Infelizmente tivemos que ouvir, mais uma vez, da nossa mais alta autoridade, que o Governo precisa se dedicar a “humanizar os pequenos crimes”. Seu mais próximo companheiro político, Flávio Dino, Chegou a citar como exemplo: “delitos de trânsito; furtos; patrimoniais (…)”.
Fico pensando na polícia ouvindo isso. Levam o cara a cada dois, três dias para a Delegacia e é novamente liberado. Logo, logo mesmo, eles não deverão mais serem incomodados. É inacreditável que chegamos a este ponto. Imagine a senhora ligando para a polícia pedindo ajuda porque teve o celular roubado e receber a resposta: “isso não é crime, senhora!”. Mas, se ele pode ser nosso presidente, né? Estamos mal agarrados.
Porto seguro
O PSD, tanto em Canela, quanto em Gramado, se tornou uma espécie de porto seguro para políticos desgostosos com suas siglas. Em Gramado me parece que é uma alternativa para ficar perto do Governo, sem necessariamente fazer parecer isso. Em Canela, inclusive um vereador vai migrar durante a janela do mês que vem (março), podendo, inclusive, vir mais um, ou até dois vereadores para a sigla.
Terceira via
A possibilidade de surgir dali, do PSD, das duas cidades, uma chapa à majoritária é quase zero. Em Gramado o presidente Sidi Silveira já declarou irrestrito apoia ao Governo, e em Canela, em que pese aja algumas resistências, pelo andar da carruagem, também vai apoiar o MDB para a sucessão do prefeito Constantino. Não dito pela presidente, Júlia Wulf, muito menos pelo vice, Waldemir Hohenturff (Nanico), mas é o que se apresenta. Uma das causas para este raciocínio do colunista é que não há aparente condição deste grupo prestar apoio aos demais que se articulam para majoritária e também não para lançar ele próprio (PSD), candidato.
Mas, como sempre tem um, mas…

Rondando
Quarta-feira a presidente estadual da sigla, Letícia Boll, esteve em Canela com o diretório local e manteve reuniões diversas com políticos já carimbados, e novos. Na foto o vice-presidente, Nanico, Rosângela Negrine, tesoureira estadual, Letícia Boll e Júlia Wulf
De A a Z
Entre os que ainda não encontraram seu ninho, em Gramado, estão dois personagens que esquentaram a cadeira da Câmara nesta legislatura. Roberto Cavalin, que saiu só agora quando o Volnei da Saúde voltou e Joel Reis, que ainda está como vereador. Ambos caminham por todas as trilhas, do MDB, PSDB e União Brasil ao PL. Partidos pequenos que dependem de alguns votos, tipo 400, 500 para fazer uma cadeira podem se dar bem com qualquer um deles. O Joel estava procurando apostar para 700 votos. Se fizer este tanto dá para dizer que está eleito. Na eleição passada o único que fez este tanto (737) e ficou na suplência foi o Neri da Farmácia (PP).
MDB quer duas cadeiras
O presidente do MDB gramadense, Cícero Altreiter, entende a dificuldade de manter as três cadeiras atuais para a próxima legislatura. Mas, pelo menos duas pretende garantir. Se forem três será surpresa e se for uma é decepção, ao que entendi na conversa com ele. As perdas de membros que concorreram na eleição passada são sentidas, mas compreendidas pelo presidente. As novas ‘aquisições’ são mantidas em sigilo para serem anunciadas oportunamente, afim de evitar especulações, e claro, que sejam cooptadas. Daqueles que contribuíram para o bom desempenho da eleição passada, além dos próprios três eleitos, acredito que só um, dos 11, concorre novamente. Se daqui a pouco um dos três ainda terá de ser o vice, a coisa enfeia ainda mais. Lembrando que os três eleitos juntos somaram 2.060 tentos, o que talvez, se todos repetirem, seria suficiente para eleger um, pelas sobras, se a regra da eleição passada for mantida (STF vai decidir sobre isso nos próximos dias).
Empreendedorismo

Quem não ler o texto, se ater apenas à imagem, provavelmente vai pensar que é uma dupla de candidatos a prefeito e vice. Seria a dupla JG (Juarez e Gilmar). Juarez Santos (Serra Grill, & Cia e Gilmar Sebastião Souza Boeira, o Beiço (Pizzaria Vale Quanto Pesa, Cacique & Cia). Além de serem duas mentes muito produtivas, dois personagens que muito ajudaram e ajudam Gramado ser o que é, um dos metros quadrados mais caros do Brasil, são humildes de coração, como suas origens. Além de tudo o que poderia ser escrito sobre eles, registro o case muito bem sucedido que ambos criaram. No Vale Quanto Pesa eles dividem o aluguel, ao meio dia o Restaurante é gerido pelo Juarez e a Pizzaria, à noite, pelo Gilmar. E funciona, há 12 anos.
Habemus vice
Uma personalidade tucana disse a um amigo seu que já há um vice ‘bala’ para o Professor Daniel, que sai em março do PT para o MDB e concorre a prefeito. Esta personalidade disse que vai apoiar a dupla, mas nem exprimida citou o nome de tal nome ‘bala’. Considerando que o MDB terá o candidato a prefeito parece que esse vice viria do PSDB, e como foi um tucano que deu a tinta, fico imaginando. O Celso Fioreze me parece alinhado com este grupo, mas não acho que aceitaria concorrer. Mas, como sempre tem um, mas… O Professor Daniel respondeu ontem à coluna: “Estamos com ótimas opções, não temos uma definição ainda”.
Fusão-COM
Não mais do que uma sugestão, ou uma visão, do colunista, que, eventualmente, poderia ser seguida por alguns partidos menores, com ideologia semelhante, para que consigam formar um grupo capaz de eleger um vereador: Em Gramado, PDT, PCdoB e PT, deveriam sentar e encontrar uma saída, em que pese PT e PCdoB já são Federados, contar com o PDT poderia ser determinante. MDB e PSDB, idem (O PSDB tem uma federação a nível nacional, mas é com o Cidadania, que em Gramado não existe). Como não podem coligar, o jeito é se desfilhar de um e filiar no outro para formar grupos maiores. Todos eles têm membros bons, capazes, mas poucos para encarar sozinhos e somar coeficiente. Como diz o Sicredi: “A União faz a Vida”.
Álvaro Dias

Álvaro Dias, ex-vereador de Londrina e que foi governador do Paraná, senador e candidato a presidente da República, estará presente no segundo congresso para vereadores e assessores realizado pelo Jornal Integração, em Gramado, nos dias 11, 12 e 13 de abril. O evento terá como destaque a Inteligência Artificial (IA) nas eleições e no mundo político.