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Do lixo aos cofres: Tampinhas auxiliam entidades assistências

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CANELA – Doações de simples tampinhas têm mudado a realidade de associações assistências na cidade. A partir do programa Tampinha Legal que foi lançado pelo Instituto SustenPlást em 2016 e que consiste no reaproveitamento deste material, as entidades canelenses como a Apae e o Oásis Santa Ângela levantam valores que tem alimentado a sua própria economia, trazendo melhor estrutura de atendimento aos seus frequentadores.

O programa busca a melhor valorização de mercado ao mesmo tempo em que mobiliza acomunidade a dar um destino adequado aos resíduos plásticos que acabam indo fora e também poluindo o meio ambiente.

A campanha funciona de maneira muito fácil. As tampinhas de garrafas de água, refrigerante, produtos de limpeza e de outras embalagens são coletadas, separadas por cor e colocadas em sacos de ráfia para que evite o acúmulo de umidade. O material é enviado para o Posto de Entrega em Porto Alegre, localizado na Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais, pertencente a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), onde o reciclador cadastrado realiza a pesagem.

O valor pago é de R$ 1,90 por quilo das coloridas e R$ 1,20 por quilo das pretas, pratas e douradas. As coloridas têm um valor mais elevado devido a sua pigmentação. As entidades recebem 100% dos valores pelo plástico enviado, e este recurso, no caso da Apae, é utilizado para quitação de folha de pagamento, compra de material escolar e passeios dos alunos.

A Apae está inserida na campanha desde março de 2018, e desde a inclusão já alcançou um montante financeiro de R$ 6.044,57 com a arrecadação de 3.039 quilos detampinhas. A diretora social da instituição, Cira Dutra, conta que os sacos enviados para o a Fundação Gaúcha de Bancos Sociaispor eles chega a média de 10 quilosde material em cada saco.

Já o Oásis aderiu à campanha em novembro de 2017, reunindo um total de 2.419 quilos chegando ao valor de R$ 4.513,27. Janine Michaelsen reforça que todas as tampas são bem-vindas.“Recolhemos todos os tipos de tampinhas. Nossa maior dificuldade é que as pessoas entendam isso. Sendo tampinha, podem ser de caneta, pote de requeijão, achocolatado, tapaware, etc.”, explica. A instituição produziu uma espécie de coletor revestido pelas tampinhas que são aceitas pelo programa, distribuindo o depósito em farmácias, escolas e restaurantes, juntamente a um banner que explica como funciona o programa para que as pessoas participem e dêem continuidade a causa.

 

Coletor produzido pelo Oásis que é distribuído nos pontos de coleta

Um dos apoiadores do projeto, o Rotary Club de Canela recebe em média 200 quilos por mês de diversos doadores da comunidade, assim dividindo as tampinhas entre a Apae e o Oásis Santa Ângela. Ao todo, as duas associações por meio da campanha arrecadaram juntas R$ 10.557,84.

A família de Marcos Zimmermanné adepta da coleta do produto há aproximadamente um ano e meio. Ele conta como ficou sabendo da campanha e exalta a importância da mesma. “Minha família tem duas tias que são frequentadoras no Oásis, então estamos sempre ligados com o que acontece lá, também vimos naTV que a campanha arrecada bastante, com isso resolvemos ajudar. O apelo é importantepela poluição que temos aqui, pessoal começou a criar consciência disto”, destaca ele. Conforme Zimmermann, a cada dois meses ele faz a entrega do produto na entidade, chegando a reunir cem garrafas de cinco litros cheias de tampas no período.

 

GRAMADO – O Centro de Reabilitação Emanuel Região das Hortênsias (Crerh), que aderiu ao programa em 2018, arrecadou 530 quilos na sua primeira coleta, o que rendeu R$ 730 em recursos. A exemplo de outras instituições, o Crerhencaminha o valor diretamente a sua estrutura e também a alimentação deseus frequentadores.

 

NO PAÍS

 

Desde outubro de 2016, as 232 entidades assistenciais participantes arrecadaram mais de 350 toneladas de tampinhas, o que corresponde em mais de R$ 670 mil.“Mais de 200 milhões de tampas plásticas foram coletadas, segregadas, limpas e ensacadas por mãos voluntárias. Formamos grandes exércitos de caçadores de tampinhas em prol de sustentabilidade financeira. Entidades assistenciais necessitam de recursos para seguirem seus trabalhos. O material plástico é matéria prima nobre, precisa retornar para a indústria. Aprendemos a apagar a luz e a fechar a torneira. Quando damos o destino adequado aos resíduos plásticos, constatamos a transformação que fazemos nas vidas de inúmeras famílias. Estas pequenas atitudes diárias dependem de cada um de nós”, afirma a coordenadora do programa, Simara Souza.

Interessados em participar da campanha podem ir guardando os produtos e depois ir até uma das entidades citadas nesta matéria para entregá-las. Outra alternativa é procurar um dos pontos de coleta mais próximo. Para identificar um coletor basta acessar o site www.tampinhalegal.com.br/site/pontos-de-coletae inserindo o CEP para busca.

Fotos: Leonardo Santos/JIH

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