REGIÃO – O Hospital Veterinário Dr. Álvaro Abreu anunciou na terça-feira, um serviço inédito: a primeira Unidade Avançada de Células-Tronco do Rio Grande do Sul. A novidade é fruto da parceria estabelecida com o Laboratório Biocell, com sede no Distrito Federal, que tem como proprietária a médica veterinária Patrícia Furtado Malard.
A aplicação de células-tronco é hoje uma alternativa moderna, eficaz e aplicável no tratamento de diversas patologias e vem ao encontro de uma das premissas do Hospital Veterinário Dr. Álvaro Abreu, que é a de trabalhar sempre em favor da manutenção do bem-estar dos animais. “Contar com essa ampla estrutura e com o foco no que há de mais eficiente voltado à qualidade de vida dos animais nos possibilitou trazer para o Rio Grande do Sul essa tecnologia”, explica a médica veterinária Patrícia Furtado Malard. Segundo ela, o trabalho é desenvolvido com a célula-tronco mesenquimal, que é extraída de um animal adulto. “Ela é retirada da gordura, do tecido adiposo. As células são separas em Brasília, onde são cultivadas, multiplicadas, congeladas e depois enviadas para o banco de células daqui”, revela Patrícia.
TRATAMENTO – O tratamento viabiliza a regeneração a partir da aplicação de células-tronco em ossos, cartilagens, tendões e ligamentos. “A grande aplicabilidade das células-tronco faz com que possamos utilizá-las em várias doenças no caso de cães, gatos e cavalos. O fato de liberar proteínas, que chamamos de biofatores, proporciona uma melhora no local onde as células estão morrendo. Essa melhora é percebida de acordo com a patologia, mas em alguns casos já pode ser identificada nos dias seguintes a aplicação. Há casos em que o animal não fica totalmente curado, mas o tratamento devolve a ele a qualidade de vida, o que é extremamente importante”, completa a média veterinária.
A Unidade Avançada de Células-Tronco do Hospital Veterinário Dr. Álvaro Abreu conta com 100 milhões de células armazenadas. Em cada tratamento é utilizado, em média, de 3 a 15 milhões de células-tronco, dependendo da necessidade de cada caso. Armazenadas em nitrogênio líquido congelado, elas podem ser utilizadas em um período de até 30 horas após o seu preparo, o que possibilita que sejam levadas para outras regiões. “O mais importante é podermos compartilhar esse benefício com cada vez mais profissionais, porque dessa forma estaremos beneficiando um número cada vez maior de animais”, destaca Álvaro Abreu.