GRAMADO – Na quinta-feira (29) fez cinco meses do acidente que vitimou Vitória Consoni, 19 anos, que chocou a comunidade regional e nesta data o delegado da Polícia Civil (PC), Gustavo Barcellos, concluiu o inquérito sobre o acidente.
Naquele 29 de abril, no bairro Carazal, próximo ao Snowland, a jovem estava de caroneira em um veículo Gol conduzida por um rapaz, na época com 19 anos. Ele estava em alta velocidade, perdeu o controle da direção, saiu da estrada e capotou, descendo um barranco ao lado da via e parando junto a parede de uma residência.
Durante a capotagem, Vitória foi jogada para fora do carro. Ela foi socorrida e levada ao Hospital Arcanjo São Miguel (HASM), mas não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer. O jovem também ficou ferido, mas sem gravidade.
Com a conclusão das investigações, a Polícia Civil (PC) indiciou três pessoas por homicídio culposo. O motorista, 20 anos, e o casal que estava em outro carro, também jovens, de 19 e 20 anos. O motivo de outras pessoas serem indiciadas pelo acidente fatal, além do condutor, segundo a PC, é que os jovens estavam praticando um racha (corrida) naquela noite.
“Neste caso apuramos que não somente o condutor deve ser responsabilizado, mas todos os envolvidos”, disse Barcellos. Durante a investigação, a PC apurou que na noite do acidente ocorreu um jantar entre os jovens, no Vale dos Pinheiros. “Regado a uma diversidade de bebidas alcoólicas”, acrescentou o delegado.
Barcellos mencionou ainda que durante a apuração dos fatos, diversas testemunhas foram ouvidas. Imagens de câmeras de vigilância foram analisadas e houve a reconstituição do acidente, sendo essenciais para a conclusão do caso. “Testemunhas confirmaram que os carros realizaram manobras perigosas e ficaram alinhados para disputa de racha, houve compra de bebidas alcoólicas constatadas em imagens de câmeras de um supermercado”, ressaltou.
Questionado sobre os depoimentos dos três jovens indiciados, Barcellos citou que todos negaram o consumo de álcool e a disputa de racha.
JUSTIÇA
A partir da conclusão do inquérito policial, o caso será encaminhado para o Ministério Público (MP) avaliar e, oferecendo denúncia, seguirá para o judiciário dar encaminhamento no processo. “Não creio que o inquérito retorne para a Polícia Civil, pois fizemos um trabalho bem completo com inúmeras provas”, pontuou.
Caso os jovens sejam considerados culpados, a prisão é de cinco anos e seis meses até 11 anos, incluindo duas condenações, a de homicídio culposo, no qual uma pessoa mata a outra sem, entretanto, ter a intenção de fazê-lo e a de realizar corridas sem autorização (racha).