GRAMADO – A transferência dos xaxins que ficavam próximos à calçada de passeio no entorno do lago Joaquina Rita Bier causou debate entre os vereadores na sessão de segunda-feira (7). O assunto dividiu opiniões no plenário. De um lado, foi visto como um crime ambiental, de outro, defendido como comum o transplante desta planta.
O vereador Volnei da Saúde (PP) levantou a questão, perguntando o motivo da retirada das plantas da margem do lago. O vereador Everton Michaelsen (MDB) defendeu que “o corte é proibido, o transplante não”. O vereador Dr. Ubiratã (PP) foi ainda mais radical em sua colocação. “A impressão que eu tenho é de se tratar de um crime ambiental fortíssimo”, disse ao avaliar que a retirada dos xaxins descaracteriza o lago.
Everton voltou a defender o transplante, alegando que “é um procedimento comum transplantar para que eles possam se desenvolver melhor”. Professor Daniel (PT) e Luia (PP) entraram com a mesma opinião de que “crime ambiental não tem eu acho, ou é ou não é”, disse Daniel e foi repetido por Luia na tribuna. Volnei, então, questionou a época do transplante e argumentou o fator histórico das plantas junto ao lago. “Talvez esses xaxins tenham mais idade que o município de Gramado”, disse. O colega de partido e presidente da Câmara, Rafael Ronsoni (PP), saiu em defesa do vereador. “A audácia da pessoa em pedir a transferência desses xaxins. Essa pessoa não pode ser gramadense”, criticou Ronsoni.
TRANSTORNO NA CIRCULAÇÃO DE PESSOAS – Conforme a secretária do Meio Ambiente, Cristiane Bandeira da Silva, “a Gramadotur enviou ofício solicitando a transferência dos xaxins posicionados muito próximos à calçada do passeio, ocasionando transtorno na circulação das pessoas”, disse. A Gramadotur teria informado que os xaxins seriam transferidos para uma área de sombra, onde já existem outras plantas da mesma espécie. “O referido pedido da Gramadotur tramitou na Secretaria de Planejamento que informou não se opor à transferência dos xaxins, desde que ficassem dentro da área denominada ‘Estação 02 xaxins’, existentes no projeto”, disse. Conforme a Secretaria, a prática de transplante é permitida, desde que sejam cumpridos alguns requisitos, inclusive monitoramento constante dos exemplares transplantados.