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Grupo organiza ação para públicos carentes

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Desde 2000 levando às comunidades carentes de Caxias do Sul ações de transformação e inclusão social por meio do hip-hop, o Coletivo Família UZN (União da Zona Norte) está organizando o seu primeiro evento deste ano, o “Hip-hop Vive, Comunidade Resiste”. A ação está marcada para 7 de abril, a partir das 13h30, na Avenida Santa Fé, número 628, no Bairro Santa Fé. “Esperamos receber de 500 a 800 pessoas, entre adultos e crianças. O objetivo é ajudar famílias que se encontram em estado de vulnerabilidade social. Pretendemos ajudar 30 famílias”, ressaltou Jonas da Silva, diretor do Coletivo Família UZN. O grupo ainda precisa de doações de refrigerante para a festa e de alimentos não perecíveis para montagem de cestas básicas.  

Organizadora de eventos culturais sem fins lucrativos, a UZN quer proporcionar um dia de muita música com diversos artistas da cena hip-hop, arte, brincadeiras e distribuição de lanches. “Como não temos apoiadores, muitas vezes tiramos do próprio bolso para bancar os seis eventos anuais que realizamos. É preciso fazer um esforço para que o evento seja marcante e transformador na vida das pessoas que irão comparecer. Vamos aonde geralmente o poder público não comparece. As pessoas se sentem esquecidas. E isso é perigoso, pois abre portas à criminalidade. Por isso, levamos a mensagem da esperança, de que é possível termos uma vida melhor, trilhando o caminho do bem”, destacou.

Silva salienta que, embora o foco esteja nas crianças e adolescentes, os adultos não são deixados de lado. “Infelizmente, há muitos pais, que quando crianças ou jovens, não tiveram alguém que lhes mostrasse o caminho correto. Acabaram caindo nas armadilhas do crime e das drogas. Todo mundo sabe que é muito mais fácil ceder quando faltam uma base, palavras e atitudes amigas”, frisou.

 

A música salva

 

Com 35 anos, Jonas da Silva atua no movimento hip-hop há mais de 20 anos. Hoje, o UZN, formado por oito integrantes, está disponível para toda a cidade, levando os quatro elementos básicos que compõem o hip-hop: Grafite, Bboy, DJ e EMC. “Nós, da Família UZN, não tivemos uma base familiar estruturada. Tivemos todas as chances para ingressar no mundo da criminalidade. Foi o hip-hop que nos salvou. Por isso, fazemos todo o esforço para proporcionar momentos de lazer à comunidade e contar a nossa história”, frisou.

Conforme Silva, todo valor arrecadado pelos grupos musicais dos integrantes da UZN é revertido para ações sociais. Mas lamenta que, mesmo protocolando projetos há mais de 10 anos junto ao poder público para levar oficinas do universo hip-hop para dentro das escolas públicas, nunca obteve resposta. “Nosso principal objetivo com a música é promover a transformação social nas comunidades. Entra e sai gestão municipal, somos ignorados. Talvez porque não assumamos a bandeira de nenhum partido político. Onde não há intervenção política, sempre somos bem recebidos, pois as pessoas enxergam o valor no nosso trabalho”, assegurou.

A UZN também trabalha para desmistificar a imagem que boa parte da sociedade, fora das comunidades, tem de que o hip-hop é coisa de marginal. “Somos contra qualquer ato segregacionista. Mas para que essas verdades em que acreditamos se tornem concretas, a vida nos mostrou que é preciso arregaçar as mangas e ir em frente. Se ficarmos dependentes, principalmente do poder público, a tendência é que a situação piore”, assinalou. Mais informações pelo Facebook Coletivo Família UZN. Contato para contribuições pode ser feito pelo telefone (54) 9 9211-1870.

 

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