MUNDO – Era 2h35 pelo horário de Brasília, 7h35, horário local desta segunda-feira (21), que o Vaticano anunciou a morte de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, aos 88 anos. Ele ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos.
Natural de Buenos Aires, Argentina, assumiu o posto em 2013, quando sucedeu Bento XVI, que renunciou à sua posição como pontífice na época.
Seu quadro de saúde havia piorado desde 14 de fevereiro quando foi hospitalizado, em virtude de uma bronquite, seguido de pneumonia. Ele ficou mais de 38 dias internado no hospital Gemelli, de onde recebeu alta em 23 de março.
No domingo (20), o Papa Francisco apareceu na varanda da basílica de São Pedro no Vaticano e, com voz frágil, desejou uma “Feliz Páscoa” aos milhares de fiéis reunidos no Vaticano para celebrar a ressurreição de Cristo.
O cardeal responsável pela administração dos bens e Tesouro do Vaticano, denominado de “Carmelengo” o governo temporário e a transição de poder será ocupado atualmente pelo irlandês Kevin Joseph Farrell. Os seus poderes nesse período são reduzidos e eminentemente administrativos. Caberá a ele, entre outras funções, organizar o conclave, que é a eleição do novo papa.
Funeral do papa
Camerlengo será o responsável por convocar reuniões de cardeais, chamadas “congregações”, e decidir, em acordo com eles, o dia e a hora designados para velar o papa Francisco, assim como a data do sepultamento, que deve ocorrer entre o quarto e o sexto dia após a morte. O funeral, que Francisco manifestou que queria que fosse simples, ocorrerá na Basílica de São Pedro, no Vaticano, e o sepultamento na Basílica de Santa Maria Maggiore, no centro de Roma, a seu pedido.
Novo papa e fumaça branca
A escolha pelo próximo papa será definida num processo conhecido como conclave. Até 120 cardeais com menos de 80 anos se reúnem na Capela Sistina, no Vaticano, para escolher o novo papa por meio de uma votação. Durante todo o processo, eles ficam isolados do mundo exterior.
Antes da votação, três cardeais são escolhidos para contar os votos e outros três para revisar o ritual. Para ser escolhido, um cardeal precisa ter pelo menos dois terços dos votos. Eles devem votar entre si, mas não podem votar nos seus próprios nomes.
Quando o novo papa é escolhido, o anúncio é feito por meio da tradicional fumaça que sai da chaminé da Capela Sistina. A fumaça preta indica que ainda não há um nome definido. Já a fumaça branca indica que os cardeais elegeram um novo papa.
Brasileiros na escolha
O único cardeal brasileiro que não poderá participar do processo é Raymundo Damasceno, arcebispo emérito de Aparecida, de 87 anos. Até o momento, outros sete cardeais brasileiros estão na lista do Vaticano para participar do conclave, ou seja da eleição.
Jaime Spengler, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Porto Alegre, 64 anos;
João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília, 77 anos;
Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, 74 anos;
Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, 75 anos;
Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, 74 anos;
Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, 57 anos;
Sérgio da Rocha, primaz do Brasil e arcebispo de Salvador, 65 anos.
