ter registrado precipitação abaixo da média pode ter alguns impactos até positivos, mas é fora do normal. “Geralmente as temperaturas começam a cair em maio, estamos praticamente no final de junho e ainda não fez frio. Embora a quantidade de frio varie de acordo coma espécie e variedades, é necessário que tenhamos pelo menos 300 horas abaixo de 7.2ºCno decorrer deste inverno. A macieira por exemplo, para ter uma boa frutificação, é a que mais necessita de horas de frio, 500 horas”, informou.

Sobre as demais culturas, como as hortaliças, Menegotto disse que o inverno tem pouca influência, pois amaior parte dos produtores, está localizado nas regiões mais baixas do município, onde raramente cai geada. “No mais, é ter os cuidados básicos, se possível as protegendo com túneis e estufas de plástico, ficar atento ao excesso de umidade e aumento de incidência de doenças fúngicas”.Na produção de animais, Menegotto salientou que os pecuaristas já fizeramo plantio deforrageiras de inverno, anuais ou perenes, diminuindo assim, acarga animal em pastagens naturais, o que atrelado com os cuidados habituais, é o necessário para está época do ano.

Para falar como está a estrutura de saúde de Caxias do Sul, para atendera população nesta época do ano, em, que tradicionalmente aumenta a demanda por atendimentos e tratamentos, em decorrências de doenças de inverno, a assessoria de imprensa da Secretária Municipal de Saúde informou que nenhum dos médicos especialistas em doenças relacionadas ao frio, se dispuseram a falar.

 

 

RS tem média de 15 crianças desaparecidas por dia

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o termo criança é aplicado a indivíduos que tenham até 12 anos de idade. A adolescência ocorre dos 13 aos 17 anos e a fase adulta começa aos 18 anos. Somente no Rio Grande do Sul, de 2016 a 2018, mais de 17 mil crianças e adolescentes desapareceram. Os motivos são variados, mas incluem raptos, assassinatos, comércio de órgãos e pedofilia, entre outros crimes.

Diante da enorme vulnerabilidade que há, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul instalou em maio uma Frente Parlamentar para lidar com o problema. Nomeada de Frente Parlamentar em Defesa de Crianças e Adolescentes Desaparecidos, a proposição veio do gabinete do deputado tenente-coronel Zucco (PSL). O trabalho da Frente Parlamentar é para fortalecer ações junto aos órgãos de segurança públicos para impedir que crianças e adolescentes sumam, assim como auxiliar as forças policiais a investigarem casos atuais não solucionados.

De acordo com Zucco, uma das prioridades a partir de agora é pela aprovação do Projeto de Lei nº 73/2019, que institui o Banco de Dados de Reconhecimento Facial e Digital de Crianças e Adolescentes Desaparecidos. “A ideia é criar grande interação entre o Instituto Geral de Perícias e os órgãos de segurança através da integração de câmeras de segurança em aeroportos, rodoviárias e shoppings de vários municípios gaúchos. Existe um software que custa R$ 1 milhão e pode ser adaptado para esse fim. Uma das possibilidades é uma parceria público-privada”, destacou o deputado.

Conforme Zucco, Caxias do Sul é uma das cidades que teriam integração das câmeras de segurança com o software, já que a cidade é a segunda maior do Estado e conta tanto com rodoviária como com aeroporto. A integração de câmeras de vigilância nas estradas, como em praças de pedágios, não está descartada. O Centro Integrado de Comando, localizado em Porto Alegre e construído para a Copa do Mundo de 2014, poderia ser adaptado para atuar como central para o banco de dados, que também teria integração com outros bancos de dados nacionais.

 

Caxias registra poucos casos

 

Quando o assunto é o desaparecimento de crianças e adolescentes em Caxias do Sul, quem comanda as investigações é o delegado Caio Marcio Brisolla Fernandes, que desde 2018 é o titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). De acordo com Fernandes, no entanto, são pouquíssimos os casos de crianças desaparecidas na cidade, e a grande maioria dos casos registrados envolve adolescentes.

Caio Fernandes explica que muitos casos diferentes são englobados com o título genérico de desaparecimento. “É muito comum que jovens de 16 ou 17 anos saiam para festas nos finais de semana e depois acabem indo à casa do namorado. Os pais, preocupados, buscam a DPCA e registram o desaparecimento. Esse é uma situação bastante comum em Caxias do Sul”, admite. Ele lembra que, de um ponto de vista objetivo, as chances de que a jovem esteja sendo submetida a algum crime são muito pequenas.

Entretanto, há casos em que o desaparecimento de crianças é motivo de crime. O último caso de que se tem registro na DPCA ocorreu em 2018, quando a menina Naiara Soares Gomes, de sete anos, desapareceu. Ela foi encontrada morta dias mais tarde e a polícia já identificou o agressor. “Mas casos como esse são muito raros. Além dos adolescentes que vão para festas, existem casos em que eles simplesmente decidem sair de casa. Nós temos evidências de jovens que telefonam para os pais, dizem que está tudo bem, mas que não querem voltar para casa”, explica Fernandes.

Para o delegado, a pior época é o Carnaval, quando há um aumento do número de registros de desaparecimentos. Apesar disso, ele garante que o número de casos vem se mantendo estável nos últimos meses. Por falta de precisão, no entanto, ele não informa quantos são os casos que entram na média mensal. “Muitas vezes, os pais ou tutores formalizam esse desaparecimento. Depois, o filho volta para casa e os pais não nos avisam. Por exemplo, há casos no sistema de múltiplos desaparecimentos sem a localização. Como é possível desaparecer e voltar a desaparecer sem reaparecer?”, questiona o delegado, enfatizando a importância de os pais ou tutores manterem comunicação com a DPCA.

 

Registro de desaparecimento

 

Se os pais ou tutores perceberem que uma criança ou adolescente está desaparecido, não é necessário esperar 24 horas para registrar o sinistro. O procedimento correto é procurar o Plantão Policial e registrar o caso como desaparecimento. Se possível, deve-se ter em mãos uma fotografia atual da criança ou adolescente, para inserção no banco de dados, e uma lista com telefones de pessoas próximas, colegas de aula e/ou amigos.

Assim que o registro for feito, ele entra no sistema integrado das forças de segurança. Se a Brigada Militar interceptar um veículo e a criança estiver nele, a própria corporação vai receber um alerta no sistema e encaminhar o menor para as autoridades competentes.

 

Presença dos pais evita problemas

 

Graduada em Psicologia pela Universidade Luterana do Brasil, Arielly Fernanda Vargas trabalha em Caxias do Sul com crianças e adolescentes. Para ela, a presença dos pais na vida dos filhos é vital para evitar que eles estejam sujeitos ao desaparecimento. Entre as orientações que Arielly propõe, está o diálogo sincero, expondo a que riscos eles estão sujeitos. Mudanças no comportamento dos jovens ou baixo rendimento escolar também podem indicar algo que deve ser investigado.

Ela cita também os perigos das redes sociais e quando é que se deve tratar do tema com os filhos. “As redes sociais, quando mal utilizadas, são um facilitador para quem deseja fazer mal a alguém. É importante conversar. Fazer com que os filhos saibam o próprio nome completo, os nome dos pais, telefone, endereço, para caso precisem pedir ajuda. E não existe uma idade correta, mas esses ensinamentos podem ser introduzidos quando se orienta sobre o que pode e o que não pode fazer, onde tocar e onde é proibido”, diz Arielly.

Conhecer a identidade dos amigos, ensinar que se deve pedir permissão para ir a algum local e que a criança tem o direito de dizer “não” se alguém as tocar de forma diferente é vital para evitar que elas estejam sujeitas ao rapto e ao desaparecimento. Nos casos em que as crianças chegam em casa com um brinquedo diferente, o qual os pais não sabem a origem, também é passível de investigação.

 

SAÚDE: PGM contestará lei da fila de espera

Cássia Kuhn informou que a PGM trabalha na ADIN que contestará a lei que obriga o Município a publicar a fila de espera por atendimentos especializados na rede básica de saúde de Caxias do Sul. Entre eles, estão consultas, exames de média e alta complexidade e as cirurgias eletivas realizadas nas diversas unidades do sistema Único de Saúde (SUS).

Depois de derrubado o veto do prefeito Daniel Guerra, a matéria de autoria do vereador Edson da Rosa/MDB foi promulgada pelo presidente Flávio Cassina, no dia 18 de junho. Entre as alegações do Executivo, está o tempo previsto para a lei vigorar, estipulado em 60 dias.

Segundo Cássia, o Município não tem condições de operacionalizar a lei neste prazo. Enquanto tentava o acolhimento do veto, o Executivo protocolou projeto semelhante na Câmara de Vereadores.  “Temos uma série de questões estruturais para colocar o projeto em prática. Desta forma, propomos 360 dias”, salienta.

 

PGM entrou com 19 ADINs contra leis aprovadas pelo Legislativo

Em dois anos e meio de governo do prefeito Daniel Guerra/Republicanos, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) ingressou com 19 Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADINs) contra leis que foram promulgadas pela Câmara de Vereadores, depois de derrubar vetos do Executivo. Somente este ano, o foram 11 ações protocoladas. As outras oito ocorreram nos anos de 2017 e 2018. Segundo o levantamento, o total de ADINs da atual gestão é 375% maior do que em toda a administração anterior. Em quatro anos, o ex-prefeito Alceu Barbosa Velho/PDT ingressou com apenas quatro ações. Foram duas em 2013 e mais duas em 2015.

 

QUESTÃO DE PARECER

 

De acordo com a procuradora-geral, Cássia Azevedo Kuhn, nove dos 11 processos ingressados este ano, ocorreram depois que ela assumiu o cargo, em fevereiro. Ela avalia o crescimento do número destas ações pelos pareceres dos órgãos de consultoria do Legislativo, o Instituto Gamma de Assessoria a Órgãos Públicos (IGAM) e a DPM (Delegação das Prefeituras Municipais).

“As consultorias indicaram que os projetos são inconstitucionais. Mesmo assim, eles seguiram tramitação e foram aprovados. Nós estamos sendo mais rigorosos na avaliação da constitucionalidade das matérias. Por isso, neste governo aumentou muito o número de ADINs protocoladas pela PGM”, explicou Cássia.

Conforme a procuradora-geral, os projetos aprovados pelo Legislativo são analisados por três procuradores. Em seguida, enviados para parecer final dela e do procurador-adjunto, Moser Copetti de Góis.

 

ADIN sobre a lei dos alvarás obteve liminar da Justiça

 

O mais recente caso de ADIN foi sobre a lei complementar que permite a liberação de alvará de licença sem a carta de Habite-se. A legislação é de autoria dos vereadores Adiló Didomenico/PTB e Velocino Uez/PDT. A legislação foi promulgada pelo presidente da Câmara de Vereadores, Flavio Cassina/PTB, no dia 20 de maio. A derrubada do veto do prefeito Daniel Guerra pelo plenário ocorreu no dia 14 deste mês.

Dois dias depois da promulgação, a PGM informou que iria ingressar com uma ADIN. A ação obteve liminar favorável do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ/RS), no dia 4 de junho, suspendendo os efeitos da lei. Cássia Kuhn sustenta que a lei é inconstitucional. “Tivemos exemplos claros sobre a falta de segurança de prédios, como no caso da Boate Kiss, em Santa Maria e, da obra do Andreazza, recentemente, em Caxias do Sul. É preciso estudar uma outra forma de desburocratizar a concessão dos alvarás, mas não esta”, afirmou.

 

Vereadores insistem com projeto alternativo

 

Mesmo antes da concessão da liminar pelo TJ/RS à ADIN proposta pelo Município, no dia 24 de maio, os vereadores Adiló Didomenico/PTB e Velocino Uez/PDT protocolaram um novo projeto de lei complementar a fim de flexibilizar a liberação de alvarás de localização. Segundo eles, para aprimorar o projeto anterior, promulgado quatro dias antes pelos vereadores.

Na nova redação, os parlamentares acrescentaram que, além da liberação de alvarás provisórios para empreendimentos localizados em loteamentos irregulares, a liberação de alvarás com a ausência da carta Habite-se deverá passar por critérios visando à segurança.

Segundo um dos autores da matéria, vereador Adiló Didomenico, o impasse ocorreu devido à falta de diálogo do Executivo. “Como não houve nenhuma colaboração por parte do Executivo e, com base nas declarações da procuradora-geral, nós procuramos aprimorar o projeto corrigindo os pontos citados por ela, buscando fazer a nossa parte, ajudando a economia do Município, para que, finalmente, ele destrave essas questões burocráticas”, explicou.

Cássia Kuhn confirmou a reunião com Adiló e Velocino. Entretanto, disse que se manifestou contrária à legislação. “Os vereadores vieram falar comigo, pedir uma colaboração, entramos em consenso. Contudo, eu sempre fui contra esse projeto”, afirmou.

A procuradora diz que a PGM está confiante na manutenção da decisão liminar no julgamento do mérito da questão pelo Tribunal de Justiça. Isso porque, segundo ela, o Legislativo não teria recorrido da liminar, possivelmente, tendo em vista o protocolo do projeto alternativo por parte dos dois parlamentares.

 

 

Fruticultura: Seminário discute cultivo sustentável

Especialistas de renome internacional da fruticultura irão apresentar conceitos inovadores, de 25 a 27 de julho, durante o IV Seminário Internacional de Fruticultura, que apresenta como tema de destaque "Sustentabilidade da produção de frutas no cenário atual", em Vacaria (RS).

Tecnologia de aplicação, tendências de mercado, melhoramento genético, sistemas de condução, porta-enxertos e comercialização de cultivares são alguns dos temas que tem o objetivo de possibilitar uma maior produtividade aliada a obtenção de frutos de alta qualidade e expressão do máximo potencial produtivo da macieira.

O evento começa na manhã do dia 25 com dia de campo sobre tecnologias de aplicação usadas nos pomares de maçãs na região, no Pomar Socorro, na propriedade Passo da Porteira, e segue, até o dia 27, com palestras, atividades e discussões. Entre os destaques da programação estão aas palestras de José Becker Reifschneider, Patricia Ritschel e Adalécio Kovaleski.

A promoção do IV Seminário Internacional de Fruticultura é da Proterra Engenharia Agronômica e Mussatto Consultoria Rural, com apoio da Embrapa Uva e Vinho, ASAV, UCS, UERGS, UFRGS, AGAPOMI, ABPM, EPAGRI, Prefeitura de Vacaria e Secretaria da Agricultura do RS.

 

 

Ponto de Safra movimenta mais de R$ 4 mi em seis meses

Uma das feiras mais sustentáveis de Caxias do Sul, o Ponto de Safra já movimentou mais de R$ 4 milhões de janeiro até agora. Os três locais de feira venderam mais de dois milhões de sacolas, totalizando 897 toneladas de hortifrutigranjeiros até a última edição na sexta-feira passada (14/06). A comercialização é realizada pela Secretaria Municipal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Smapa).

O Ponto de Safra incentiva o consumo sustentável, simplificando o processo de venda, já que o produto passa das mãos do agricultor local direto para o consumidor final. Desse modo, ocorre a valorização da agricultura do município na economia caxiense. Além de fomentar o agronegócio, a modalidade também influencia a permanência do produtor no campo.

Jerry da Silva, coordenador do Ponto de Safra, explicou o processo de evolução da comercialização. "A consolidação dessa feira acontece pelo esforço dos produtores em entregar um produto de qualidade e de maneira organizada. Muitos consumidores têm pressa e a venda por porção acaba sendo mais eficiente", apontou. O Ponto conta com mais de 500 produtores, divididos em 69 associações, que são grupos de agricultores que cooperam entre si para comercializarem seus produtos.

O consumidor Paulo Gabriel Beltran, 23 anos, morador do Centro, aprovou a qualidade dos produtos. "Como trabalho de noite, eu passo direto aqui. O preço e a qualidade dos produtos são excelentes", avaliou. Já Maria do Pato Bibiana da Cruz, 29, moradora do bairro Cristo Redentor, recomendou a feira para toda a população. "Eu gosto. Além do preço ser bom, os produtos vêm direto do produtor. As pessoas precisam conhecer a feira, pois é uma ótima oportunidade de adquirir hortifrutigranjeiros", orientou.

O agricultor Fernando Molin, 48 anos, morador de São Gotardo, em Vila Seca, produz temperos verdes e couve folha, além de feijão. Ele faz parte da associação Hortifruti Terra, que vende 24 mil sacolas anuais no Ponto. "Conseguimos complementar a nossa renda graças ao Ponto de Safra. Nessa comercialização vendemos direto para o consumidor, com isso a população consegue um bom preço e nós produzimos cada vez mais por conta da demanda", argumentou.

A comercialização ocorre sempre às sextas-feiras, em três pontos: Treze de Maio (entre a Sinimbu e a avenida Júlio de Castilhos), das 5h30 às 16h; Moreira César (entre as ruas Os Dezoito do Forte e Sinimbu), das 6h às 17h; e Praça Dante Alighieri, das 6h às 17h. Cada sacola é comercializada a R$ 2 e o peso de cada produto varia toda semana, de acordo com a cotação de preços divulgada pela Ceasa Serra em parceria com a Smapa.

 

Cerca de 15 mil exemplares são vendidos na Feira do Livro

MARTINA BELOTTO

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GRAMADO – Uma série de atividades, incluindo apresentações musicais e artísticas, sessões de autógrafos, bate-papos e venda de livros, movimentou a Rua Coberta e os bairros da cidade nos últimos dias, durante a 23ª Feira do Livro. O evento se encerra amanhã (25) e já teve mais de 100 mil visitantes. Para os 15 expositores, o resultados das vendas também foi surpreendente. Até agora, foram cerca de 15 mil exemplares comercializados.

De acordo com a Martins Livreiros Editora, que expõe na feira há mais de 20 anos, o evento realizado em Gramado é referência para o setor em termos de vendas, movimentação e visibilidade. “Não tem quem não queira participar disso, é o destaque entre as feiras. A expectativa é sempre muito grande, porque essa feira é exemplo até mesmo em nível nacional”, avalia o livreiro Luiz Alfredo Borges, de Porto Alegre.

Para a coordenadora geral da Feira, Margarete Inês Anschau, a avaliação é positiva tanto para os visitantes quanto para os expositores. “Na minha opinião, de todos esses dez anos que eu trabalho na feira, essa é a melhor de todas”, afirma. Ela também entende que o resultado é fruto de um trabalho harmonioso entre a equipe da Secretaria da Cultura. “Nos dedicamos muito para esse evento acontecer. Está dando muito certo”, completa.

Com o tema “Liberte a imaginação”, a 23ª edição do evento também buscou aproximar a garotada da literatura. O tema desta edição foi escolhido justamente para estimular a leitura infantil. Mais de cinco mil crianças foram agendadas para participar da programação da feira. Dentro dessa programação, o evento terá a premiação do concurso literário “E então” e do projeto “Mais Leitores”, promovidos em parceria com a patrona Marô Barbieri.

 

Confira o último dia de programação

Amanhã (25)

 

9h e 10h – Contação de Histórias “Era uma vez… quer que eu te conte outra vez?” com Patrícia Alberti – UCS Campus das Hortênsias

Onde – Sala de Oficinas

Indicação – Educação Infantil

 

9h – Espetáculo Teatral “Guardiões da Árvore Sagrada” com o Teatro Luz e Cena

Onde – Palco Cultural, na Rua Coberta

Indicação – Séries Finais

 

9h30 – Contação de História “Não quero usar óculos” com Fabrício Beckermann

Onde – EMEI Pequenos Gigantes

Indicação – Educação Infantil

 

10h e 14h – Conversando sobre o livro “Mandala do Sabor” com a autora Denise Weinréb

Onde – Escolas da Rede

Indicações – Séries Iniciais

 

10h e 15h – Intervenção Artística do Programa de Artes

Onde – Rua Coberta

Indicação – Livre

 

10h15 – Sessão de Animação com patrona Marô Barbieri

Onde – Museu do Festival de Cinema

Indicação – Ensino Fundamental

 

14h e 15h30 – Contação de Histórias “Era uma vez… quer que eu te conte outra vez?” com Patrícia Alberti – UCS Campus das Hortênsias

Onde – Sala de Oficinas

Indicações – Séries Iniciais

 

14h – Sessão de Animação com patrona Marô Barbieri

Onde – Museu do Festival de Cinema

Indicação – Ensino Fundamental

 

14h30 – Contação de História “Não quero usar óculos” com Fabrício Beckermann

Onde – Educação Infantil Picorruchos

Indicação – Educação Infantil

 

15h – Espetáculo Teatral “Guardiões da Árvore Sagrada” com o Teatro Luz e Cena

Onde –  Palco Cultural, na Rua Coberta

Indicação – Séries Finais

 

16h – Premiação do Concurso Literário E Então? e Concurso Projeto + Leitores

Onde – Palco Cultural, na Rua Coberta

Indicação – Livre

 

17h – Encerramento da 23ª Feira do Livro com a participação de Travelling Souls Duo

Onde – Palco Cultural, na Rua Coberta

Indicação – Livre

 
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