Início Site Página 2119

CULTURA: Prataviera abre mostra SoU Mulheres Artistas

Marias, Rosas, Joanas, Marinas em suas diferentes facetas, dificuldades, vivências e alegrias. A Exposição SOU Mulheres Artistas reúne a arte de quatro artistas para mostrar que existe uma batalha a ser travada perante a sociedade em busca do espaço feminino.

Marina Rombaldi, Marina Prochaska, Marina Luisa Almeida e Nicole Martinatto expõem 22 obras, entre pinturas e gravuras, em que cada uma faz uma imersão em seu universo. A entrada é gratuita e a visitação ocorre no horário de funcionamento do shopping, das 9h às 21h. Localizada no terceiro andar do prédio, a mostra segue até o dia 30 de março.

 

Preços dos hortifrutigranjeiros têm alta bem acima da inflação

A Adcointer Ceasa Serra movimentou mais de R$ 93 milhões, em 2018, com a venda superior a 38 mil toneladas de hortifrutigranjeiros. Em relação ao ano anterior houve crescimento de 13% em valores e 5% em volume. “Desde 2012, gradativamente, os hortifrutigranjeiros vêm sendo valorizados. Dentre os principais fatores que contribuem estão a inflação e o clima que interfere diretamente no aumento ou na diminuição da oferta. No entanto, a quantidade de produtos ofertados se mantém estável, tendência que deve se repetir neste ano”, avalia Marcelo Nunes, gerente da Ceasa Serra.

Segundo Nunes, o produto mais vendido é o tomate longa vida, repetindo situação nacional, representando quase 50% de todo o volume. Na Ceasa Serra, em 2018, ainda se destacaram a cenoura e a batata-doce. “A batata-doce teve valorização de 50%, com receita na ordem de R$ 3 milhões contra R$ 2 milhões do ano anterior. Já o volume vendido evoluiu apenas 6%, passando de 1,5 milhão de quilos para 1,6 milhão. Com isso, superou produtos tradicionais em anos anteriores, como cebola e batata branca”, detalhou.

Em 2018, a Ceasa Serra, por meio do consórcio municipal, teve receita próxima de R$ 338 mil, crescimento de 293% sobre 2017. Conforme Marcelo Nunes, o desempenho foi impactado pela licitação de 23 boxes, que se agregaram aos 36 já existentes. Com isso, 80% dos espaços estão ocupados. O valor do aluguel de cada boxe de 32m² é de R$ 879,36, além de despesas variáveis. “Em razão disto, a Ceasa registrou sua maior receita nos últimos anos”, destacou.

O resultado do exercício é reinvestido em melhorias no complexo. Segundo Nunes, nos últimos dois anos, foi revitalizado o processo de higienização, realizadas reformas, de pintura a cercamento, e investido em logística, com novos portões de acesso e saída, além da contratação de serviços de assistência técnica. “Estamos trabalhando em melhorias internas dos boxes para atender a legislação de segurança alimentar. Também para este ano pretendemos iniciar a construção de uma cobertura no espaço dos boxistas, ampliando a área de venda e protegendo contra intempéries climáticas”, ressaltou.

A Ceasa Serra conta com quase 500 pessoas entre o setor atacadista e o Pavilhão do Produtor. Tanto os produtores como os atacadistas comercializam mais de 60 variedades de produtos. Segundo Nunes, por semana, transitam cerca de 5 mil pessoas. “De segunda a sexta-feira, das 14h as 17h30, a Ceasa está aberta também para pessoas físicas, público ainda pequeno, cerca de 1% do total. É importante divulgar esse serviço, pois os preços são menores em função da venda direta”, assinalou.

 

 

 

Tiro Livre 7

O técnico caxiense Rafael dos Santos, também conhecido como Brasa, comandará a Seleção Gaúcha de Handebol de Surdos na primeira edição da Surdolimpíada Brasileira, que ocorrerá entre os dias 20 e 23 de junho, na cidade de Pará de Minas (MG). “Nunca havia atuado na Seleção Gaúcha. É um grande desafio, pois o Rio Grande do Sul jamais venceu uma competição nacional”, destacou Rafael, que é professor do Cetec e acumula a função de técnico da Seleção Brasileira Masculina. Ele também é preparador físico da Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias do Sul e da Seleção Brasileira Feminina. Novo no comando da Seleção Gaúcha, ele deverá avaliar jogadores que possam participar do Sul-Americano, que será disputado no segundo semestre de 2019.

 

CITADINO DE FUTEBOL

 

O Campeonato Municipal de Futebol de Caxias do Sul começou a ser disputado no final de semana em diversos gramados da cidade. Pelo grupo A, o Águia Dourada goleou o Atlético Mariani por 9 a 1; e o 1º de Maio fez 5 a 2 no Unidos. No Grupo B, o Guarani perdeu para o Londrina por 4 a 0. Já no Grupo C, o Vindima fez 3 a 0 no Az de Ouro. E no Grupo D, o Goiás venceu o Villa Lobos por 3 a 1, enquanto o Santa Cruz fez 3 a 2 na equipe do XV de Novembro. A segunda rodada do citadino será realizada neste final de semana. Em caso de mau tempo, os jogos serão transferidos.

 

JUDOCAS CAXIENSES SE CLASSIFICAM

 

Seis judocas caxienses participaram, no domingo (17), da seletiva para formação das seleções gaúchas sub 13 a sênior que disputarão o Campeonato Sul Brasileiro nos dias 13 e 14 de abril, em Brusque (SC). A seletiva também prioriza a formação do time sub 18 que disputará o Combat Games/Brasileiro Escolar, que ocorrerá no Tocantins, em abril. O vencedor deste torneio garante a vaga no Mundial da Hungria no segundo semestre. Os judocas representam a Academia Torino/Nintai, de Caxias do Sul. Duas judocas se classificaram: no Campeonato Brasileiro, Carolina Cruz Marcon avançou no sub 13 e Maria Angelina da Rosa passou no sub 18. Maria Angelina também conquistou vaga na Seleção Gaúcha que disputará o Brasileiro Escolar.

 

Caxiense compete na Super Week – Insano 2

Praticante de ciclismo há 29 anos. Dedicou um ano e meio de sua vida para percorrer a América do Sul e Central, chegando ao México em fevereiro de 2017. Este é o ciclista e artesão caxiense Jair Melo, 52 anos. “Com a grana contada, tive que aprender e aprimorar a técnica do artesanato para poder me custear ao longo deste período. Contemplar paisagens diferentes, conviver com pessoas de outras culturas, são lembranças que se leva para a vida toda. Além disso, as dificuldades e os riscos que uma jornada desse porte impõe nos fazem enxergar a vida de uma maneira totalmente diferente. Tudo é muito mais valorizado”, ressaltou.

Sempre ativo nas provas de ciclismo em que seu orçamento financeiro permite ou nas que os amigos e patrocinadores contribuem, Melo será o único representante de Caxias do Sul na prova de ciclismo de resistência Super Week – Insano 2. Para participar da competição é necessário que o ciclista comprove o título de Super Randonneurs, atribuído a quem conclui provas em qualquer um dos tempos (200 km, 300 km, 400 km e 600 km).  Em Caxias do Sul, além de Melo, só outras quatro pessoas atendem a estes requisitos. “Eu me sinto orgulhoso em poder representar a cidade nesta prova que, com certeza, será a mais dura e longa já realizada na Serra Gaúcha”, frisou.

Serão cinco dias de pedal. A largada dos 1,5 mil quilômetros será em São Francisco de Paula, no dia 26 de março, a 1h da manhã, passando por cidades dos Campos de Cima da Serra do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, retornando a São Chico no dia 31. “Questões de hospedagem e alimentação são por minha conta. Pelos cálculos já feitos, são necessários cerca de R$ 1,5 mil, dos quais ainda preciso juntar mais R$ 500. Sei que são tempos difíceis, mas espero contar com auxílio dos amigos. É o nome de Caxias do Sul que será representado, e da melhor maneira possível”, garantiu.

Além de parte do montante já recebido, Melo também agradece ao apoio de todos que já contribuíram doando peças de bicicleta, suplementos e roupas. Toda e qualquer ajuda é bem vinda. “Por ser uma prova tão longa não dá para levar muito peso. Além disso, os gastos com alimentação são caros. Mas tenho como objetivo terminar a competição. Creio que metade dos atletas não vai conseguir concluir 50% do percurso”, afirmou.

Quem quiser ajudar pode depositar qualquer valor na conta bancária do ciclista. A conta está na Caixa Econômica Federal: agência 0465, operação 013, conta 00268440-4. Mais informações no Facebook de Jair Melo. 

Organizado pela Sociedade Audax de Ciclismo, a Super Week é uma prova realizada no período de cinco dias, de forma consecutiva, com um intervalo pré-definido entre cada dia. Todos os percursos iniciam e terminam no mesmo local. A competição de 2019 tem limite para 40 participantes.

 

Edição 1744

img src=”https://www.leiafacil.com.br/wp-content/uploads/2019/03/0123lanjtausze1ieuxs.jpg” />

Cesarianas representam média de 78,52% dos partos na região

0

CANELA/GRAMADO – O Brasil ocupa o segundo lugar no mundo em número de cesarianas. Enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece em até 15% a proporção recomendada para cesáreas, esse percentual chegou a 78,52% aqui na região em 2018. Para acentuar a situação, muitas dessas cesarianas são feitas de forma eletiva, sem fatores de risco que a justifiquem, e antes de a mulher entrar em trabalho de parto. Hoje, a cesariana tornou-se um hábito, substituindo a naturalidade do nascimento por intervenções cirúrgicas mais rápidas e cômodas, mas nem sempre mais seguras e saudáveis para a mãe e para o bebê.

A cesariana é um procedimento cirúrgico que, quando realizado por razões médicas, pode salvar a vida da mulher e de seu filho. No entanto, muitas delas são realizadas desnecessariamente. Em muitos hospitais, faltam condições de assistência que favoreçam o sucesso do parto vaginal, o que acaba induzindo a mulher a optar pelas cesarianas. “Se tu não deixa uma mulher se alimentar ou beber água durante o trabalho de parto, por exemplo, ela vai ficar fraca no final. Se tu não deixa a mulher tomar um banho quente ou se tu não deixa ela se movimentar, a dor piora. São diversas boas práticas para que esse parto não seja sofrido. A ideia é que o parto seja um momento bonito, não pode ser associado a uma coisa ruim”, aponta a enfermeira obstétrica Vanessa Candido.

Com as pressões externas, a dor do parto pode se intensificar e, nessas horas, a cesárea surge como uma opção salvadora. “Tem um momento em que a mulher chega no ápice da dor. Por mais empoderada que ela esteja, se tu oferecer uma cesárea, ela vai acabar aceitando porque ela só quer parar com a dor. Então, o que precisa ser feito é incentivar a mulher e não ficar esperando que ela peça uma cesárea”, afirma Vanessa.

Em Gramado, o índice de cesarianas ficou em 81,38% entre os partos em 2017, 79,46% em 2018 e 89,66% nos primeiros meses de 2019. Já em Canela, a porcentagem ficou em 80,99% em 2017, 77,59% em 2018 e 82,09% neste ano. Enquanto isso, a meta estadual de partos normais era de 42% em 2017, de 43% no ano passado e de 45% para este ano. Para tentar alterar esses índices, algumas recomendações da OMS foram atualizadas em 2018.

O Unicef, inclusive, afirma que os direitos da criança começam antes mesmo do nascimento, sendo fundamental que as mulheres tenham acesso a um pré-natal de qualidade e recebam todas as orientações para que seus filhos possam nascer no momento certo e de forma humanizada. Conforme Vanessa, Gramado já iniciou um trabalho de plano de parto, que visa orientar a mulher sobre os direitos que ela tem na hora do nascimento. “É um documento feito durante a atenção básica em que ela coloca como ela deseja que seja o parto. É uma forma de esclarecer o que é melhor e mais saudável para a mulher e para o bebê”, comenta.

Esse trabalho de orientação também tem como foco a desmistificação de algumas ideias. Com as intervenções cirurgias realizadas durante os partos normais, alguns medos foram sendo criados. Por outro lado, as cesarianas passaram a ser vistas de maneira vantajosa. “Chegamos em um ponto em que te chamam de corajosa porque tu vai ter um parto normal. Não se fala do lado ruim da cesárea e não se fala do lado positivo do parto natural. A gente precisa trabalhar para que a mulher opte entre parto normal ou cesárea porque ela deseja e não por uma imposição cultural”, salienta Vanessa.

Para entender esse comportamento cultural, Vanessa realizou uma pesquisa para um trabalho da pós-graduação. Ela entrevistou 21 mulheres após o parto com o objetivo de entender o porquê as mulheres optaram pelas cesáreas. Das entrevistadas, 81% iniciaram o pré-natal querendo o parto normal, mas 76% acabaram fazendo cesariana. Vanessa também questionou os motivos para que as mulheres tenham acabado mudando para as cesarianas. De acordo com ela, as razões apresentadas não exigem que realmente fossem feitas cirurgias. “Relacionando os motivos ditos por elas com embasamentos teóricos, pude ver que nenhuma realmente justificava a cirurgia”, explica.

 

Cesáreas influenciam nascimento prematuros

Um dos grandes pontos para reverter os altos índices de cesarianas é estimular as vantagens do parto natural e orientar as mulheres sobre o risco de fazer uma cesariana. A prematuridade, por exemplo, tem aumentado cada vez mais devido às cesáreas. “A única coisa que garante que o bebê está pronto para nascer é quando a mulher entra em trabalho de parto. Se tu marcar uma cirurgia pra tirar ele antes, não vai ser natural. Mesmo que tu tenha indicação para fazer cesárea em um caso de risco, o ideal é esperar entrar em trabalho de parto antes”, relata a diretora da atenção básica de Gramado, Fernanda Meireles.

Outro fator positivo do parto natural é a recuperação da mulher. A cesariana implica em uma série de pontos devido ao corte na barriga. “Quando tu começa a entrar na fase de ter que cuidar do bebê, tu está 100%, porque no parto normal a dor vem antes. Na cesárea tu não consegue cuidar tão bem da criança porque tu fica com dor da cirurgia. O período de pós-parto já traz muitas alterações hormonais pra mulher e, sentindo dor, pode piorar”, ressalta Vanessa.

Ela também acredita que o parto normal traz uma grande diferença no estabelecimento de vínculo entre a mãe e o bebê. “É muito mais difícil de tu receber o teu filho direto na hora que ele nasce quando é uma cirurgia. No parto natural é muito especial essa relação que se cria na hora que o bebê nasce. Esse vínculo da mãe pegar o bebê, amamentar ele, ter esse contato pele a pele fica muito fortalecido”, destaca.

 

Parto humanizado pode ser alternativa para reduzir cesarianas

O parto humanizado caracteriza-se por um conjunto de práticas que buscam readequar o processo de parto dentro de uma perspectiva menos hospitalar, acolhendo a mulher e o bebê de uma forma mais respeitosa. A humanização do nascimento é uma das grandes bandeiras do grupo Nascer Sorrindo Região das Hortênsias, que reúne mães e mulheres interessadas em debater temas da maternidade.

Com reuniões em Gramado e Canela, o grupo aborda questões ligadas ao parto, aos mitos, às fases do trabalho de parto, à amamentação e ao puerpério, visando a troca de experiências e o esclarecimento das participantes. Dentro dos debates levantados pelo grupo está a cultura das cesáreas. “É uma cultura que se instalou a partir de uma imagem de que o parto normal é ruim. É tão comum as cesarianas que hoje elas são o parto normal”, comenta Hanna TreinDrecksler, de 58 anos, que é doula desde 2003 (assistente de parto que acompanha a gestante durante o período da gestação até os primeiros meses após o parto).

Conforme ela, a popularização das cesáreas aconteceu devido aos procedimentos cirúrgicos inseridos durante o parto normal, como a episiotomia (corte vaginal). Algumas dessas práticas começaram a ser feitas sem a autorização prévia da mulher e acabaram tornando a experiência do parto um momento ruim. “As imposições dessas práticas ou exigências da posição em que a mulher deve parir foram traumatizando as mulheres e deixando elas com medo do parto normal”, conta.

Diante disso, a cesárea veio como uma possibilidade que, teoricamente, seria mais simples e tranquila. “A maioria das mães que escolhem cesáreas justificam a escolha porque não querem sentir dor, mas a cesárea tem seus riscos e ninguém te apresenta isso. A mulher tem o direito de escolher a cesárea, mas ela precisa fazer isso de forma consciente e não de maneira induzida. Ainda há uma falsa segurança criada pelo espaço cirúrgico e uma ideia de que o médico é a voz absoluta. Temos que mudar o paradigma, lutar pelo empoderamento da mulher gestante”, aponta Cássia Barbosa, de 33 anos, que é mãe de uma menina de três anos e está grávida de outro bebê.

Para ela o grande desafio é fazer com que o parto natural volte a ser visto como normal. “Às vezes tu chega no consultório e fala que quer um parto natural, e os médicos já tratam a tua escolha com a frase: se der certo, se a gestação for tranquila, se tu conseguir. Sempre tem aquela condicional”, comenta.

Uma das grandes lutas defendidas pelo grupo é esclarecer as mulheres sobre a possibilidade dos partos domiciliares. De acordo com Hanna, nos partos domiciliares sempre há acompanhamento de enfermeiras obstétricas, que são preparadas para atender partos sem riscos. “Os partos em casa não são feitos de qualquer jeito. Há sempre um plano b, há acompanhamento. O pré-natal também não é deixado de lado”, explica.

Priscila Fioreze de Liz, de 34 anos, que é mãe de três filhos, viveu a experiência de ter um parto domiciliar. Para ela, a grande vantagem é a segurança trazida pelo ambiente aconchegante e a tranquilidade de não se sentir pressionada. “Tu está em um ambiente que conhece, rodeada das pessoas que escolheu para estarem ali, o que gera mais segurança. Tu não se sente pressionada, tu sabe que vai acontecer dentro do teu tempo”, afirma.

Cássia acredita que essa tranquilidade de não se sentir pressionada com relação ao tempo do nascimento também precisa ser respeitada nos hospitais. “As interferências externas minam muito a confiança da mulher. Com um parto mais humanizado, com profissionais que respeitam teu tempo, tu acaba tendo a segurança de que tu vai chegar onde planejou, isso tanto em casa quanto em um hospital”, enfatiza. “Precisamos entender que o parto não é uma questão só física, é psicoemocional”, acrescenta Hanna. 

 

Obra parada: Ginásio da Vila Olímpica ainda não foi retomado

0

GRAMADO – Os mais de 14 mil moradores do bairro Várzea Grande seguem aguardando a conclusão do Ginásio da Vila Olímpica. A obra iniciou em 2012 com a intenção de construir um centro de treinamentos para a Copa do Mundo de 2014. Mas, até hoje, cinco anos depois, ainda não foi entregue. Atualmente, as obras estão paradas por falta de capital de investimento da empresa contratada, que solicitou rescisão do contrato. Uma nova licitação ainda não foi autorizada pela Caixa Econômica Federal. Desta forma, a entrega que estava estimada para o final do ano passado permanece sem previsão de ser concluída.

No dia 18 de outubro de 2018, a empresa contratada alegou não possuir capital de giro suficiente para dar andamento aos trabalhos. Com a rescisão de contrato, o projeto paralisapor uma reprogramação junto à Caixa, que ainda não autorizou uma nova licitação. Após a aprovação de um novo cronograma de obras, a Secretaria de Governança e Desenvolvimento Integrada poderá licitar o projeto novamente. A partir do recomeço das obras, o prazo para a entrega é de 12 meses. Entretanto, o reinício depende dessa autorização da Caixa. “Estamos aguardando ansiosamente”, frisa a secretária de Governança, Simone Bender.

Conforme medições realizadas pela Representação da Gerência Executiva e Negocial de Governo Caxias do Sul/RS, 66,85% da obra foi executada até o momento. Um contrato encerrado em 2013 repassou R$ 1.975.353,16 de recursos federais e R$ 394.597,94 de recursos municipais como contrapartida para a obra. Outro contrato, iniciado em 17 de junho de 2014 e ainda em vigência, já repassou R$ 2.247.700,00 do Governo Federal, além da contrapartida de R$ 1.835.764,32 do Município. O contrato vigente prevê um total de R$ 3,5 milhões provenientes do Governo Federal e mais R$ 2.745.687,27 do Município.

De acordo com o projeto inicial, o ginásio da Vila Olímpica se tornaria o maior complexo esportivo da cidade. A previsão é que a obra contaria com uma quadra poliesportiva, cujo piso seria emborrachado, e uma quadra de futebol sete com grama sintética, além de arquibancadas, vestiários, banheiros e área de conveniência.

Enquanto as obras não se encerram, a comunidade do bairro aguarda ansiosamente por um novo espaço de lazer. Moradora da Várzea Grande há oito anos, Marina Machado é mãe de quatro filhos e espera que o espaço seja entregue em breve para que as crianças possam usufruir do ginásio. “Queremos um lugar que a gente possa aproveitar. Aqui é um bairro que tem muita gurizada, seria um bom espaço pra eles se distraírem. A Vila Olímpica é um lugar que todo mundo gosta, que vem passear no fim de semana. Aqui tem escolas e creches por perto. Seria muito bom”, ressalta.

 

Nepotismo: cargos de comissão ainda permanecem no Executivo

0

GRAMADO – Promulgada em 11 de janeiro de 2018, a nova Lei Orgânica do município revisou e inseriu diversos pontos em seu texto. A última alteração na legislação havia sido feita em 2008. Entre as principais modificações está a emenda que trata sobre nepotismo – nomeação de parentes de até terceiro grau de qualquer cargo de comissão dentro do Executivo Municipal. Considerando essa mudança, alguns servidores da atual administração estariam em descumprimento com a Lei, incluindo cargos do primeiro escalão.

Sem concordar com a emenda sobre o nepotismo, o prefeito João Alfredo Bertolucci (PDT) não realizou mudanças no quadro de funcionários e ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra um parágrafo do artigo 68 da legislação. Dos 25 desembargadores que estão analisando o processo, 17 já votaram pela improcedência. Somente uma desembargadora ainda precisa deliberar, o que deve ocorrer ainda neste mês. Com os votos da grande maioria, o Tribunal de Justiça fica favorável à emenda do nepotismo, indicando que o Executivo cumpra a medida.

“Apesar de nós termos convicção de que o nosso texto estava correto, porque ele seguia o mesmo da Constituição Estadual e por já ter uma súmula Federal sobre a questão, nós achamos importante ter uma chancela do Judiciário novamente. Felizmente nós tivemos a confirmação de que nosso texto é constitucional e correto, e que o nepotismo precisa ser afastado da área pública em todas as esferas”, destaca a procuradora-geral da Câmara de Vereadores, Sônia Molon.

Mesmo com o parecer de improcedência do Tribunal de Justiça, o processo ainda não foi finalizado definitivamente. A publicação do acórdão depende do último voto. Por outro lado, Sônia ressalta que a Lei Orgânica já precisaria estar sendo cumprida a partir do momento em que foi promulgada. O processo da Adin não anula a vigência da legislação municipal. “Essa ação não tem efeito suspensivo. Ela está acontecendo de maneira paralela. A publicação do acórdão não tem efeito de impor cumprimento. O cumprimento se dá a partir da promulgação da Lei”, frisa.

Conforme o presidente da Câmara, Rafael Ronsoni (Progressistas), Fedoca teria garantido que só cumprirá com a medida quando o acórdão for publicado. Em caso de não cumprimento, ainda existe a possibilidade de que o Legislativo entre com uma solicitação para que o Ministério Público exija esse cumprimento. “Estou sofrendo pressão por parte de alguns colegas vereadores para que a gente já entrasse com pedido no Ministério Público. Mas, como houve esse comprometimento dele, nós estamos aguardando essa publicação final, que deve sair em breve”, comenta.

Diante disso, devem ocorrer algumas mudanças no quadro de funcionários da atual gestão. No primeiro escalão do governo, por exemplo, trabalham dois casais: Gilça dos Santos Silva (secretária de Educação) e Renato Bertoja (chefe de Gabinete); Daniel Preto (secretário adjunto de Fazenda) e Adriana Preto (secretária adjunta de Administração).

 

O que é considerado nepotismo?

De acordo com a Lei Orgânica de Gramado, qualquer cargo de comissão ou qualquer servidor de carreira com função gratificada fica proibido de ter parente no quadro de funcionários até o terceiro grau. Caso contrário, encaixa-se como nepotismo. Para a elaboração da emenda que trata sobre a questão, foram observadas a Constituição Estadual e Federal.

A revisão da Lei levou cerca de um ano e passou por uma comissão pluripartidária. Para sua aprovação, precisou ir à votação em duas ocasiões. Nos dois momentos, a legislação foi aprovada por unanimidade pelos vereadores. “Ela tem essa característica justamente pela importância que tem, para eventualmente não se aprovar um texto que não tenha sido totalmente discutido e compreendido”, relembra Sônia.

A única hipótese em que o familiar é admitido é quando se trata de um agente político. Como agente político se enquadra o prefeito, o vice-prefeito e o secretário. Desses três, o único que não é eleito pela comunidade é o secretário. Então, é possível que o prefeito nomeie um parente para ser secretário, desde que tenha capacidade técnica. “Existem casos em que um prefeito nomeou um irmão médico para ser secretário da Saúde por exemplo. Isso pode. O que não pode é o agente político, no caso o secretário, ter parentes nomeados, e isso se aplica para primeiro, segundo, terceiro escalão”, aponta a procuradora.

Ela também coloca que “há uma argumentação de que, se o agente político (no caso o secretário) tem essa prerrogativa de poder ser parente do prefeito, ele também poderia ter outros parentes nomeados. É uma confusão que muitos fazem de que o agente político estaria fora do crivo do nepotismo. Mas só estão fora com relação ao prefeito. Se o prefeito tivesse algum parente dele, não teria problema. Todavia, qualquer cargo em comissão ou até servidor de carreira com função gratificada fica vedado de ter parente no quadro até terceiro grau”, explica.

Também não é necessário que um dos familiares exerça função hierárquica superior para ser considerado nepotismo. “Esse argumento de que só seria nepotismo caso fosse hierarquicamente subordinado ao parente não procede, não está na súmula nem na constituição. É só uma interpretação”, pontua.

 

Empresas Randon definem novo movimento sucessório

Atual vice-presidente da diretoria corporativa das Empresas Randon, Daniel Randon, foi indicado para suceder David Randon no cargo de CEO da companhia. O anúncio foi feito no final da tarde desta terça (19) por meio de comunicado oficial ao mercado. David Randon, que está no cargo desde 2009 quando substituiu o fundador do conglomerado, Raul Randon, assumirá a presidência do Conselho de Administração. Alexandre Randon, atual presidente do Conselho, ficará na vice-presidência. As mudanças serão confirmadas no dia 8 de maio, em reunião do Conselho de Administração.

Com 42 anos, Daniel Randon, um dos cinco filhos de Raul Randon, fundador do grupo falecido em 2018, está na empresa há 20 anos, tendo ocupado diversas posições. A sucessão, segundo os acionistas controladores, é um processo natural na governança da Randon. “Temos uma governança que permite a transição de forma planejada e organizada. É um processo natural”, explicou David Randon, que seguirá com responsabilidades no relacionamento com clientes e novos negócios.

Em 1999, Raul Randon iniciou a estruturação de uma governança que desse suporte adequado às esperadas transições no comando do complexo formado por 11 empresas que completa 70 anos em 2019. Durante a sua gestão, David liderou a expansão e globalização das Empresas Randon, que hoje têm 21 unidades industriais e presença em mais de 100 países. Com parcerias e aquisições que diversificaram o portfólio, antecipou transformações para manter a empresa líder em seus mercados e conduziu a companhia em momentos adversos da economia nacional e internacional.

Como vice-presidente, Daniel Randon tem sob sua responsabilidade as áreas de RH, Serviços Financeiros, Compras, TI e CSC (Centro de Soluções Compartilhadas). Até recentemente, também respondia pela área Financeira como CFO. Engenheiro mecânico graduado pela Universidade de Caxias do Sul, cursou MBA em Gestão e Finanças na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. “Vamos dar continuidade à execução da estratégia, com foco no crescimento e muito atentos aos movimentos do mercado como um todo. A Randon será cada vez mais movida pela inovação e que dá oportunidades de desenvolvimento e realização para as pessoas”, destacou o futuro novo presidente. Na foto, Daniel Randon à esquerda; David Randon à direita; e Alexandre Randon, à frente.

 

Juventude recebe Avenida em busca da classificação

A noite desta quarta-feira (20) pode ser de alegria ou de decepção para o torcedor que for ao Estádio Alfredo Jaconi. A partir das 21h30, o Juventude recebe o Avenida, já rebaixado no Gauchão. Em jogo, está uma vaga para o Verdão nas quartas de final do Estadual.

Além de vencer o Periquito, o Juventude precisa torcer para que Aimoré ou Pelotas percam ou empatem seus jogos. Basta uma derrota ou empate de um dos dois clubes, aliada a um triunfo do Papo, para se garantir entre os oito melhores do certame gaúcho.

Após empatar em 1 a 1 com o Novo Hamburgo, fora de casa, o confronto contra o time de Santa Cruz do Sul marcará a estreia do técnico Marquinhos Santos no comando do Ju diante do torcedor esmeraldino. Para conquistar os três pontos, o plantel treina desde segunda-feira (18). Nesta terça-feira (19), os atletas participaram de um treino tático no CT do Juventude.

Na nova proposta de jogo do treinador, a ênfase está direcionada para os cuidados com o setor defensivo. Foi assim no empate fora de casa e deve continuar sendo com o Papo atuando em seus domínios. Contra o Avenida, o Juventude terá o setor defensivo titular, com Marcelo Carné, Genilson e Victor Sallinas. No meio de campo, impera a dúvida do treinador. O volante uruguaio Aprile ainda não tem condições de jogo. Os ingressos para o duelo contra o Avenida estão sendo vendidos por R$ 40, com opção de meia-entrada.

 

Pingo tem dúvidas para esta noite

 

Nesta quarta-feira (20), a partir das 21h30, o Caxias pisa no gramado sintético do Passo D’Areia, em Porto Alegre, com a missão de defender a vice-liderança do Gauchão 2019. O time do técnico Pingo chegou à vice-liderança após vencer o Aimoré por 3 a 0 no fim de semana. Contra o São José, na última rodada, a tendência é que o Caxias escale time misto e poupe atletas importantes do elenco.

Já garantido entre os quatro primeiros colocados, o Caxias soma 19 pontos e não poderá mais ser alcançado pelo quinto colocado, o próprio Zequinha, que soma 15. Na terça-feira (19), os jogadores do Caxias participaram de um treinamento tático no CT do clube. Em seguida, a delegação embarcou para a capital gaúcha. O goleiro Lee e o meia Rafael Gava ainda são dúvidas para o confronto.

Se conquistar o triunfo pelo escore mínimo, apenas uma catástrofe tirará o Falcão Grená do segundo lugar na tabela de classificação. Para que isso ocorra, o Internacional deve derrotar o Novo Hamburgo por, no mínimo, um placar de 7 a 0.

 

Dupla Grenal cumpre tabela

 

Líder absoluto do Gauchão 2019 com oito vitórias e dois empates, o Grêmio enfrenta o Pelotas no Estádio da Boca do Lobo nesta quarta-feira (20), às 21h30, em confronto que é válido pela 11ª e última rodada da primeira fase do Estadual. O time do sul do estado é o sétimo colocado e pode não se classificar se for derrotado. No Beira-Rio, no mesmo horário, o Internacional recebe o Novo Hamburgo. Ambos os clubes já estão nas quartas de final.

Pelo lado do Tricolor, o técnico Renato Portaluppi não garantiu a equipe titular no duelo contra o Pelotas. Em entrevista na segunda-feira (18), o treinador havia sugerido mandar a campo uma equipe reserva, visto que o time está classificado e não perde a liderança independente dos resultados paralelos. Na terça-feira (19), os atletas participaram de um treinamento tático no CT Presidente Luiz Carvalho.

No CT Parque Gigante, Odair Hellmann garantiu o uso dos titulares contra o Anilado. Nesta terça-feira (19), o técnico ganhou mais uma dor de cabeça: Rodrigo Lindoso foi diagnosticado com trauma no joelho após sofrer um choque no Grenal e fica parado por duas semanas. Entre os titulares que treinaram, destaque para Sarrafiore, que conquistou a vaga de Guilherme Parede.

 

error: Conteúdo protegido