CANELA – Desafio de divulgar os produtos, empreender e encontrar espaços para comercialização é o que enfrenta a Comunidade Empreendedora de Canela (CEC). A entidade, criada há um ano, reúne pequenos empreendedores e artesãos que buscam apresentar os trabalhos que realizam por meio de feiras com custo popular para quem empreende e para quem vai adquirir os produtos.
Richely Garcia Porto é a presidente da CEC e, nesta semana, esteve na rádio Integração Digital falando das conquistas e de quanto está sendo desafiador dar continuidade às atividades da entidade. Criada em janeiro de 2023, a feira iniciou com cinco expositores na rua 7 de Setembro. Com o aumento da demanda, passaram a ocupar um espaço na sede da Associação dos Moradores do Bairro Leodoro de Azevedo, cedido gratuitamente pela diretoria da entidade.
“Estive conversando com diversas pessoas que tinham a mesma dificuldade que eu de expor e vender os produtos. Fomos trabalhando, divulgando e vendendo. Chegamos a um momento em que atingimos um bom número de expositores”, disse Richely, que trouxe a ideia desse modelo de economia solidária de Volta Redonda (RJ), cidade onde morava antes de vir para Canela.
Segundo Richely, o engajamento da população em adquirir os produtos e visitar as feiras “foi assustador do lado positivo”. “Foi muito bom, não estava preparada. Foi rápido, não acreditava. Economia solidária é comum onde eu morava, e aqui [Canela] foi novidade”, contou.
O espaço na sede do Leodoro de Azevedo ficou pequeno, aliado às obras do local em andamento, e foi necessário buscar alternativas. No ano passado, a Comunidade Empreendedora de Canela conseguiu colocar em prática um dos projetos que foi a Rua Cultural, realizada em outubro, novembro e dezembro na rua Baden Powell, próxima à Universidade de Caxias do Sul (UCS).
Neste ano, no dia 27 de janeiro, foi realizada na praça João Corrêa a primeira do ano. No entanto, no dia 11 deste mês, havia sido programada a Rua Cultural, mas, conforme Richelly, após ter sido autorizada pela Prefeitura de Canela, uma orientação da Procuradoria do Município impediu que a Feira ocorresse.
“Nossa dificuldade atual é a autorização para o uso do espaço público, de colocar nossas bancas e vender. Entramos com pedido em outubro do ano passado para começar a fazer a partir de janeiro o ano todo. Eles [Prefeitura de Canela] alegam que se passar de 90 dias a cedência tem que ser através de decreto. O mais estranho é que no ano passado cederam quatro datas (setembro – este primeiro não foi utilizado), outubro, novembro e dezembro. O que, na lógica deles, seriam 120 dias e não precisou de decreto. O último movimento [encaminhamento de autorização] que fizemos foi o de número 19 [data de 08/02]. Tomara que até o dia 24 [sábado], que será a próxima data da feira na praça, esse processo tenha desenrolado. Nós não queremos dinheiro, somente autorização de espaço, que liberem o chão para nós”, explicou.
Como participar e colaborar?
O pequeno e microempreendedor e artesão, para participar da Comunidade Empreendedora de Canela, paga uma taxa de R$ 50 por ano. Richely explicou que pode ocorrer em algumas feiras do associado, pagar a mesma quantia por questões de divulgação, entre outros gastos. Outra ação da CEC, que a comunidade pode também adquirir o cartão contribuinte e pagar R$ 50 anual e ganha descontos em comércios da cidade. Neste sábado (17), das 10h às 18h, será realizada uma feira no entorno do supermercado Dia pós Dia, em uma parceria com a direção do estabelecimento.
Texto: Tiago Manique – [email protected].
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