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A evolução da acessibilidade no comércio

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Leonardo Santos

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CANELA– O tema é uma preocupação constante da arquitetura e urbanismo da região. A localidade por ser voltada ao turismo tem de estar ligada ao fornecimento de condições às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, para os moradores e turistas, para que possam utilizar com segurança os espaços públicos ou coletivos.

Em Canela, a Associação Canelense de Pessoas com Deficiência Física (ACPDF) foi responsável pela Lei Municipal Nº 3.123 de 12 de julho de 2011, junto à vereadora Noeli Stopassola (PDT), que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

De acordo com o capítulo 2, artigo 5, da lei “é obrigatória a construção de rampas de acesso nos edifícios e salas comerciais voltadas ao público em geral que tenham quatro metros ou mais de recuo frontal”. Os prédios, salas e construções antigas não são obrigadas a contar com a acessibilidade, conforme a lei, só as novas construções tem esta obrigatoriedade, sob pena de não receber o alvará de funcionamento.

Larri Rottmann, presidente da ACPDF comemora evolução na acessibilidade

 

 

No ano passado, a ACPDF realizou a 1ª Semana da Acessibilidade e Inclusão no mês de agosto que foi muito importante para debater o assunto e, mais que isso, proporcionar uma semana inteira de palestras, apresentações e demonstrações. Neste ano, a 2º edição do evento irá acontecer também em agosto.

A reportagem do Jornal Integração visitou um dos estabelecimentos que conta com rampa de acessibilidade em Canela. Trata-se do Santê Bistrô, restaurante que recebe quantidade expressiva de clientes que usufruem da acessibilidade. O restaurante de André Trein tem seis anos de existência, e conforme ele há cinco anos que a rampa de acesso foi instalada. O local também tem cadeiras especiais para clientes com necessidades além da deficiência física.

 

Jonas Ludwig mencionou da adequação das construções com colocação de rampas

Trein conta que já aconteceu de uma blogueira que utiliza cadeira de rodas, entrar em contato com ele para ver a respeito da acessibilidade no local. “Ela pediu para mandarmos fotos e fizemos todo este trabalho para que ela pudesse conhecer o bistrô. Isso resultou na visita dela que não viria se não fosse um local com acessibilidade. Quando veio [para Canela] só frequentou os restaurantes que tem e dão atenção para este tipo de cliente”, destacou Trein., que emendou:  “Se olharmos a partir da Igreja, até o fim da Osvaldo Aranha [avenida] dá pra contar nos dedos quantos lugares tem acessibilidade”.

 

O trabalho da ACPDF

Em Canela, conforme Jonas Ludwig, vice-presidente da ACPDF cerca de 60 pessoas constam no cadastro da entidade e ele há aproximadamente 22 anos necessita de cadeira de rodas e citou do trabalho da entidade em proporcionar não somente aos moradores, mas que os turistas que tenha algum tipo de deficiência, idosos ou mães com bebês tenham mais facilidade no acesso as ruas e estabelecimentos.

“Por morarmos em uma região turística, sempre batalhamos na questão de que se uma cidade se propõe ao turismo, ela tem de receber todos os turistas, independente se é cadeirante, mãe com carrinho de bebê ou idoso. Chegar a um estabelecimento que não possui acessibilidade é constrangedor. Primeiro que, se for a uma loja tu tens que aguardar por conta do movimento até que alguém esteja disponível e vá te atender na porta, é desagradável”, citou.

Jonas citou que a pessoa com deficiência tem que se sentir bem em qualquer lugar ou estabelecimento e por isso alertou que não somente em Canela ocorra esta mobilização de conscientização e cumprimentos das leis, mas em Gramado e outros municípios da região e mencionou do quanto é prazeroso poder se locomover e frequentar com tranquilidade e conforto qualquer local.

“Quando possui [acessibilidade] a pessoa pode entrar, olhar os produtos, assim como em qualquer outro seguimento, seja um restaurante ou outro comércio. O ser humano não é uma árvore, ele não cresce e fica em um lugar, em algum momento [o deficiente] vai estar em Gramado, em outras cidades da região, ou visitando outros lugares, ou seja, a acessibilidade tem que ser contemplada como um todo, (…) Não adianta em Canela estar 100% acessível e chegar a Gramado e não conseguir utilizar nenhum serviço”, completou.

 

Fotos: Leonardo Santos/JIH e Facebook/Larri Rottmann/Divulgação

 

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