REGIÃO – O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS) estruturou sua Comissão de Enfrentamento à Desinformação para combater a influência da desinformação no resultado dos pleitos. O foco está na preservação da confiança das pessoas sobre idoneidade do processo eleitoral, mediante ataques à instituição e seu desempenho no cumprimento da missão descrita na Constituição.
A segurança da urna eletrônica destaca-se como um dos principais alvos de boatos, mas outros temas como cadastro eleitoral e o funcionamento dessa Justiça Especializada também têm sido questionados por meio de informações falsas.
O site do Tribunal, www.tre-rs.jus.br, disponibiliza diversos canais para que o eleitor possa se informar de fomra correta e como fazer as denúncias. Um dos canais é pelo WhatsApp, por meio do número (51) 98917.7899.
Outro caminho para ampliar o esclarecimento de informações relacionadas ao processo eleitoral é a página Fato ou Boato (www.justicaeleitoral.jus.br/fato-ou-boato) que fomenta a circulação de conteúdos verídicos e estimula a verificação por meio da divulgação de notícias checadas, recomendações e conteúdos educativos.
Como identificar uma notícia falsa
Não ler só o título – Uma estratégia muito utilizada pelos criadores de conteúdo falso na internet é criar títulos bombásticos. Ler o texto completo é um passo básico para evitar o compartilhamento da desinformação. Muitas vezes, a leitura da matéria permite concluir que os fatos descritos não correspondem ao título provocativo.
Verificar o autor – É importante verificar quem é o autor da matéria. Se um repórter assina o texto, há como responsabilizar o site pela qualidade da informação. Saber quem escreveu determinado texto é importante para dar credibilidade ao que está sendo veiculado.
Reconhecer o site – Não deixe de visualizar a página da internet onde está a notícia. Navegar mais no site ajuda a analisar sua credibilidade.
Observar o estilo do texto – As reportagens jornalísticas, em geral, valorizam o bom vocabulário e o uso correto da gramática. Por sua vez, os sites com notícias falsas ou mensagens divulgadas pelo WhatsApp tendem a apresentar uma escrita fora do padrão, com erros de português e quantidade exagerada de adjetivos.
Olhar a data de publicação – Identifique quando a notícia foi publicada. Muitas vezes, o texto está simplesmente fora de contexto. Há também notícias que, embora não sejam falsas, estão desatualizadas.
Sair da bolha da rede social – Para estar bem informado, o eleitor deve ler e acompanhar o noticiário, mas não somente via redes sociais. É preciso buscar fontes e veículos com trajetória de prestação de serviços de informação à comunidade. Isso evita uma visão distorcida do que está acontecendo.
Desconfie de alguns chavões – É comum que as notícias falsas iniciem com alguma menção à proibição ou boicote a alguma informação na imprensa e resto da internet. Pedidos de agilidade no compartilhamento também são usuais e visam impedir que a pessoa reflita sobre o que lê, agindo por impulso. Cultive o hábito de refletir antes de compartilhar.
O que pode acontecer quem publicar e compartilhar notícias falsas
A desinformação, popularmente chamada fakenews, quando afeta a propaganda eleitoral pode gerar consequências eleitorais, penais e civis, seja para partidos políticos, candidatos, entidades e o eleitor.
A propaganda eleitoral, assim como a comercial, é produzida com objetivo muito claro e específico: “conquistar” o público-alvo (o eleitorado), fazendo com que ele “compre” a ideia de determinada candidatura.