InícioNotíciasEconomiaReceita líquida consolidada da Randon avança 20%

Receita líquida consolidada da Randon avança 20%

Tempo de leitura: < 1 minuto

Marca fechou exercício com 35% de participação no mercado nacional de implementos rodoviários (Foto Julio Soares, Divulgação/Banco de Dados)

Com receita líquida consolidada de R$ 5,1 bilhões, incremento de 19,5% sobre 2018, e 2% acima da projeção inicial para o ano, as Empresas Randon alcançaram, em 2019, o melhor resultado em suas sete décadas de história. Também foi expressivo o lucro líquido do período, de R$ 247,6 milhões, com expansão de 63%, e margem de 4,9%. O conglomerado consolidou faturamento total de R$ 7,3 bilhões, incremento de 21%; lucro bruto de R$ 1,3 bilhão, alta de 24%; e Ebitda de R$ 690,7 milhões, avanço de 23%.

Os resultados foram apresentados na manhã de quinta, 5 de março, por meio da publicação do balanço e de videoconferência, na qual a diretoria analisou o desempenho passado e projetou o cenário para 2020. “Mesmo com todas as dificuldades, conseguimos executar o que foi planejado”, afirmou Daniel Randon, diretor-presidente, referindo-se aos resultados alinhados com o guidance anunciado em fevereiro de 2019. Só não foi alcançada a meta de receita externa, que ficou em US$ 288,1 milhões, 4% abaixo do estimado. “Sofremos com a baixa demanda em vários mercados onde atuamos”, observou.

O incremento de receita, segundo Randon, se deu em função do desempenho do mercado interno, de forma especial pelo volume comercializado de implementos rodoviários e caminhões pesados, decorrência da renovação de frota e expansão do agronegócio, além de indicadores econômicos mais favoráveis, como inflação e juros em baixa. Com 22.460 unidades vendidas internamente, alta de 27% sobre 2018, o ano passado registrou o segundo maior volume em implementos rodoviários para a Randon, somente atrás de 2013. A marca fechou o exercício com 34,9% de market share, 3,4 pontos abaixo do ano anterior. A divisão montadoras, que ainda produz veículos especiais e vagões ferroviários, apurou receita líquida próxima a R$ 2,3 bilhões, alta de 17%, e respondendo por 44,7% dos valores totais, 0,8 ponto inferior a 2018.

A divisão autopeças apresentou crescimento de volumes em todas as suas unidades de negócio, suportado principalmente pelo mercado doméstico de caminhões pesados. Segundo a companhia, os demais segmentos tiveram desafios adicionais, como a lenta recuperação do mercado de veículos leves e o complexo cenário externo. A divisão registrou receita líquida de R$ 2,6 bilhões, alta de 21%, e participação de 51,6% no total, acréscimo de 0,8%. A Fras-le responde por cerca de 50% do valor. A Suspensys foi a empresa de melhor desempenho, com alta de 54%, para R$ 505 milhões. Na divisão de serviços, a receita líquida avançou 16%, para R$ 190 milhões. Neste segmento, a Randon opera com banco e consórcios. O número de cotas vendidas caiu 2,8% no ano, para 13.904 unidades.

RECUOS NA ARGENTINA E EUROPA

As Empresas Randon totalizaram, no ano passado, receitas externas na ordem de US$ 288,1 milhões, recuo de 2% sobre 2018, e abaixo das estimativas iniciais de US$ 300 milhões. As exportações a partir das plantas brasileiras apuraram US$ 178,6 milhões, redução de 2%, em decorrência, principalmente, da crise no mercado argentino, que era um dos principais destinos de semirreboques e autopeças, e pela estagnação do mercado europeu. As vendas de autopeças apresentaram aumento de 4%, somando US$ 117,5 milhões. Já a receita com exportações de veículos, basicamente implementos rodoviários, caiu 12%, para US$ 61,1 milhões. As unidades localizadas no exterior contribuíram com US$ 109,5 milhões, recuo de 2%.

ALTA PROJETADA DE UM DÍGITO PARA 2020

Daniel Randon avalia que mercado interno terá novo avanço em 2020 (Foto Jefferson Bernardes, Divulgação)

A expectativa da diretoria das Empresas Randon para 2020 é crescimento no mercado brasileiro, mas sem repetir os índices dos últimos dois anos. Na visão de Daniel Randon, a retomada da economia doméstica, com PIB crescendo na casa de 1,8%, deve assegurar expansão de um dígito nos volumes de vendas.

A carteira de pedidos do primeiro trimestre para implementos ainda segue forte em razão dos resultados da Fenatran 2019, feira de veículos comerciais realizada em São Paulo. Segundo Esteban Angeletti, gerente de relações com investidores, a visibilidade neste segmento é boa até maio. Em relação às autopeças, o cenário está muito vinculado ao comportamento das montadoras. Já o mercado externo é definido por Daniel Randon como mais desafiador, com tendência a recuo diante do alto grau de incertezas.

O guidance da empresa para este ano é de faturamento bruto total de R$ 7,7 bilhões, alta de 5% sobre o realizado em 2019. Para a receita líquida consolidada é projetado valor de R$ 5,5 bilhões, expansão de 8%. O incremento deve vir do mercado doméstico, na medida em que a diretoria trabalha com exportações de US$ 250 milhões, recuo de quase 15% sobre os valores de 2019. As importações estão estimadas em US$ 80 milhões, 8% abaixo do realizado no ano passado.

Os investimentos para o exercício estão projetados em R$ 220 milhões, em linha com o realizado em 2019, de R$ 218,7 milhões. Do valor, em torno de R$ 140 milhões a R$ 160 milhões serão aplicados em manutenção das plantas e o restante em programas de inovação, produtividade e aumento de capacidade.

As projeções da empresa, segundo Daniel Randon, não contemplam a consolidação da compra da Nakata, anunciada em dezembro, mas que só deve ter posição do Conselho Administrativo de Defesa Econômica e demais organismos de mercado no final deste semestre. Também não considera os possíveis impactos do coronavírus na economia mundial. “É cedo para uma avaliação mais definitiva, mas estamos monitorando esta situação”, observou.

Na avaliação de Randon, não há risco de desabastecimento, pois apenas 5% das matérias-primas usadas pela companhia vem da China. Da mesma forma, fornecedores que dependem de itens chineses ainda não indicaram problemas. “Mesmo assim, estamos mapeando fontes nacionais para eventual necessidade”, reforçou.

Ao mesmo tempo em que a expansão do coronavírus preocupa, a diretoria da Randon vislumbra oportunidades. Hemerson de Souza, diretor de relações com investidores da Fras-le, comentou que na Fremax, empresa adquirida no final de 2018, dobrou, desde janeiro, o número de consultas de clientes, já cativos ou novos, principalmente da Europa.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Dono de restaurante em Canela morre aos 47 anos após mal súbito

Gabriel Sarago Cattólica, 47 anos, faleceu neste sábado (9) após sofrer um mal súbito pela manhã, de acordo com a Brigada Militar. Ele era...

Trânsito é liberado na Estrada Velha após adiamento de obras da Corsan

O secretário de Obras, Tiago Procópio, confirmou à reportagem que a Rua Emílio Leobet, conhecida como Estrada Velha, está totalmente liberada para o tráfego...

Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul homenageia os 50 anos da Prawer Chocolates

Cerimônia enalteceu a trajetória da marca pioneira do chocolate artesanal no Brasil e contou com a presença de autoridades e colaboradores da empresa Na tarde...

Morre Eraldo da Rosa Pereira, genro do vereador Jone Wulff

CANELA - Faleceu na madrugada desta segunda-feira (4), no Hospital de Caridade de Canela, Eraldo da Rosa Pereira, aos 48 anos, genro do vereador...

Quatro jogos que separam o Gramadense da elite do futebol gaúcho

Tiago Manique [email protected] GRAMADO – O Centro Esportivo Gramadense (CEG) encerrou no domingo (27), a primeira fase da Divisão de Acesso. Jogando pela 14ª rodada da...
error: Conteúdo protegido