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Vereadores criticam proibição do Executivo ao CVV

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O Dia Mundial de Prevenção contra o Suicídio, assinalado nesta terça-feira (10), foi motivo de polêmica, em Caxias do Sul. Mesmo com pedido prévio, o Executivo negou autorização para que os voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV) fizessem uma panfletagem, na Praça Dante Alighieri. A atividade fazia parte da programação do Setembro Amarelo, que marca a realização de eventos pela valorização da vida e contra o suicídio.

A proibição do governo repercutiu de forma negativa na sessão da Câmara de Vereadores, nesta quarta-feira (11). O tema foi levantado pela vereadora Paula Ioris/PSDB, durante pronunciamento na tribuna, sobre o projeto de emenda à Lei Orgânica Municipal, que ela protocolou no Legislativo, a fim de incluir a Inovação no texto do documento.

Segundo a tucana, o fato ocorrido com o CVV denota um clássico exemplo da falta da cultura de inovação na atual gestão. “Se um decreto não permite que pessoas voluntárias, que trabalham por uma causa e que essa causa é a preservação da vida, possam, em um espaço público, panfletar, esse decreto está errado. Certamente, é o decreto que precisa mudar e não o CVV deixar de fazer a ação. Então, não é uma crítica direta ao prefeito neste momento que eu trato de inovação. Que a gente pense as legislações, que elas impedem o avanço, o desenvolvimento”, ponderou.

Ainda conforme Paula, não houve motivos plausíveis para negar o pedido do CVV. “Se tivéssemos uma ocupação da praça, com um grande número de pessoas, que pudesse ter comportamento de risco, mas não foi o caso”, ressaltou. A parlamentar acredita que o importante é conscientizar a população. Isso porque as estatísticas revelam que, em Caxias, a média é de 50 tentativas de suicídios por mês.

 

Possível retaliação?

 

Esta foi a pergunta do vereador Rafael Bueno/PDT. Em aparte a Paula Ioris, ele lembrou que foi o autor da proposição que decretou o status de utilidade pública do CVV. Ele destacou que, por meio do espírito de voluntariado da ONG, foi possível iluminar de amarelo os prédios da Prefeitura de Caxias e da Casa de Pedra e o Monumento do Jesus Cristo do Terceiro Milênio.

Porém, questionou se o governo teve alguma motivação política para negar o pedido do CVV. “Não quero crer que seja uma retaliação à senhora, vereadora Paula; a este vereador, autor do projeto; ao vereador Fiuza, ex-líder do governo”, observou.

O pedetista complementou o comentário comparando a finalidade de outras panfletagens com a proposta pelo CVV. “Se a gente caminhar só pela Júlio de Castilhos, não precisa ir a outras ruas, são pessoas te atacando e entregando papel de prostitutas, atacando para tirar foto. E para isso não tem fiscalização. Agora, para as pessoas que querem ajudar gratuitamente, daí eles querem punir”, concluiu.

 

Negativa não ofusca a campanha

 

Para o diretor de divulgação do CVV Caxias, José Theodoro, a decisão da Prefeitura não comprometerá o sucesso da programação alusiva ao Setembro Amarelo. Ele afirma que as atividades que estão sendo realizadas, desde o início do mês, como palestras solicitadas por vários segmentos da comunidade, demonstrarão que os objetivos foram cumpridos.

Theodoro disse que a autorização para o evento programado para esta terça-feira, na Praça Dante Alighieri, foi solicitada em 26 agosto. O documento foi protocolado na Secretaria de Esporte e Lazer, porém, somente no dia 2 de setembro, a ONG foi informada que a solicitação deveria ser feita à Secretaria de Urbanismo.

De acordo com ele, a justificativa para negar o pedido foi o decreto que institui prazo mínimo de 30 dias para entrar com pedido para eventos em espaço público. “Iríamos colocar balões e fazer um varal com fitas amarelas para as pessoas pegarem e distribuir material de divulgação. A gente respeita a lei, só que, em outras experiências, não tinha esses 30 dias. Mas, de qualquer forma, o nosso trabalho continua sendo feito com intensidade”, ressaltou.

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