Início Site Página 13

Mais pedágios na região; incluindo acesso à Estrada do Caracol

REGIÃO – O governador Eduardo Leite apresentou, em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (28), no Centro Administrativo Fernando Ferrari, em Porto Alegre, o projeto de concessão do Bloco 1 de rodovias, com estradas localizadas nas regiões Metropolitana, Litoral Norte e Serra, e anunciou a publicação do edital do Bloco 2, composto por estradas do Vale do Taquari e da Região Norte.

Os investimentos nos dois blocos ultrapassam R$ 12 bilhões em concessões para a iniciativa privada por 30 anos, com previsão de nova rodovia, duplicações, terceiras faixas, revitalização da sinalização, monitoramento e atendimento 24 horas, entre outros benefícios. Os projetos contaram com a parceria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a estruturação da proposta.

Dos 27 municípios inseridos nos Blocos, fazem parte Canela, Gramado, Nova Petrópolis e São Francisco de Paula. Mas preparem-se para colocar a mão no bolso. Com os anúncios, a região ganhará novas praças de pedágios, ambas no sistema Free Flow (passa e quita em um prazo determinado). Além das existentes, para quem for a Três Coroas, terá mais uma praça neste novo sistema. O mesmo ocorrendo sendo instalada uma em Nova Petrópolis e uma nova será colocada na ERS-466, a estrada de acesso ao Parque do Caracol.

As atuais praças de pedágio entre Gramado e Três Coroas será deslocada, assim como até Nova Petrópolis. Entre Canela e São Francisco de Paula permanecerá. Todas estas que atualmente são administradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) passarão para os consórcios privados que vencerem os leilões. Com isso, a empresa pública deixará de operar nos locais.

Governo do Estado/Arte Produção

Estradas da região e melhorias

Estão previstos 213,7 quilômetros de duplicações neste Bloco 1, que estão as cidades da região. Entre estas melhorias, consta a duplicação entre Gramado e Igrejinha (ERS-115) e Gramado e Nova Petrópolis (ERS-235). Também está previsto socorro mecânico 24 horas, ambulância e socorro médico em tempo integral, monitoramento por câmeras, bases de atendimento aos usuários e ponto de parada e descanso para caminhoneiros e motoristas.

Bloco 1: investimento de R$ 1,5 bilhão

O Bloco 1 é composto por 412,6 quilômetros de extensão e conta com trechos das estradas ERS-020, ERS-040, ERS-115, ERS-118, ERS-235, ERS-239, ERS-466, ERS-474. Uma nova rodovia, a ERS-010, fará parte do bloco, com pista dupla, dois sentidos de circulação e 41,4 quilômetros de extensão entre o entroncamento com a BR-290, em Porto Alegre, e a ERS-239, em Sapiranga, sendo uma alternativa à BR-116. Ao todo, serão 454 quilômetros concedidos à iniciativa privada.

O investimento será de R$ 6,41 bilhões ao longo dos 30 anos da concessão. Nos primeiros 10 anos, os recursos aportados serão de R$ 4,86 bilhões. O governo do Estado irá investir R$ 1,5 bilhão, via Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs).

Próximos passos

O projeto de concessão será debatido com a população no período de consulta pública, com a realização de audiências públicas. As datas e os locais serão divulgados pelo governo, e a expectativa é que os eventos ocorram no mês de novembro. A publicação do edital está prevista para o primeiro trimestre de 2026; a realização do leilão, por sua vez, deve ocorrer no segundo semestre do mesmo ano. Com o leilão bem-sucedido, a assinatura do contrato poderá ser realizada no final de 2026.

Saiba mais

ERS-115 (Gramado – Três Coroas)

Km 14,9 (Três Coroas) (deslocado)

Km 31,6 (Gramado) (novo pedágio)

ERS-235 (Gramado – Nova Petrópolis)

Km 14 (Nova Petrópolis) (novo pedágio)

Km 29,9 (Gramado) (deslocado)

ERS-235 (Canela – São Francisco de Paula)

Km 52,9 (São Francisco de Paula) (mantido no mesmo local)

ERS-466 (Canela)

Estrada do Caracol (novo pedágio)

ERS-239 (Novo Hamburgo – Riozinho)

Km 18,7 (Novo Hamburgo) (novo pedágio)

Km 25,2 (Campo Bom) (novo pedágio)

Km 36,6 (Araricá) (novo pedágio)

Km 48,7 (Parobé) (novo pedágio)

Km 63,0 (Taquara) (novo pedágio)

ERS-474 (Rolante x Santo Antônio da Patrulha)

Km 29,5 (Rolante) (novo pedágio)

Km 8,9 (São Antônio da Patrulha) (deslocado)

ERS-020 (Gravataí x Taquara x Igrejinha e São Francisco de Paula)

Km 21,6 (Gravataí) (novo pedágio)

Km 40,7 (Taquara) (novo pedágio)

Km 59,4 (Igrejinha) (novo pedágio)

Km 78,5 (São Francisco de Paula) (novo pedágio)

“Foram quatro anos morrendo um pouquinho por dia”

CANELA – Quase quatro anos após ter seu nome envolvido na chamada Operação Caritas, que investigou supostos crimes na Prefeitura de Canela, Luiz Cláudio da Silva, conhecido como Ratinho, ex-secretário de Obras do município, recebeu a notícia que aguardava desde 2021: a absolvição.

O ex-secretário concedeu entrevista a reportagem do Jornal Integração, na manhã desta quarta-feira (28). Para ele, decisão encerra um dos capítulos mais difíceis de sua trajetória pública e pessoal.

Ratinho foi preso em novembro de 2021 e, naquele momento, estaria sendo acusado de cinco crimes: desvio de materiais, fraude em licitações e contratos, formação de quadrilha, corrupção e concussão (rachadinhas).

O indiciamento, no entanto, veio apenas em maio de 2022, e se restringiu à suposta prática de concussão — popularmente conhecida como rachadinha. A decisão da Quarta Câmara Criminal do TJRS pela absolvição, na última sexta (23), foi devidamente acatada pelo Ministério Público, nesta semana, que reconheceu a inocência de Ratinho, deixando transitar em julgado a decisão absolutória.

A absolvição e o fim de um ciclo

Ao relembrar a notícia da absolvição, Ratinho descreveu o sentimento de encerramento após quase quatro anos de espera.

“Foi um alívio. Porque, como eu disse, faltam 10 dias para quatro anos e eu dizia: em cada dia, a gente morre um pouquinho. Todo mundo sofreu. Foi um baque muito grande, se abriu um abismo na minha vida que a gente não esperava, porque tudo aconteceu de repente.”

Ele recordou que as acusações iniciais não se sustentaram. “Eu fui acusado de cinco crimes, não sei de onde essas acusações, e depois o indiciamento veio de outra forma também. Eu não tinha nenhuma ligação com cobrança de partido ou cobrança de CC. Tanto é que eu pagava o partido.”

Ratinho contou que recebeu a notícia ao lado da família. “Meu advogado me ligou, e eu fiquei muito feliz. Me saiu uma tonelada das costas. Porque aquela situação que as pessoas dizem — quem não deve, não teme — não é verdade. Infelizmente, quem não deve é quem teme, porque passar por tudo que eu passei sem ter feito absolutamente nada… pra mim, isso não existe mais.”

Ele afirmou que o processo o fez perder a crença em algumas máximas populares. “Esse slogan não conta. Aquele de que todo mundo é inocente até que se prove o contrário… não é. Você tem que provar que é inocente, porque você já foi condenado. O fato aconteceu dia 8 de novembro; dia 9, eu já era corrupto, ladrão, milionário. Dono de algumas coisas que até hoje eu não encontrei.”

O peso da condenação pública

Durante a entrevista, Ratinho refletiu sobre o julgamento feito pela sociedade antes mesmo da Justiça.

“Na rua, os juízes te condenam. Muitos ali não sabiam nem quem eu era, mas foram pra rede social e me fizeram acusações infundadas”, disse. Para ele, as redes viraram “terra sem lei”. “Diz o que quer, fala o que quer, escreve o que quer, porque tem certeza que não vai dar nada. Mas, graças a Deus, algumas coisas estão mudando: pessoas estão sendo responsabilizadas pelo que dizem.”

O ex-secretário contou que algumas das mesmas pessoas que o criticaram voltaram atrás com o tempo. “Alguns até comentaram na minha publicação que sabiam que eu era inocente. É estranho como quatro anos muda. Quem me chamou de ladrão hoje diz que eu sou inocente. Mas enfim, passou.”

A fé e a luta interna

Ratinho afirma que a fé foi essencial para atravessar o período. “Eu sou um cara que acredita muito em Deus. Foi um dos pilares que me sustentou. Graças a Ele, não fiz bobagem, porque explicar pra ti mesmo o que tu está passando sem ter feito nada é o mais difícil.”

O ex-secretário relatou o impacto psicológico. “A tua cabeça é o teu pior inimigo. Algumas pessoas me procuraram e disseram: ‘estou contigo, sei quem tu és’. Mas outras pessoas pairou a dúvida. Porque a prisão é pesada. A prisão é o carimbo de que tu fizeste alguma coisa errada.”

O dia da prisão

Questionado sobre o momento em que foi preso, Ratinho relembrou.

“Eu não falo sobre esse assunto com quase ninguém, até porque tem um ditado que diz: se as pessoas não podem resolver o teu problema, talvez não precisem saber dele.”

Mesmo assim, ele descreveu aquele dia com detalhes:

“Eu me lembro de cada detalhe do acontecido. Brinquei com meus cachorros antes de sair pro trabalho, e aconteceu tudo quando eu estava saindo pra trabalhar. Eu não estava saindo pra roubar, nem pra fazer coisa errada. Eu estava saindo pro meu trabalho.”

A lembrança ainda o acompanha. “Hoje, cada vez que eu me abaixo pra brincar com meu cachorro, isso me vem na mente. Eu volto. Me retraiu. Infelizmente, eu mudei, porque o psicológico é atingido de uma forma que tu não tem como explicar.”

O impacto se estendeu à família. “Minha filha teve que fazer terapia. Meu filho conseguiu controlar um pouco as coisas. E a minha esposa sofreu, inclusive com o partido que eu trabalhei. Fez coisas pra ela que eu jamais imaginei.”

A lentidão da Justiça e as perdas

O ex-secretário criticou a demora do processo.

“A justiça é lenta quando é pra te absorver, porque se fosse pra me condenar, eu já teria sido há três anos. É muito difícil. A gente morre um pouquinho por dia.”

Ele também falou das consequências materiais e pessoais. “Perdi muita coisa. E não falo só de bem material. Perdi oportunidades na minha vida em virtude desse processo.”

O julgamento nas ruas

Ao comentar sobre o impacto social após o caso, Ratinho foi direto:

“Fiquei 30 dias sem ir ao mercado. Porque aquilo que eu te disse — ‘quem não deve não teme’ — é porque não é contigo. Quando é contigo, a situação é diferente. As pessoas te olham como se tu fosse ladrão, corrupto. Te julgam na rua, até hoje.”

Ele recordou que ganhou refúgio emocional onde não imaginava. “Eu tive um pessoal em Caxias que me abraçou. Fiquei na casa de uma parente da minha esposa. Me ampararam de uma forma que a gente jamais imaginou.”

Enquanto alguns o acolheram, outros se afastaram. “Os amigos ou quem dizia ser amigo se afastou. Tu vira um leproso, ninguém quer estar perto de ti.”

Ainda assim, lembra com gratidão de quem ficou. “Teve um senhor que foi na minha casa, ficou quatro horas conversando comigo. Disse: ‘o Luiz Cláudio que eu conheço não é isso que eu tô vendo’. Ele me deu um conforto que eu não tive de pessoas próximas.”

Separação entre o pessoal e o político

Com o tempo, o episódio também separou amizades e percepções. “Serviu pra mostrar quem era quem. Hoje, eu nunca fui um cara de ter rodas de amigos. Sempre fui mais reservado. Mas separou quem era quem em cada lugar.”

Sobre o reflexo político do caso, Ratinho reconheceu que sua imagem ficou marcada. “Meu nome foi jogado na lata do lixo. Todo o trabalho desenvolvido em quatro anos se desmoronou, porque a repercussão foi muito grande, nacional.”

Ele chegou a disputar as eleições de 2024, mas diz que talvez tenha sido cedo demais. “Eu devia ter repensado. Não devia ter concorrido em 2024. Porque eu sabia que o resultado era difícil. Enquanto eu não tinha absolvição, sempre pairava a dúvida.”

A carreira pública e o trabalho na Secretaria de Obras

Antes da operação, Ratinho acumulava cargos públicos desde 2009 e era reconhecido por uma atuação de campo.

“Quando tu assumes um cargo público, tem que fazer o teu melhor. Eu era secretário de uma das pastas mais importantes, e sempre trabalhei pra melhorar a cidade que eu moro.”

Ele relembrou o início da gestão. “Pegamos uma cidade abandonada, suja. Trabalhamos muito, com apoio da comunidade. Fazíamos mutirões nos sábados. Pessoas iam roçar com as próprias máquinas e gasolina, porque viam que o trabalho era sério.”

Entre os projetos marcantes, destacou a intervenção no Hospital de Canela. “Eu consegui dar andamento numa obra que estava parada há mais de 10 anos. E não fui sozinho. Muitos empresários me ajudaram. E empresário nenhum ajuda quem está fazendo coisa errada.”

Outra lembrança especial é a Casa Vitória, construída em 2021. “Foi um dos trabalhos que eu tenho muito orgulho. Particularmente, pra mim, foi um marco. Politicamente, não foi muito bom, mas foi um trabalho que me deixa feliz.”

Valores e criação

Durante a conversa, Ratinho também refletiu sobre a educação que recebeu.

“Meu pai dizia: se tu tiver um real que é teu, briga até o fim. Mas se tu tiver um centavo que não é teu, não é teu. Nos ensinou da maneira dele, rude, mas certa.”

Ele acrescentou: “A gente começou a trabalhar muito cedo. Nunca tivemos tempo pra pensar em fazer coisa errada. Quem trabalha não tem tempo pra pensar em roubar dinheiro.”

Para o ex-secretário, esses ensinamentos tornam o processo ainda mais difícil de entender. “Tu tentar explicar pra tua cabeça o porquê de tudo isso é o pior. Às vezes tu não tem só que ser honesto, tu tem que mostrar que é honesto. Hoje parece que o normal é ser desonesto.”

Questionado se acredita que houve motivação política nas denúncias, ele ponderou:

“É difícil falar isso, mas algumas matérias surgiram na internet meses antes. Um troço que era sigiloso já tinha gente levantando suposições. Eu tenho quase certeza que isso teve um pouco de fim político, mas não dá pra ter certeza total.”

Ele completou: “Eu acredito na justiça de Deus. Essa não falha. Ninguém sai dessa vida sem pagar.”

A vida após a operação

Hoje, Ratinho trabalha na iniciativa privada. “Fiquei alguns meses sem salário, sem renda. Do nada, abre um precipício e tu cai pra dentro. Ainda tem que contratar advogado, e advogado de repercussão nacional não é barato.”

Mesmo assim, conseguiu recomeçar. “Graças a Deus, consegui uma pessoa que me abriu as portas da empresa dele. Hoje eu correspondo, trabalho bastante. Não tem serviço que eu não faça.”

Reflexão

Ele encerrou com uma reflexão:

“As pessoas devem repensar antes de julgar alguém. A moeda tem dois lados. Antes de julgar, pense que poderia ser qualquer pessoa. Ninguém está livre de sofrer uma situação dessa.”

E completou:

“Não é só ser inocente, tu tem que provar que tu é inocente, e não é fácil. Trabalhei muito por uma sociedade que eu amo. Nunca gostei de aparecer; sempre priorizei a equipe. O secretário é só um instrumento. Cabe a ele fazer ou não funcionar.”

A defesa de Ratinho também redigiu uma nota a imprensa para falar sobre o caso.

Confira na íntegra:

“OPERAÇÃO CÁRITAS – E A MONTANHA PARIU UM RATO”

“A Defesa Técnica de Luiz Claudio da Silva, conhecido popularmente pela comunidade canelense como “Ratinho”, vem publicamente informar que, após longos quatro anos de tramitação foi mantida sua absolvição pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, a qual havia sido reconhecida em primeiro grau.

A decisão da Quarta Câmara Criminal do TJRS foi devidamente acatada pelo Ministério Público, o qual reconheceu a inocência de Ratinho, deixando transitar em julgado a decisão absolutória.

O fim do processo criminal traz a lume a poesia do romano Horácio que faz alusão a frase “e a montanha pariu um rato”, isso porque quando da deflagração da Operação Caritas, ocorrida no mês de novembro de 2021, o delegado de polícia civil desenhou Luiz Cláudio como uma das lideranças da organização criminosa, envolvido diretamente em fraudes no hospital e na secretaria de obras do município, induzindo o judiciário a decretar a prisão preventiva de Ratinho, mesmo com parecer contrário do Ministério Público; encerradas as investigações surgiu apenas uma acusação contra Ratinho pelo ilícito de concussão (artigo 316, caput, do Código Penal), sob o argumento de que Luiz participava do recolhimento, mediante coação, de parte dos salários dos funcionários CCs em prol do partido político; passados esse longos quatro anos não houve uma única prova da participação de Ratinho no ilícito, o que originou sua absolvição, nas duas instâncias judiciais.

Esta Defesa estuda, atualmente, ações de responsabilizações administrativas, civis e criminais aos envolvidos, principalmente, nas investigações, uma vez que o cliente teve sua vida pública de longos anos atuando em prol da comunidade canelense totalmente destruída, tudo em detrimento de uma investigação equivocada e de falácias criadas com o único objetivo de prejudicar Luiz.

Agradecemos ao Sr. Luiz Cláudio pela confiança depositada em nosso trabalho e enaltecemos a concretização da mais pura e cristalina Justiça!”

FERNANDO ALVES – ADVOCACIA – OAB/RS 46053

A entrevista completa pode ser assistida por meio da página do Jornal Integração no Facebook.

Juízes da internet

0

Coluna publicada no dia 29/10.

Há uma nova praça pública onde todo mundo fala ao mesmo tempo. Onde todo mundo tem opinião formada sobre tudo, e quase ninguém quer escutar. Essa praça chama-se internet. Ali, o que antes era conversa de esquina virou debate mundial em segundos. Um gesto, uma frase, um erro — e pronto, multidões aparecem pra dar o veredito. O curioso é que ninguém foi convidado pra ser juiz, mas quase todos se comportam como tal.

E é em tudo. Futebol, política, música, comportamento, religião, moda, culinária. O mundo virou um grande júri popular onde as pessoas se sentem obrigadas a opinar. Às vezes sem saber, às vezes sem pensar, às vezes sem sequer existir um motivo real pra tanto barulho.

A internet deu voz pra muita gente, e isso é maravilhoso quando é pra somar. Mas também deu palco pra julgamentos instantâneos, onde não existe pausa pra reflexão. O que importa é ser o primeiro a dizer algo, mesmo que não haja nada a ser dito.

O tribunal do “achismo”

Ninguém precisa mais de prova. Basta uma suposição, um corte de vídeo, uma frase fora de contexto. O julgamento está feito, a sentença está dada, e a execução vem em forma de comentários, curtidas e compartilhamentos. É um tribunal que não tem código penal, mas pune com uma força que destrói reputações, amizades e, às vezes, a própria saúde mental de quem está do outro lado.

A internet transformou o “eu acho” em sentença final. E é assim que muita gente vai perdendo o senso de proporção. Um erro simples vira crime; uma opinião diferente vira ofensa; um silêncio vira confissão. A pressa por julgar atropela qualquer tentativa de entender.

E quando tudo vira espetáculo, a empatia some. As pessoas esquecem que atrás de cada perfil há alguém com nome, rosto, história e sentimentos. Alguém que, às vezes, errou mesmo — mas que continua sendo humano, e não um personagem público a ser linchado em praça digital.

O prazer em punir

Existe um certo prazer escondido na cultura do cancelamento. É como se a indignação coletiva virasse uma forma de se sentir moralmente superior. “Eu estou do lado certo”, “eu não faria isso”, “eu jamais erraria assim”. É uma catarse moderna — apontar o erro alheio pra esquecer os próprios.

Mas a vida não é uma timeline, e ninguém é um post editável. A complexidade humana não cabe em 280 caracteres. Ainda assim, seguimos reduzindo tudo a frases curtas e julgamentos rápidos. Como se a justiça se fizesse em memes, como se a verdade coubesse num print.

Essa ânsia de punir transforma qualquer deslize em sentença perpétua. E o mais perigoso é que muita gente acredita que está fazendo um bem — quando, na verdade, está apenas multiplicando o ódio.

A diferença entre criticar e condenar

Ninguém está dizendo que não se deve criticar. É claro que a crítica tem seu papel — ela faz parte da convivência, da democracia, da vida em sociedade. Questionar é saudável. O problema é quando a crítica se transforma em condenação. Quando a discussão vira caça às bruxas. Quando o debate vira destruição.

É possível discordar sem desejar o fim do outro. É possível apontar um erro sem arrancar um pedaço da dignidade alheia. Mas parece que desaprendemos isso. Confundimos opinião com ataque, e “ter razão” virou mais importante do que ter equilíbrio.

A internet poderia ser um espaço de diálogo, mas virou um campo de batalha. E quem não grita alto o suficiente acaba sendo engolido pela multidão.

A avalanche do cancelamento

O cancelamento não tem data, nem rosto, nem limite. Pode ser um artista, um político, um anônimo, um adolescente que postou algo errado há dez anos. O passado virou munição. Qualquer frase dita fora de contexto é suficiente pra destruir um presente.

O mais assustador é o tamanho da onda. Um simples comentário pode gerar milhares de reações. Em poucas horas, a vida de alguém se transforma num campo minado. E, muitas vezes, o que se espalha não é verdade — é versão. Uma distorção que, de tanto ser repetida, acaba parecendo fato.

Há quem ache que o cancelamento é só um “susto virtual”, que passa. Mas pra quem vive o olho do furacão, ele não passa. Fica. Fica em forma de vergonha, ansiedade, medo, depressão. Há casos de pessoas que perdem o rumo, a carreira, a vontade de viver. Tudo por causa de uma tempestade que a internet cria e abandona quando encontra outra vítima pra julgar.

O eco da multidão

O mais curioso é que o barulho todo nem sempre vem de má intenção. Muita gente entra na onda sem perceber o tamanho dela. Compartilha, comenta, ironiza — e quando vê, ajudou a empurrar alguém pra um abismo que nem sabia que existia.

As redes sociais nos deram poder demais, e pouco senso de responsabilidade. É fácil apertar “enviar” e esquecer. Difícil é medir o impacto que isso causa em alguém. As palavras, antes jogadas ao vento, agora ficam registradas. E aquilo que era pra ser só uma opinião acaba virando pedra.

O anonimato dá coragem, mas tira humanidade. As pessoas escrevem o que jamais diriam cara a cara. E o que era pra ser um espaço de expressão virou um lugar onde muita gente tem medo de existir.

Quando a vida real é atingida

Nem sempre dá tempo de reparar o dano. As redes esquecem rápido, mas quem foi atingido não esquece. A vida fora da tela continua — só que com marcas que ninguém vê.

Tem gente que perde emprego, amigos, oportunidades. Tem gente que perde o chão. E, em casos mais extremos, perde a própria vida. Porque o julgamento constante não é só um debate virtual — é uma agressão emocional.

É preciso lembrar que nem tudo o que se vê é verdade, e que nem toda verdade precisa ser dita do jeito mais cruel possível. A empatia não é censura. É humanidade.

Um pouco mais de calma

Talvez o mundo precise reaprender a ter calma. Respirar antes de comentar. Pensar antes de postar. Entender que, por trás de um erro, pode haver aprendizado. Que ninguém é perfeito — e que o perdão ainda é mais nobre do que o cancelamento.

A internet não precisa ser um tribunal. Pode ser uma praça de conversa, um espaço de construção, um lugar pra dividir o que nos faz humanos — e não o que nos faz juízes.

No fim das contas, talvez o problema não seja a tecnologia. Seja o que a gente faz com ela. Porque a mesma tela que julga, também pode acolher. A mesma rede que destrói, também pode reconstruir. Basta que a gente escolha usar a voz pra entender, e não pra condenar.

Concessão, privatização ou estatal?

Coluna publicada no dia 29/10.

[email protected]

Qual o melhor? Bom, quem me acompanha por aqui sabe que sou contra a privatização e até hoje, ninguém me provou ainda que é o melhor modelo para assumir algo público, principalmente de necessidades básicas da população. Respeito quem pensa o contrário e está tudo certo, cada um tem seus posicionamentos e faz parte do processo democrático. Existe este debate sobre quem deve gerir serviços públicos, o Estado ou a iniciativa privada, é um tema que se discute sobre eficiência, qualidade e acesso. Termos como concessão, privatização e estatal aparecem com frequência, mas muitas vezes são confundidos.

Rodovias em pauta

O governador Eduardo Leite anunciou ontem, terça-feira (28), a concessão de algumas rodovias, já projetadas e divididas em dois blocos. Tem matéria nesta edição. O de número 1, vai impactar diretamente na nossa região com as rodovias ERS’s 115 e 235 entrando neste pacote de concessão. Atualmente as nossas rodovias são administradas pelo Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), modelo administrado pelo Estado e penso que são boas, claro sempre algo a ser melhorado. Mas com a perspectiva de concessão espero que a empresa que vai assumir mude da água para o vinho e transforme literalmente as nossas estradas para muito melhor.

O que é algo estatal?

Empresas estatais são controladas total ou majoritariamente pelo governo. Seu objetivo é atender o interesse público, prestando serviços essenciais como energia, saneamento, transporte ou correios, entre outras muitas vezes onde o setor privado não teria interesse em atuar por falta de lucro.

O que é uma privatização?

A privatização ocorre quando o governo vende total ou parcialmente uma empresa pública para a iniciativa privada. Nesse caso, o Estado deixa de ser o dono e o setor privado passa a ter o controle da operação.

O que é uma concessão?

A concessão é um meio-termo entre o público e o privado. O governo continua dono do serviço ou da infraestrutura (como uma rodovia ou um aeroporto), mas concede o direito de operá-lo a uma empresa privada por um tempo determinado, em troca de investimentos e manutenção.

Exemplo por aqui

Na nossa região temos em Canela e Gramado uma mesma empresa que explora o estacionamento rotativo em contrato de concessão. Não tem lugar que ande que não tenha um espaço gratuito para estacionar. Principalmente nas áreas centrais, praticamente tudo é pago. Estes dias fiz uma menção do retorno aos cofres públicos. Inclusive foi feito um questionamento em Canela pela vereadora Grazi Hoffmann (PDT) sobre o contrato com a Prefeitura realizado em 2016, que citou “foi mal redigido e não preserva o interesse dos canelenses”. Tanto que o repasse da empresa ao município é de apenas 11% da arrecadação. Já Gramado é de 21%. Ainda defendo a tese de que se é para ter, que seja municipalizado, com todo recurso voltado para melhorias nas ruas dos dois municípios.

O que é melhor para a população?

Tenho por mim que a maior parte na mão do estado é melhor. Mas claro, não existe uma resposta única. Tudo depende da forma como o modelo é implementado e fiscalizado. Uma estatal eficiente e com gestão profissional, pode oferecer um serviço de alta qualidade. Da mesma forma, uma concessão bem planejada pode garantir eficiência sem abrir mão do controle público. Já a privatização pode trazer ganhos rápidos de gestão, mas exige mecanismos sólidos para evitar abusos. O ponto central é como administra.

Doação de sangue Gramado

A Secretaria da Saúde de Gramado, em parceria com o Hemocentro de Caxias do Sul, convida a comunidade para participar da Campanha de Doação de Sangue, que será realizada nos dias 11 e 12 de novembro, na Sociedade Recreio Gramadense. Pela primeira vez, o município terá dois dias consecutivos de coleta, ampliando a oportunidade para que mais pessoas possam exercer esse gesto solidário. Os interessados devem agendar sua participação pelo WhatsApp (54) 99939.0167.Quem pode doar sangue: Pessoas entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos precisam de autorização dos responsáveis); estar em boas condições de saúde; pesar no mínimo 50kg; estar bem alimentado (evitar alimentos gordurosos antes da doação); apresentar documento oficial com foto; dormir pelo menos 6 horas na noite anterior e não estar gripado, com febre ou tomando.

Gramado promove 1º Festival Feminino de Futebol com a ex-jogadora Duda Luizelli

GRAMADO – A Secretaria Municipal de Esporte e Lazer de Gramado, em parceria com a Escola de Futebol Feminino da ex-jogadora da Seleção Brasileira e do Internacional, Duda Luizelli, realiza no próximo dia 13 de novembro o 1º Festival Feminino de Futebol de Gramado. O evento acontecerá das 8h às 16h, na Vila Olímpica de Gramado, e promete ser um grande encontro de incentivo e valorização do esporte entre meninas de 11 a 14 anos de idade.

Com o objetivo de fomentar o futebol feminino na região, o festival busca proporcionar uma experiência educativa, inclusiva e inspiradora, conectando esporte, aprendizado e empoderamento. As inscrições para o Festival estão sendo organizadas entre a Secretaria de Esporte e Lazer e as escolas do município.

A programação será dividida em dois momentos. Na primeira parte, um workshop com profissionais envolvendo atividades práticas e palestras conduzidas por especialistas, com foco em motivar e engajar as jovens atletas. Depois, o festival de integração com vivências de campo com treinos leves e dinâmicos, priorizando a diversão, o trabalho em equipe e o espírito esportivo.

O secretário municipal de Esporte e Lazer, Lucas Roldo, destaca que o festival representa mais um passo importante na consolidação do futebol feminino em Gramado. “Mais do que formar atletas, queremos formar pessoas. O esporte é um instrumento poderoso para promover saúde, disciplina, cooperação e igualdade de oportunidades para meninas e mulheres.”

A ação também integra as iniciativas de fortalecimento da base do futebol feminino no Brasil, em preparação para a Copa do Mundo Feminina de 2027, que será realizada no país.

Semana da Odontologia encerra com ações de prevenção e cuidado em Gramado

GRAMADO – A Semana da Odontologia, promovida pela Secretaria da Saúde de Gramado, encerrou sua programação com uma série de atividades voltadas à promoção da saúde bucal, realizadas em unidades básicas de saúde, escolas e grupos comunitários. A iniciativa atendeu diferentes públicos, levando orientações, atendimentos e ações educativas.

Foram abordados temas como aleitamento materno e cuidados bucais em bebês, uso de próteses dentárias, prevenção de doenças bucais, conscientização sobre lesões cancerizáveis, além de atividades lúdicas com crianças e acompanhamento de grupos como o Hiperdia, voltado a pacientes com hipertensão e diabetes. As ações alcançaram desde crianças da educação infantil até adultos e idosos, promovendo o diálogo sobre a importância da saúde bucal no bem-estar geral e incentivando hábitos saudáveis.

A diretora da Atenção Básica Odontológica, Andréia Reck, destacou os resultados positivos da ação. “Foi uma semana muito produtiva, em que conseguimos ampliar o acesso à informação e ao cuidado em saúde bucal de forma integrada. Trabalhamos com diferentes faixas etárias e realidades, fortalecendo a prevenção e o vínculo entre a população e os serviços públicos de saúde”, afirma Andréia.

Gramado recebe congresso internacional inédito sobre desastres climáticos

GRAMADO – Com o objetivo de dar a devida relevância, aproximar os diferentes agentes que são responsáveis ou se envolvem com o tema, mobilizando poder público, setor privado, instituições sociais e imprensa, além de elaborar soluções viáveis, nesta quinta e sexta-feira (dias 30 e 31), no Expogramado, ocorre o Desastre 360 – 1º Seminário Internacional do Ciclo de Gestão de Desastres.

O encontro é coordenado pela ONG HUMUS, em parceria com a Prefeitura de Gramado e a Defesa Civil Municipal, mobilizando especialistas nacionais e internacionais para abordar pela primeira vez as etapas do ciclo de gestão de desastres: prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação. “Um desastre não termina quando a água baixa ou o incêndio é controlado”, alerta Léo Farah, especialista em gestão de crises, desastres e emergências.

A programação reúne especialistas de diferentes áreas, como: Kazuaki Komazawa – que traz a experiência do Japão em prevenção; Sergio da Silva – para compartilhar um panorama das ações da ONU em desastres pelo mundo; Regina Alvalá – diretora do Cemaden; Lincoln Alves – do Ministério do Meio Ambiente; Coronel Julimar Fortes Pinheiro – Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul; Coronel Edgard Estevo – secretário de Estado Adjunto de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, entre outras autoridades e profissionais que irão abordar temas relacionados a capacitação de profissionais, técnicas de resgate, entre outros.

PROGRAMAÇÃO:

*Quinta-feira (30)

8h – Credenciamento
9h – Cerimonial de Abertura

09h30 – 10h00
Caso – Rio Grande do Sul.

Tema: Aprendizados do Rio Grande do Sul sobre os eventos climáticos extremos.
Palestrantes: Juliana Fisch (Defesa Civil Municipal de Gramado/RS); Cel. Márcio Leandro S. da Silva (Defesa Civil de Alvorada/RS); Evandro M. Lucas (Defesa Civil de Porto Alegre/RS); Carmo Barbosa (Diretor HUMUS).


10h00 – 10h50
Prevenção e Mitigação – Experiência de Cooperação com o Japão.
Tema: Resultados obtidos pela cooperação internacional com o Japão em projetos de defesa civil, meio ambiente e bolsas de estudo.
Palestrante: Kazuaki Komazawa (JICA – Japan International Cooperation Agency).

11h00 – 11h50
Preparação – Tecnologias e Inovações.
Tema: Recursos e iniciativas que podem reduzir impactos e salvar vidas em desastres.
Palestrantes: Regina Alvalá (Diretora do Cemaden); Lincoln Muniz Alves (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima).

12h00 – 12h50
Caso – Rio Grande do Sul.
Tema: Preparação do RS para eventos extremos: ações da Defesa Civil Estadual.
Palestrante: Cel. Boeira (Defesa Civil Estadual do RS).

13h00 – 14h30 – Almoço

14h30 – 15h20
Resposta / Logística Humanitária.
Tema: Logística na preparação e resposta a desastres.
Palestrante: Irineu de Brito Júnior (Professor de Gestão de Riscos e Logística Humanitária).

15h30 – 16h20

Resposta – Resgate/Cães de Busca.
Tema: O indispensável uso de cães em desastres.
Palestrante: Cel. Walter Parizotto (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina).

16h30 – 17h30
Resposta – Eficiência na Resposta.
Tema: Atuação do Corpo de Bombeiros no Desastre do Rio Grande do Sul.
Palestrante: Cel. Julimar Fortes Pinheiro (Comandante-Geral do CBMRS).


* Sexta-feira (31)

9h – 9h50

Resposta – Saúde/Hospital de Campanha.
Tema: Preparação de equipe de resposta a emergências e desastres.

Palestrante: Dr. Fábio Racy (Disaster Medicine Specialist).

10h – 10h50
Resposta – Resgate/Equipes Especializadas.
Tema: Profissionais capacitados e liderança fazem a diferença nos desastres.
Palestrante: Cel. Edgard Estevo (Secretário-Adjunto de Justiça e Segurança Pública de MG).

11h00 – 11h50

Resposta – Experiência Internacional/ONU.
Tema: Como a OCHA se organiza para responder a desastres.
Palestrante: Sergio da Silva (ONU – Humanitarian Coordination, Operational Support).

12h00 – 12h50
Resposta – Resgate/Animais.
Tema: Resgate técnico e socorrismo animal em desastres: do APHV aos protocolos de múltiplas vítimas.
Palestrante: Aldair Pinto (GRAS – Grupo Resgate Animais Arnaldo).

13h00 – 14h30 – Almoço

14h30 – 15h20

Recuperação – Efeito Pós-Traumático.
Tema: Preparação de super-heróis.
Palestrante: Daniela Lopes (Psicóloga / Ex-diretora de Minimização de Desastres – SEDEC).

15h30 – 16h20
Recuperação – Impactos Socioeconômicos.
Tema: Impactos econômicos nos desastres.
Palestrantes: Rodrigo Cartacho (CEO e Cofundador da Sympla/Conselheiro HUMUS) e Cássio da Nóbrega (Professor da UFPB).

16h30 – 17h30
Especial – História Inspiradora.
Tema: Heróis Anônimos – Como pessoas comuns superam desafios extraordinários.
Palestrante: Léo Farah (CEO e Cofundador da HUMUS).

Exposição de arte em miniatura chega ao Centro de Cultura de Gramado

GRAMADO – A Secretaria da Cultura de Gramado recebe, de 1º de novembro a 18 de dezembro de 2025, a exposição “Arte em Diorama – Uma viagem aos mundos em miniaturas”, do artista Marco Antônio Moreira, criador do canal “World Dioramas” no YouTube. A mostra acontece no Centro Municipal de Cultura Arno Michaelsen, com visitação gratuita de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h50 e das 13h às 17h.

Morador de Atibaia (SP), Marco Antônio é referência nacional na criação de dioramas em escala 1:64, voltados especialmente a colecionadores de miniaturas como os populares carrinhos Hot Wheels. Premiado como Melhor Diorama no evento Diecast Brasil – um dos principais do setor no país – o artista apresenta em Gramado obras ricas em detalhes, realismo e criatividade.

A exposição também convida o público a refletir sobre o aspecto terapêutico dessa prática, que teve papel transformador na vida do artista e de outros entusiastas durante a pandemia, ao estimular a concentração, expressão e bem-estar emocional por meio da arte manual.

A abertura oficial da exposição será marcada por um workshop com o artista Marco Antônio, no dia 04 de novembro, às 9h30, no Centro de Cultura. A atividade é voltada a alunos da comunidade, mas aberta ao público interessado em conhecer mais sobre o universo dos dioramas.

Horto Municipal de Gramado produz 450 mil mudas de flores para decoração do 40° Natal Luz

GRAMADO – Os jardins sempre floridos são uma marca registrada de Gramado e, para o 40° Natal Luz, a equipe do Horto Municipal Oscar Knorr, que é vinculado à Secretaria Municipal da Agricultura, está cultivando espécies que combinam com a belíssima decoração natalina da cidade.

Conforme o técnico agrícola do Horto Municipal, Márcio Pottratz, foram cultivadas 450 mil mudas de flores, como alegria-de-jardim-vermelhas, dálias, margaridas, petúnias, cravinas, impatiens, tagetes e outras espécies. Pottratz destaca que a escolha das cores está alinhada com a decoração temática do evento. “Buscamos manter o equilíbrio e a harmonia com a decoração urbana. O plantio está sendo realizado nos canteiros das principais ruas, praças e pórticos”, afirma.

Em área total de 1.050m² de estufas, o Horto Municipal produz 1,2 milhões de plantas ao ano, que enfeitam a cidade e deixam os canteiros coloridos durante as quatro estações. “Ao longo do ano, vamos alternando as espécies com o propósito de manter a harmonia do projeto paisagístico”, explica o técnico agrícola.

Unimed Encosta da Serra leva projeto “Viver Bem na Escola” a alunos de Canela e Gramado

REGIÃO – Entre os dias 3 e 7 de novembro, a Unimed Encosta da Serra realiza o projeto Viver Bem na Escola na Escola Municipal de Ensino Fundamental Severino Travi, em Canela, e na Escola Municipal de Ensino Fundamental Senador Salgado Filho, em Gramado. A iniciativa deve contar com a participação de mais de 270 alunos do 6º aos 9º anos, que irão vivenciar atividades educativas com o tema “Prevenção da gravidez na adolescência”.

Viver Bem na Escola é um programa de promoção da saúde desenvolvido pelo Instituto Unimed/RS, que busca contribuir com a formação cidadã de crianças e adolescentes por meio de temas voltados ao bem-estar, à qualidade de vida e à responsabilidade social. As ações são conduzidas de forma lúdica e participativa, estimulando o diálogo e a reflexão sobre hábitos saudáveis, autocuidado e escolhas conscientes.

Por meio de palestras, dinâmicas e materiais educativos, a proposta é criar um espaço de conversa e aprendizado sobre um assunto de grande relevância para a juventude. Com o Viver Bem na Escola, a Unimed Encosta da Serra, em parceria com o Instituto Unimed/RS, reforça seu compromisso com a prevenção, a educação em saúde e o cuidado integral das comunidades onde atua.

error: Conteúdo protegido