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Falta de água afeta novas comunidades em Gramado

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GIAN WAGNER

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GRAMADO – O problema da falta de água em Gramado e Canela foi assunto da primeira sessão do ano da Câmara de Vereadores. Com a casa lotada, com a maioria sendo moradora dos bairros mais atingidos, os vereadores se posicionaram a favor de uma atitude urgente para resolver o problema que ocorre todos os anos.

Os vereadores mostraram não estar mais com paciência para as desculpas da Corsan. “Nós não podemos mais cobrar a Corsan, precisamos cobrar o prefeito para que ele tome uma atitude hoje”, disse o vereador Rafael Ronsoni (Progressistas). “Juntos nós temos poder sim, temos poder para cobrar uma atitude”, justifica o vereador.

A revisão do contrato com a concessionária, assinado em 2004 por 25 anos, é a alternativa sugerida pelos vereadores. “A questão toda, como os colegas já falaram, é o contrato. Chegou a hora deste contrato ser revisto e não só revisto, mas fiscalizado depois. Mas, quem tem que fazer isso, que tem a caneta na mão para isso, é o Executivo, é o prefeito”, disse a presidente da Câmara, RosiEcker Schmitt (Progressistas). “Temos que buscar uma solução, tanto para a água quanto para o esgoto na nossa cidade”, complementou o vereador Volnei da Saúde. 

 

QUESTIONANDO OS INVESTIMENTOS – Os vereadores encaminharão um pedido de informações à Corsan questionando quais os investimentos que foram realizados do ano 2017 até o presente momento para evitar o desabastecimento em Gramado. "Considerando que a comunidade gramadense vem enfrentando grandes problemas com a falta de água em alta temporada, principalmente em bairros, nos finais do ano de 2018 e 2019, busco mais informações sobre essa segunda adutora, que com certeza, ao menos minimizaria os transtornos", disse a vereadora Rosi, proponente do pedido. 

 

AR PELOS CANOS – O vereador Volnei fez dois pedidos de informações relacionados ao medo dos moradores de ter que pagar pelo ar que passa pelos canos como se fosse água. O primeiro pedido do vereador questiona a forma que vem sendo realizada a fiscalização na instalação do equipamento eliminador de ar na tubulação. No segundo pedido, Volnei pede cópia dos protocolos de atendimentos realizados para a instalação do aparelho,lembrando que é uma exigência prevista na lei 3.765 de2019.

 

Corsan culpa o calor e o alto consumo

O presidente da Corsan, Roberto Barbuti, culpou o calor pela falta de água na Serra. “O nosso cenário base é que a gente­­­não teria os problemas que a gente teve nas semanas recentes. A gente trabalhou para isso e tinha essa perspectiva. Principalmente, essa onda de calor trouxe o volume demandado [de água] a um patamar acima do que nós esperávamos. E basicamente foi esse o grande fator. Nosso compromisso é que não venha a se repetir", disse o presidente em uma entrevista à Rádio Gaúcha.

 

CONTRATO ESTÁ SENDO REVISADO – A secretária de Meio Ambiente, Cristiane Pinto, informou ao Jornal Integração que já iniciou o processo de revisão do contrato. “O contrato celebrado em 2004 já está em processo de revisão pelas áreas técnicas do Meio Ambiente e a Corsan já designou equipe técnica para tal finalidade. Após a conclusão dos trabalhos técnicos de revisão o produto final será discutido com MP e os Conselhos, mediante encaminhamento do Conselho de Saneamento Municipal de Gramado”, disse a secretária.

 

PROBLEMA PERSISTE NOS BAIRROS – Os moradores dos bairros Moura e Dutra tiveram dias difíceis nesta semana. Desde domingo (5) falta água em razão dos problemas de abastecimento. Um caminhão pipa passou pelo bairro Dutra na terça-feira (7), o que amenizou levemente a situação de alguns moradores. Porém, nem todos receberam água. “Teve ruas que o caminhão passou longe”, conta Cassi Cardoso, moradora do bairro Dutra.

Cassi conta que, sem água, ela, a família e os vizinhos estão dependentes de amigos e familiares para tomar banho e lavar roupas. “A louça está acumulando na pia. Compramos [água] para consumo e como falei, o pessoal está indo para familiares e amigos para o banho e lavar roupa”, conta.

 

A CONTA CHEGOU! – A indignação chegou ao ápice na manhã de quarta-feira (8) quando os moradores, sem água, começaram a receber os boletos de janeiro, referentes a dezembro. No bairro Dutra a conta chegou antes da água. “Não vou pagar e quero ver alguém da Corsan vir cortar”, disse a moradora Marina Zummach que, além de não ter água, viu um aumento gigante na fatura. “Mês passado deu R$ 80 e essa veio R$ 123. Estamos pagando pelo ar que passa”, disse.

 

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