InícioEsportesGramado e CanelaO que se sabe sobre o estádio do Gramadense

O que se sabe sobre o estádio do Gramadense

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GRAMADO – Após a venda do antigo Estádio dos Pinheirais, onde atualmente está localizada o Vita Boulevard, muitas expectativas foram geradas sobre a nova casa do Centro Esportivo Gramadense (CEG). O principal destes para o prazo de conclusão da nova casa.

Neste período, previsões foram realizadas, mas por se tratar de um projeto complexo e grandioso foi sendo postergado para 2020, 2022, porém somente com as licenças ambientais aprovadas em todas as esferas, em agosto de 2020, que começou a limpeza de acesso da Arena Gramadense na Linha Carazal, no acesso ao Parque Tomasini.

Localizada em uma área de 15,5 hectares, somente 3,5 desta totalidade será utilizada em área construída. Uma grande área de árvores e vegetação será preservada formando uma espécie de “cinturão” verde no entorno do complexo esportivo.

No período da negociação, o Gramadense recebeu R$ 37 milhões, sendo que R$ 4 milhões utilizadas na compra da área e R$ 11 milhões para a construção, recursos que foi aplicado para rendimento. Outros R$ 22 milhões foram em áreas construídas. Sete lojas, quatro decks, 79 boxes de garagem, 30 unidades hoteleiras e seis salas comerciais.

Estas unidades já vem rendendo recursos para o clube que mantém por meio destes valores os projetos sociais e o futebol. Nesta semana, a reportagem do Jornal Integração conversou com o presidente Sandro Bazzan em meio ao trabalho das obras no estádio.

Foto: Tiago Manique/JIH – Presidente Sandro Bazzan observando o andamento das obras. Aos fundo onde será o campo

Caminhando em meio as pedras e terra onde será o campo, Bazzan se dirigiu lentamente e subiu as escadarias na estrutura onde está sendo colocada as arquibancadas. Com um olhar distante para um grande vale de árvores, confidenciou sua emoção quando foi ao estádio pela primeira vez após a colocação dos pilares.

“Primeira vez que subi aqui [construção das arquibancadas], me emocionei, pois estamos conseguindo ver acontecendo. Sempre tive confiança plena de que iríamos concretizar o estádio. Em relação a prazos, algumas coisas sabia que não podia dizer naquele momento [da venda], já era um fardo grande que a diretoria estava carregando em função do negócio. Tem coisas que precisa ser dita ao seu tempo. Pelo tamanho da obra e impacto, somente de licença prévia foram dois anos. Tinha licença para tirar tudo, mas não quero este impacto. Vamos conservar esta cortina verde”, pontuou.

Com capacidade para 4 mil torcedores em área coberta, a Arena Gramadense terá ainda 30 camarotes e dois salões de evento no terceiro pavimento com capacidade para 250 pessoas em cada espaço, denominado de camarote presidencial. Na parte inferior, quatro vestiários  e mais da arbitragem estarão localizados próximo onde será a bandeira de escanteio. Centralizado a zona mista e neste mesmo setor, sala de palestra, academia, suporte médico, refeitório, área administrativa do clube e sala de troféus.

Foto: Tiago Manique/JIH – Vista de onde será o campo em direção para a arquibancada

O local será multiuso com possibilidade de alugar para festas como os salões,de eventos e instalação de palco para shows, que ficará localizado na frente da arquibancada, mas não dentro do gramado e sim próximo da linha lateral.

“A prioridade de utilização do estádio será para nossa comunidade, crianças e adolescentes dos projetos sociais e nossos atletas, os eventos e shows não poderão atrapalhar a funcionalidade do clube, pois a prioridade são as pessoas”, avisou.

Com toda esta estrutura projetada e recursos garantidos como o pagamento do gramado que será sintético, o mesmo que foi colocado no Estádio do Engenhão do Botafogo, Bazzan revelou a entrega da obra.

“Alguns detalhes foram modificados no projeto, pois surgem novas tecnologias. Mas temos este compromisso com diretores e pessoas históricas que fizeram parte do clube, assim como crianças e adolescentes que estão nos nossos projetos sociais. A intenção dentro do que temos de cronograma é de poder utilizar o estádio no segundo semestre do ano que vem. Vamos ter algumas obras complementares ainda. Será inaugurado de forma parcial, pois sempre teremos alguma melhoria a ser realizada”, descreveu.

Foto: Tiago Manique/JIH – Arquibancada já ganhando forma no novo estádio

Responsabilidade social

Uma grande estrutursa física e moderna, o Gramadense será um dos poucos clubes do país que terá  um espaço multiuso. O mandatário do clube revelou que para ter um entendimento melhor da funcionabilidade de estádios e arenas, visitou diversas estruturas no Rio Grande do Sul e Brasil.

“Fui visitar muitas estruturas de estádios e tive exemplos de como não fazer. Negócios mal feitos e com pressa. Temos que ter tranquilidade, não vamos acertar em tudo, mas sempre de coração aberto para boas opiniões e transparência”, comentou.

Apesar da grandiosidade do patrimônio que está sendo construído, Bazzan repetiu o que falou em outros momentos, quando indagado sobre o estádio que a maior obra do Gramadense são as pessoas. Um destes exemplos está na parceria com a Prefeitura de Gramado. O clube possui 12 núcleos em diversos bairros, disponibilizando 850 vagas para crianças e adolescentes do sub-5 ao sub-20, sendo que nos projetos sociais somente moradores do município participam, com exceção das categorias de base.

“Temos que nos preocupar com a estrutura física, mas a humana é que dará sustentabilidade e continuidade nos projetos. Sempre foi uma preocupação a construção sólida do ser humano. Não adianta ter prédio e estádio se não tem estrutura humana. Ficamos contentes que temos renovação de lideranças dentro do clube. Hoje quem está nos nossos projetos nem todos serão atletas. Mas podemos ter um futuro gestor “, prevê o presidente que citou nomes como de Gustavo Corrêa, técnico da categoria sub-17 e Lucas Roldo que atuou em diversas áreas, sendo Coordenador de Futebol e atualmente é secretário de Esportes e Lazer de Gramado.

Bazzan que terá sua gestão até o final de 2024, mencionou da renovação de novas lideranças, mas que tenha responsabilidade de dar continuidade aos projetos do clube.

“É o momento de dar espaço para outras pessoas. Uma entidade não pode ser dependente da pessoalidade. Tem que dar espaço, claro dar algum suporte se necessário e construir futuros gestores para dar sequência aos projetos”, finalizou.

Texto: Tiago Manique – [email protected]

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