GRAMADO – O Rotary Club e as patronesses envolvidas na realização do 9º Chá da Solidariedade farão a recepção dos convidados a partir das 18h desta quinta-feira (8), na Sociedade Recreio Gramadense. Todos os recursos angariados com a iniciativa serão revertidos à Liga Feminina de Combate ao Câncer.
Wanda Werlang, idealizadora do Chá da Solidariedade, juntamente com a colega rotariana Eliana Wazlawick, foram entrevistadas pela colunista Ivanir Scherer no programa De Bem com a Vida sexta-feira passada, na rádio Integração Digital. Elas falaram sobre a 9ª edição do Chá e também de onde surgiu a idéia de realizar um evento que viabilizasse recursos para a Liga de Combate ao Câncer. O presidente do Rotary Club de Gramado, Alaor Jucely Bazzan Simões, também participou da entrevista.
Wanda contou que em 2011, primeiro ano do chá, o então presidente do Rotary pediu para seus membros criarem projetos. “O Rotary sempre desenvolveu muitos projetos e projetos lindos, mas sentíamos falta de algo mais popular. E como eu já tinha participado desse tipo de chá, com patronesses (em Taquara), pensei em fazer um projeto assim em Gramado e o Rotary apoiou. Então mostrei a proposta para uma grande amiga, a Irma Peccin, e ela me ajudou muito, me apresentando várias pessoas da sociedade gramadense. Íamos de casa em casa convidando as mulheres para serem patronesses, foi um trabalho de formiguinha. E assim, no dia 25 de agosto de 2011 realizamos o primeiro chá com 27 patronesses”, relatou.
“Foi um chá maravilhoso, um sucesso, as mesas muito bem decoradas. Nem sabíamos se íamos fazer mais de um, mas gostaram tanto que pediram para a gente repetir no ano seguinte. Aí então foi mais fácil. Pedimos para cada uma delas indicar uma nova patronesse como sucessora para fazer a edição seguinte e o evento foi crescendo. E isso foi ajudando o Rotary a ir ficando mais conhecido na cidade”, recordou dona Wanda.
“Me sinto plenamente realizada, sempre me dediquei muito ao Rotary. Tenho 87 anos, mas minha cabeça é bem mais jovem que isso. No início foi bastante trabalhoso, mas muito gratificante. Sempre buscamos trazer muita alegria e entusiasmo. Tivemos uma época que éramos apenas quatro mulheres no Rotary. Hoje isso se inverteu, existem mais mulheres que homens”, revela com risos. Wanda participa do Chá da Solidariedade desde a primeira edição.
Para o evento desta quinta-feira, os preparativos estão todos praticamente finalizados. “Está quase tudo pronto. Estamos aguardando a comunidade. Todos entrelaçados a esta nobre causa que é em prol da Liga Feminina de Combate ao Câncer. Desde o início, dona Wanda preparou esse evento em prol da Liga”, destacou Eliana. E Wanda emendou: “Além de querer que o Rotary fosse mais conhecido na comunidade, o nosso maior interesse era favorecer a Liga. Desde que cheguei na cidade (2007) sempre fui convidada a participar de reuniões da Liga e achei um trabalho maravilhoso, muito transparente, e sugeri que deveríamos doar aquele dinheiro para a Liga”.
Durante a conversa, que pode ser ouvida na íntegra pelo link https://soundcloud.com/integracao-digital, Eliana enfatizou a importância do trabalho da instituição. “É uma entidade séria e necessita que a comunidade se volte a ela e faça algum trabalho com arrecadação de recursos. Quem está de fora não sabe as dificuldades que existem. Inúmeras pessoas sofrem com essa doença que é o câncer. Quem tem familiar com essa doença sabe que os gastos são muitos elevados. E quem dá todo o suporte para essas pessoas é a Liga”, ponderou.
Como funciona o evento – As rotarianas Eliana e Wanda explicaram como o chá é organizado. Neste ano são 35 patronesses e cada uma delas é responsável por montar sua mesa, trazer seus quitutes e vender os convites para os seus convidados. Toda renda é integralmente destinada à Liga. “É uma comunidade voltada toda em prol de um projeto do Rotary para beneficiar a Liga e ajudar quem sofre com essa doença”, sublinha Eliana.
Além do chá e dos quitutes, o evento reserva atrações artísticas, um desfile e também algumas surpresas. “Teremos algumas novidades neste ano”, garante Eliana. Ela também enfatiza que as empresas que almejam contribuir com a causa podem procurar o Rotary. A contribuição pode acontecer montando uma mesa para o chá, bem como a doação de valores diretamente à Liga para investir no tratamento de pessoas que sofrem com a doença.
As patronesses deste ano já têm todos os seus convites vendidos, mas o Rotary também vai montar algumas mesas e disponibiliza ingressos. Os organizadores estimam reunir mais de 400 pessoas na Recreio. Mais informações podem ser obtidas com Eliana pelo contato 3286.1004.
Solidariedade é um dos focos do Rotary
À frente do Rotary Club de Gramado desde o dia 1º de julho deste ano, Alaor Jucely Bazzan Simões, explicou seus planos para este ano rotário e as ações tradicionalmente desempenhadas pelo clube de serviço. Sempre atuando em várias frentes simultaneamente, Alaor destaca o intercâmbio para que jovens possam ter a experiência de viver durante um ano em outros países e as pequenas ações em Lar de idosos com as campanhas de arrecadação de produtos de higiene e alimentos.
“O Rotary atua em Gramado desde 1959. Ao longo deste tempo sempre contribuiu em inúmeras iniciativas como a construção das casas mortuárias, o quartel do Corpo de Bombeiros, auxílios em creches, asilos e escolas. É uma iniciativa nossa o projeto para captação das águas das chuvas que já ocorre em algumas escolas para diminuir o custo e reaproveitar a água. Hoje, em Gramado, já existe um requisito para os projetos que entram na Prefeitura para aprovação, terem que reaproveitar as águas das chuvas”, explicou o Presidente.
“Outro trabalho que desenvolvemos há um tempo e vamos ampliar é o banco ortopédico, que criamos em 2013 para auxiliar pessoas da nossa comunidade. Tem muita gente que não tem condições de comprar e precisa de uma cadeira de rodas, por exemplo, por um curto período de tempo. Então criamos esse banco ortopédico para atender todos e agora estamos reformulando esse banco”, complementou.
Uma luta permanente do Rotary é a erradicação total da Poliomielite. “Existe uma campanha mundial para erradicar a Polio. Infelizmente por crença de alguns países ainda não foi possível eliminar completamente. São dois ou três países que ainda têm casos da doença. Em todas as campanhas que fazemos aqui, a gente repassa alguns valores para Rotary mundial para ser destinado à compra das vacinas. No mundo todo é o Rotary quem fornece as vacinas”, observou. Atualmente 34 rotarianos participam ativamente do clube na cidade.