GRAMADO – Após anunciar no sábado passado (15), de que pretende disputar a eleição de 15 de novembro com candidato próprio, integrantes do MDB que ocupavam cargos no governo Fedoca foram rescindidos. O partido havia manifestado por meio do pré-candidato a prefeito e atual vice-prefeito, Evandro Moschem, que deixaria essa alternativa para o governo sobre manter os emedebistas que ocupam cargos de confiança em seus cargos ou exonerá-los, por entender que o compromisso do MDB na vitória na eleição de 2016 só acabaria em dezembro. Esse anúncio ocorreu durante entrevista à Rádio Integração Digital na manhã de segunda-feira (17).
Porém, como alguns acabaram demitidos, como a secretária de Governança, Simone Bender, o partido se reuniu na noite desta terça-feira (18), e decidiu pela saída de todos no final deste mês, dia 31 de agosto. “O MDB de Gramado, em reunião da Executiva Municipal, decidiu pela saída do governo no dia 31 de agosto. Certos de que colaboramos muito nas áreas da administração a que fomos designados, saímos de cabeça erguida e com sentimento de gratidão pelo reconhecimento dos gramadenses. Estamos prontos para apresentar ao município uma alternativa ainda mais eficaz e muito mais moderna no modelo gestão. Porque após a pandemia, o mundo terá mudado para sempre, exigindo novas respostas para as novas perguntas”, diz a nota.
Ainda restam dois secretários na Administração, João Teixeira na Saúde, e Simone Terres da Luz Morales Cazu em Obras e Serviços Urbanos. João Teixeira confirmou ao Integração que, como é vereador eleito, volta à Câmara, cadeira que hoje é ocupada pelo suplente Renan Sartori.
Ao todo, conforme o vice-prefeito, Evandro Moschem, ainda são cerca de 50 membros do MDB na Prefeitura. Alguns, eventualmente, poderão desobedecer a orientação do partido e permanecer em seus cargos até o fim do governo Fedoca, ou até serem demitidos.
A curiosidade é em relação a funcionalidade do governo, sem substitutos para estes cargos todos. O que está se aventando é que Fedoca importará operários de outros municípios, como tem feito desde o início do governo com as vagas que ficaram ao seu critério preencher, eis que seu partido, o PDT, não tem nomes, por ser medíocre. O prefeito tem até o dia 31 para planejar como vai arras seu governo até o final, restando, então, quatro meses. Ao que se desenha, Fedoca não buscará a reeleição e sequer terá nomes do seu partido disputando a vereança.
Texto: Cláudio Scherer | [email protected]