“Pediatria no hospital é para casos graves”, afirma secretário de Saúde

GRAMADO – O desabafo de uma mãe sobre o atendimento a seu filho na pediatria do Hospital Arcanjo São Miguel levantou algumas dúvidas em relação ao serviço oferecido na casa de saúde.  No último dia 6 deste mês, a mãe levou seu filho até o hospital para se consultar, pois a criança tem problemas de bronquite e teve uma crise forte, com muito catarro e dificuldades para respirar.

Com medo que a secreção do nariz fosse para os pulmões, acarretando em outros problemas de saúde, os pais procuraram o hospital, por saberem que o local agora conta com pediatra 24h.  Os pais relatam que após ser feito o cadastro com a equipe de recepção, precisaram esperar cerca de 30 minutos para serem chamados.

“Aguardamos cerca de 30 minutos até chamarem. Quando entramos, uma enfermeira perguntou o que o bebê tinha, marcou no prontuário, mediu a febre, os batimentos cardíacos e, para nossa surpresa, nos falou que tínhamos que ir até um posto de saúde, pois no hospital só atendem urgência e emergência”, relata a mãe, alegando que a enfermeira teria sido ‘grossa’ e um pouco mal-educada, falando com ar de deboche.

Nas redes sociais, a mãe fez um desabafo sobre o atendimento: “Estou muito indignada. Nós somos trabalhadores, honestos, pagamos impostos e não é pouco, iluminação pública onde chega o final do ano na época da Natal luz a energia elétrica vem sempre alta, porque quem paga não é os turistas e sim os gramadenses que trabalham de segunda a segunda para dar o sustento a sua família, fora que toda hora inventam taxas extras nas contas que pagamos mensalmente”, afirmou.

Ela ainda questiona como saber se os casos são graves ou não. “Só queria uma resposta porque foi anunciado pediatria 24h, se isso não está funcionando? As crianças precisam estar morrendo ou com alguma doença grave para ser atendida, aí sim vai para urgência e emergência? ”, questionou a mãe.

O secretário de Saúde do município, Jefferson Moschen afirmou que o procedimento no hospital para casos leves é encaminhar aos postos de saúde. “Casos leves serão encaminhados para as Unidades Básicas de Saúde (UBS’s). Febre alta e dor são sim administrados no hospital, mas os outros casos não graves devem ser nos postos para aliviarmos a pressão no hospital”, explicou o secretário.

O serviço de pediatria 24h é um investimento que deve custar aos cofres públicos cerca de R$ 150 mil por mês. Jefferson ainda lembrou que desde o início do serviço o procedimento é o mesmo. “Desde a implementação da pediatria 24h é assim que funciona. Tem crianças que chegam aqui convulsionando, com fraturas, risco de apendicite, isso são casos graves e atendidos no hospital”, salientou Jefferson Moschen.

O serviço de pediatria 24h para casos de urgência e emergência no hospital Arcanjo São Miguel está em funcionamento desde o dia 1º de junho.

Texto: Gabriel Bremstrop

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