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Edição 1519 – Dia 21/05/2019

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Empate contra o Inter e vice-liderança no Gauchão Juvenil

GRAMADO – O Centro Esportivo Gramadense (CEG) teve intensa movimentação em suas categorias de base no fim de semana. Mais de 130 atletas estiveram em campo defendendo as cores do clube em importantes competições. Ao todo, o Gramadense teve compromisso em quatro campeonatos diferentes entre sábado e domingo.

No mais badalado e sendo a mais importante em que o clube está envolvido, o Gauchão Juvenil, o Gramadense manteve a invencibilidade. Jogando sábado (18) no Campo da Baixada pela segunda rodada, o adversário foi a forte equipe do Internacional e voltou a apresentar um bom futebol e enfrentou de forma igualitária o Colorado.

A equipe de Porto Alegre saiu na frente no último lance da primeira etapa, após cobrança de escanteio e o Gramadense buscou o empate com gol de Luís na segunda etapa, deixando a partida em 1 a 1. O CEG está na segunda posição e soma quatro pontos no grupo A, que conta com Internacional, Tamoio, São José e Oriente.

O treinador Gustavo Corrêa comentou sobre a partida. “A equipe jogou bem, teve um postura de quem quer buscar a vitória, não se intimidou com o adversário, por muito pouco não conseguimos os três pontos, porém saímos satisfeitos com o resultado”, afirmou.

Coordenador das categorias de base do Gramadense, Lucas Roldo comemorou o ponto contra o Internacional, valorizando o placar visto que poucas equipes irão conseguir este feito diante do Colorado.

“Este ponto temos que comemorar, pois é muito difícil tirar pontos do Inter e este resultado podem nos colocar na classificação e o que deixa feliz foi a postura da equipe, trabalhamos sempre para estar em nível bom de equipe para que possamos fazer frente e nos credencia a tentar a classificação.

Sabemos que não é este bom resultado que está tudo certo e também um mal resultado que estará errado, vamos trabalhando com calma valorizando os jovens de Gramado e região e mostra que estamos no caminho certo”, explicou. Conforme a tabela da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) publicada em seu site, o próximo adversário do Gramadense será o Oriente no dia 28, às 15h na Vila Olímpica, em Gramado.

Copa Sesc

Novidade nas competições disputadas pelo Gramadense a Copa Sesc impôs dois compromissos no final de semana. Sábado pela manhã, no Campo do Gaúcho, bairro Mato Queimado, o CEG recebeu o Apafut em duas categorias. Na categoria sub-16, vitória por 3 a 1, com gols de Pablo, João Cardoso e Tales. Já na sub-14, a vitória foi por 4 a 2. Kauan Senna (dois), Leonardo e Gabriel foram os responsáveis em marcar.

Lifesa e Gauchinho

A gurizada do sub-12 entrou em campo pela Lifesa. Jogando diante da Degafut, na manhã de sábado, a equipe acabou sendo superada perdendo por 3 a 0. Encerrando o final de semana de competições, no domingo (19) foi a vez das partidas válidas pelo Gauchinho. O Gramadense teve três jogos diante do CTFP/ River. Os jogos foram disputados na Serra Grande, no campo do Independente. Na categoria sub-15, vitória por 2 a 0, com gols de João Walter e Gustavo Lima. Pelo sub-13 goleada por 7 a 0, com gols de Ramiro e Cristian (dois cada), João, Igor Lorenzo e Cauan completaram o marcador. E no sub-11, o Gramadense venceu por 2 a 1, com gols de Mateus Ludke.

Inicia o Salão Internacional do Couro e do Calçado

GRAMADO – A presença de lojistas de todo o país gera expectativas na indústria calçadista brasileira para a realização do Salão Internacional do Couro e do Calçado (SICC), que iniciou hoje (20) e segue até quarta-feira (22), no Serra Park. A expectativa da indústria é obter no evento um incremento de 10% nas vendas. A feira conta com 400 expositores, 1.800 marcas de calçados femininos, masculinos, infantis, esportivos, bolsas e acessórios. A organização espera receber 18 mil visitantes nos três dias do evento, especialmente lojistas, importadores e profissionais do setor.

De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), o Brasil é o quarto produtor mundial de calçados. Em 2018, o país chegou a 944 milhões de pares produzidos, a maior parte deles, consumido pelo mercado interno. “Apesar do momento econômico um tanto indefinido nosso mercado interno tem sido responsável por manter nossos índices de produção. O SICC reforça a sua importância nesse contexto, por atrair esse lojista nacional”, afirma Frederico Pletsch, diretor da Merkator, promotora do evento.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados de Três Coroas, Joel Brando Klippel, as expectativas dos fabricantes para a feira são altas pela importância do evento no contexto brasileiro. “Temos a expectativa de uma grande feira, com um incremento de vendas de 10%. Esta feira se mostra cada vez mais forte e mais importante. Tanto é que as vendas que antecedem a feira estão em torno de 30% da capacidade industrial. É um volume baixo, que demostra que o lojista está aguardando as novidades”, ressalta.

A feira também vai ter um braço forte de comercialização com os mais de 200 importadores de 50 países que estarão presentes em Gramado, dentro do projeto Grupo de Importadores. “Pelos menos cerca de 50% dos nossos expositores estão inscritos para rodadas de negócios com estes compradores. Por isto, acreditamos que as exportações estarão em alta na feira, principalmente para os países da América Latina, nossos tradicionais parceiros”, avalia Pletsch.

 

Banco de Alimentos passa por dificuldades

Atuando desde 2005, o Banco de Alimentos de Caxias do Sul atende 107 instituições de assistência social, que servem cerca de 8 mil refeições diárias. Para manter este serviço, a entidade precisa da ajuda da comunidade por meio de doações ou trabalhando como voluntário nas campanhas desenvolvidas.

Conforme a gerente da organização, Cristina Fabian Gregoletto, o serviço já chegou a distribuir entre 70 e 80 toneladas de alimentos por mês. Atualmente, vem mantendo média de 40 toneladas. “Em razão dessa queda, não estamos conseguindo enviar toda a quantidade que as entidades necessitam. Até o final de 2018, recebíamos verba federal do Programa de Aquisição de Alimentos. Com este valor, comprávamos mantimentos da agricultura familiar. Em alguns meses, conseguíamos ofertar até 80 toneladas. Era um atendimento que supria toda a demanda. Agora, com o corte desse recurso, sem que nos fosse dada nenhuma explicação, tivemos queda de praticamente 50%. Somos totalmente dependente das doações”, ressaltou.

Para fazer com que todas as 107 instituições sejam atendidas, pelo menos de maneira satisfatória, o Banco de Alimentos tem equipes de nutricionistas que regularmente as visitam. O objetivo é orientar para que consigam manter o atendimento o mais próximo possível das necessidades. Também é montado um sistema de logística e de avaliação para fazer com que os alimentos cheguem num bom estado. “Sempre necessitamos de doações de todos os tipos de alimentos. Ultimamente, temos tido mais dificuldade em conseguir feijão e leite”, destacou.

No segundo sábado de cada mês, o Banco de Alimentos realiza o Sábado Solidário em 40 supermercados, com a presença de cerca de 100 voluntários. Instituições que queiram participar do programa devem se cadastrar junto ao Banco de Alimentos. Mais informações pelo telefone (54) 3211-5943 ou email [email protected]. O Banco de Alimentos está localizado junto a Ceasa, na Rua Jacob Luchesi, 3181.

 

Mutirão para aumentar estoques

 

O Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPcD) realizou no sábado (18), das 13h às 17h, na Praça Dante Alighieri, uma ação de arrecadação de mantimentos. “Sabemos que o Banco de Alimentos enfrenta dificuldades para ofertar alguns alimentos; em outros casos sequer consegue atender na quantidade demandada”, expõe José Carlos Reis, presidente do CMDPcD.

O pedido era para que, preferencialmente, a população contribua com doações de produtos não perecíveis, como arroz, feijão, leite em pó e massa, entre outros. “Vivemos em tempos de recessão econômica, mas se cada um contribuir com um pouquinho, o resultado é grandioso. Também fizemos parcerias com algumas empresas, que arrecadaram alimentos em suas sedes”. Também participam da ação o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, as coordenadorias de Acessibilidade e de Relações Comunitárias, e o Legislativo.

 

Entidade reivindica mais vagas para pessoas com deficiências

 

Principalmente em decorrência de acidentes, a população caxiense com algum tipo de deficiência vem aumentando, já chegando a 70 mil pessoas. Em razão disso, uma das frentes de atuação do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência é a garantia de trabalho para essas pessoas. Para o presidente José Carlos Reis, somente atender as cotas é insuficiente. “A maioria das empresas apenas cumpre o que a lei determina. Estamos lutando para que passem a contratar um número maior de pessoas com deficiência. Temos a impressão que os responsáveis pelos recursos humanos das empresas desconhecem ou ignoram a capacidade física e intelectual dessa população, que é muito capaz”, ressaltou. Segundo Reis, em Caxias, as maiores dificuldades são com a acessibilidade precária, principalmente em relação a rampas em ruas e nos acessos a estabelecimentos pelos cadeirantes. “A maioria das lojas não possui rampas. Também enfrentamos dificuldades com as calçadas particulares, em geral, esburacadas, irregulares e sem piso tátil. Seguidamente acionamos a Justiça em razão dessas questões. Justamente nesta área é que conseguimos fazer muita coisa em favor da pessoa com deficiência e de toda a sociedade, pois as medidas beneficiam a todos. Mas a estrutura física Caxias precisa evoluir muito”, adverte.

Dentre os pontos positivos, Reis ressaltou o transporte coletivo, classificado como um dos melhores do Brasil. “Temos um bom diálogo com a Visate. Sempre que surgem reclamações, prontamente somos atendidos”, destacou. O conselho atende de segunda a sexta, na Rua Visconde de Pelotas, 449, Centro. Mais informações pelo telefone (54) 3215-4320 ou email [email protected].

 

INOVAÇÃO: Icehot projeta triplicar equipamentos

Em um ano de atividades, a startup Icehot chegou à marca de 20 equipamentos instalados em 12 municípios gaúchos, oferecendo água gelada e quente de forma gratuita a milhares de consumidores desde abril de 2018, quando o negócio estreou no mercado. Desde que o primeiro equipamento foi instalado, em Venâncio Aires, mais de 420 mil litros de água já foram distribuídos pela rede de mobiliário urbano. "Esse dado atesta a assertividade da ideia e a aceitação das comunidades, que têm acesso à água pública de qualidade", destaca um dos idealizadores da marca, Samuel Panta.

A Icehot já prospecta outro desafio: almeja 50 instalações até o final de 2019. Para isso, aposta, entre outros fatores, na implementação de novidades nos modos de relacionamento com municípios e patrocinadores e mais facilidades aos usuários. "Estamos planejando a implantação de um sistema para gerenciamento e venda de mídia online e cadastramento por CPF para coleta de dados e utilização do serviço. Além disso, vamos aperfeiçoar as ideias do Icehot Beach, exclusiva para praia, e da versão com exclusividade para água gelada, a mais consumida pela população, em comparação com a quente", acrescenta um dos idealizadores da marca, Alex Oliveira.

O Icehot é uma espécie de bebedouro, fabricado em aço inox, equipado com filtros que eliminam impurezas da água antes de chegar ao consumo. O sistema disponibiliza água gelada, a 5°C, e quente, a 85°C. A facilidade é ofertada de forma gratuita, uma vez que o Icehot não necessita de investimento do município, que arca, apenas, com o fornecimento de água e energia elétrica. Para confecção, instalação e manutenção, o mobiliário é viabilizado exclusivamente por meio de mídias, que divulgam suas marcas no próprio equipamento. Nos 20 municípios, são mais de 100 marcas patrocinadoras e parceiras da Icehot.

 

Seminário debate novos caminhos da construção

Novidades e inovações, alternativas para competitividade e a revisão da norma de desempenho serão temas abordados durante o II Seminário CONSTRUindo – O caminho para construir o novo, uma realização do Sinduscon Caxias, por meio do Sinduscon Caxias Jovem. O objetivo do evento é reunir cerca de 200 profissionais e estudantes universitários da área da construção civil, na quarta (22), das 13h às 18h30, no Centro de Eventos do Hotel Intercity, em Caxias do Sul.

Para tratar dos temas ligados à construção civil, participarão três palestrantes de renome nacional e internacional. Otto Borges, COO da Housi, do grupo Vitacon, abordará o tema “Como vamos viver no futuro – moradia on demand”. Luiz Henrique Ceotto, sócio-diretor da Tecnoeng Assessoria Empresarial, falará sobre “O lado humano da inovação”. Para discorrer sobre “Principais quesitos da norma de desempenho voltados para construção de residenciais” foi convidado o sócio-diretor da MMC Lab e da MMC Projetos e Consultoria, Marcus Daniel Friederich dos Santos.

Jordan de Costa, coordenador do Sinduscon Jovem, afirma que o objetivo é fomentar o debate e trazer informações de temas atuais a respeito do mercado imobiliário. “A intenção não é apenas falar de inovação, mas de novidades, mostrar de que forma é possível trazer mais competitividade aos negócios e debater questões relevantes a respeito da revisão da norma de desempenho”, observa.

As inscrições podem ser feitas até este domingo (19) pelo link https://bit.ly/2KqlEhd. Para associados e estudantes o investimento é de R$ 100 e para não associados R$ 150. Mais informações pelo telefone (54) 3228.5255 ou email [email protected].

 

 

APAE: Vereadora protocola projeto para contribuição espontânea

A vereadora Gladis Frizzo/MDB protocolou, nesta quinta-feira (16), projeto de lei que institui a contribuição espontânea e opcional à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Caxias do Sul (Apae) na conta do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae). A parlamentar justifica que, mesmo contando com recursos obtidos por meio de eventos realizados por funcionários e voluntários, a receita é insuficiente para manter o atendimento da entidade.

A finalidade do projeto é facilitar a contribuição voluntária por intermédio da conta do Samae. A cobrança do valor precisará ser autorizada pelo usuário do serviço de água e esgoto de Caxias do sul.

Gladis salienta as dificuldades enfrentadas pela instituição, principalmente, nos últimos tempos, com a redução de verbas do poder público. "Precisamos ajudar a Apae a continuar atendendo crianças, adolescentes e adultos que buscam na entidade uma melhor qualidade de vida. Sabemos que o trabalho minucioso da mesma faz toda a diferença na vida dessas pessoas", defendeu.

 

LEGISLATIVO: Situação reage, mas não evita mal-estar

Esta semana foi bastante polêmica na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul. Apesar da mudança de postura por parte da bancada de situação, o prefeito Daniel Guerra/PRB teve um projeto arquivado, um veto derrubado e um pedido de informações, considerado estratégico pela oposição, aprovado em plenário.

A primeira sessão da semana, na terça (14), foi de casa cheia, com as galerias tomadas por mais de 200 pessoas, entre artistas, desportistas e estudantes, que foram assistir ao manifesto das lideranças das três categorias, que protestaram conta a suposta extinção das secretarias do Esporte e Lazer e de Cultura. Além disso, sobre os cortes na educação pública superior, adotado pelo governo federal, apoiado por Guerra.

Na sessão de terça-feira, Daniel Guerra teve derrubado, pelo plenário, o veto total ao projeto em que os vereadores Adiló Didomenico/PTB e Velocino Uez/PDT tentavam flexibilizar a liberação de alvará de licença, com a ausência de carta de habite-se. Na sessão de quinta (16), dois temas polemizaram o debate.

Os vereadores aprovaram, por unanimidade, o pedido de informações sobre a 32ª Festa Nacional da Uva, de autoria de Adiló Didomenico/PTB, Elói Frizzo/PSB, Paulo Périco/MDB e Rafael Bueno/PDT. Também arquivaram o projeto de lei do Executivo, que regulamentava a proibição de material sobre ideologia e identidade de gênero nas escolas da rede pública.

 

ATITUDE ELEITOREIRA

 

Como o líder de governo na Câmara, Elisandro Fiuza/PRB, possui um tom mais racional, sobrou para Renato Nunes/PR contrapor a oposição em meio a discursos acalorados. Segundo ele, o fechamento das secretarias nunca foi confirmado pelo Executivo, mas estaria sendo utilizado pela oposição para tirar proveito político. “Temos 20 e tantos partidos que estiveram 12 anos no poder e reclamam de muitas coisas hoje. Eles estão muito preocupados, porque estão divididos. Então, vou dizer aos senhores e senhoras que isso é uma baita de uma mentira. Isso é campanha eleitoreira. É um fake news”, gritou.

Durante a polêmica votação do projeto sobre a identidade de gênero, Nunes tentou justificar que o governo federal havia deixado para os estados e municípios definirem sobre a questão. Ele cobrou da oposição, o diálogo que pede ao prefeito. “Isso é diálogo? Nós não queremos nem papo, arquive e pronto. É isso o negócio. Olha que bacana, que legal, o parecer. Não, não queremos falar sobre isso, arquiva e tchau”, ironizou.

 

Farroupilha faz o serviço do Estado

Uma obra de responsabilidade do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) começou a ser realizada, nesta sexta-feira (17), pela Prefeitura de Farroupilha. É a operação tapa-buracos na ERS-122, iniciada pelo Km 61, próximo ao trevo de saída para Porto Alegre. O trabalho foi acompanhado pelo prefeito Claiton Gonçalves/PDT, secretários, vereadores e assessores de governo.

A obra deve durar dois meses. A empresa que venceu a licitação foi a Toniolo Busnello. A ação contempla ainda a RSC-453, num total de cerca de 1.000m². O serviço inclui a cobertura de buracos, com retirada de camadas de asfalto para consertar a base. Outros 4.800 m² são de consertos superficiais. Conforme dados da Prefeitura, pelo trecho que receberá manutenção passam 60 mil carros por dia ou mais de 1,7 milhão por mês.

 

RESSARCIMENTO FUTURO

 

Segundo Claiton Gonçalves, o Executivo Municipal tomou a iniciativa porque reconhece a incapacidade financeira do governo gaúcho. O prefeito justifica que o local é utilizado pela indústria da região, cuja dificuldade de transporte pode prejudicar o sistema produtivo. “Embora Farroupilha tenha uma capacidade muito menor que o Estado, estamos fazendo por não suportar mais a condição de tráfego pelo qual passam as pessoas da Serra que passam pela rodovia. Como não vislumbramos melhorias no horizonte financeiro do Estado, resolvemos fazer a obra”, explicou.

A operação foi licitada em cerca de R$ 600 mil. Valor semelhante ao que o Município empenhou para a manutenção das ruas da cidade. O dinheiro que será utilizado no tapa-buracos vem do superávit das contas públicas, desde 2013.

De acordo com o prefeito, neste período, foi economizados em torno de 23% do valor da folha de pagamento, com a redução de cargos de confiança, entre outras ações. “Este dinheiro é muito importante para investimentos em obras e serviços básicos. Por isso, depois de concluídas as obras, iremos cobrar o ressarcimento pelo governo do Estado ou em dinheiro ou por meio de encontro de contas entre os dois entes”, revelou.

 

Com lei em vigor, canudos biodegradáveis são solução contra o plástico

MARTINA BELOTTO

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GRAMADO – A vida útil de um canudo plástico dura, em média, apenas quatro minutos, enquanto demora centenas de anos para se decompor. Pior do que o tempo de decomposição, é que quando descartados, os canudos se desintegram em partículas, que chegam aos oceanos e acabam sendo engolidas pelos animais aquáticos. Uma pesquisa da Fundação Ellen MacArthur, estima que, se o uso de plástico continuar aumentando na atual proporção, em 2050 haverá mais plástico do que peixes no oceano.

Diante disso, outras opções alternativas já vêm sendo usadas, como canudos de metal, de vidro e até comestíveis. Em Gramado, a lei que proíbe a utilização de canudos de plástico entrou em vigor no dia 5 de maio. Conforme o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Felipe Andreis, grande parte dos estabelecimentos já aderiu às opções sustentáveis. Felipe, que também é proprietário do restaurante Nonno Mio, explica que seu estabelecimento adquiriu os canudos biodegradáveis. “Os clientes ainda pedem muito, então compramos o biodegradável, mas a gente não leva, só entregamos quando a pessoa pede”, comenta.  

Na distribuidora Da Serra Embalagens, os canudos biodegradáveis comercializados são produzidos com o sistema Eco-One, formado por compostos orgânicos que, quando acionados ao plástico, atraem microorganismos. Ao serem colocados em um ambiente microbiano ativo, como lixões e aterros sanitários, os fungos e bactérias promovem a biodegradação acelerada do material. Em dois anos, o canudo é transformado em húmus e biogás.

A empresa afirma que “após a lei entrar em vigor, o tipo mais procurado é o biodegradável”. Com relação a valores, eles explicam que, inicialmente, o preço dos biodegradáveis chegava a ser quase 50% mais caro. Na última compra, os valores ficaram mais parecidos. Já os canudos de papel ainda são dez vezes mais caros do que os outros.

Para eles, a medida é importante, mas ainda é necessário mudar a mente da população. “As leis são importantes, mas é preciso trabalhar para que as pessoas se conscientizem em descartar o lixo no lugar certo e que os responsáveis pela separação façam de forma correta. Se não for assim, as leis não serão suficientes”, destaca a empresa.

Legislação – De autoria do vereador Rafael Ronsoni (Progressistas), a lei baseou-se em uma solicitação de um Grupo de Professores de Ciências das Escolas Municipais, visando promover a preservação ambiental e a redução de impactos. “Preservar o meio ambiente é uma obrigação de todos, e acredito que com iniciativas com esse viés estaremos conscientizando a comunidade e atuando fortemente nessas questões”, ressalta ele.

Em caso de não cumprimento da lei, pode ser aplicada uma multa no valor de R$ 200 por infração. Nos casos de reincidência, o valor será aplicado em dobro. A partir da terceira notificação, o Município poderá cassar o alvará de licença do estabelecimento.

 

Ação pode despertar conscientização para consumo de outros plásticos

A estudante de Ciências Biológicas, Bruna Cavallin, aprova a iniciativa e alerta sobre a importância de moderar no consumo de outros plásticos. “Não só o canudo é prejudicial, todo plástico é nocivo. Estima-se que mais de 90% da fauna marinha já ingeriu plástico. Então, outra coisa que temos que cuidar é que se, por exemplo, uma empresa não tem mais canudos e substituiu por um copo descartável, não adianta tu pegar, não vai mudar nada”, aponta.

Felipe Andreis também apoia a ação, mas acredita que o consumo de canudos seja apenas um dos problemas relacionados ao plástico. Para ele, uma medida importante, além de diminuir o consumo, é investir na educação para que o descarte do material seja feito corretamente. “Acho que a gente realmente consome muito plástico, mas acho que o nosso maior problema é a educação. Esses plásticos deveriam ser reaproveitados para minimizar impacto. Se a gente ensinasse as pessoas que eles precisam colocar o lixo no lugar certo, não teria lixo no oceano. Esse lixo iria para uma usina de reciclagem, mas depende da gente mandar esse lixo para o lugar certo”, ressalta.

Mesmo que seja uma ação pequena, Bruna destaca que a iniciativa de Gramado pode se tornar exemplo para outros municípios. “É algo a mais que pode ajudar a conscientizar. Tu chega em algum lugar, pega um canudo e ele tem uma embalagem diferente. Tu lê o rótulo e está escrito canudo biodegradável. Tu para e pensa sobre aquilo, se até uma empresa alimentícia está se preocupando com essa questão. E Gramado, por ser turística, pode inspirar outras cidades, outras pessoas”, completa.

 
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