GRAMADO – A presença de lojistas de todo o país gera expectativas na indústria calçadista brasileira para a realização do Salão Internacional do Couro e do Calçado (SICC), que iniciou hoje (20) e segue até quarta-feira (22), no Serra Park. A expectativa da indústria é obter no evento um incremento de 10% nas vendas. A feira conta com 400 expositores, 1.800 marcas de calçados femininos, masculinos, infantis, esportivos, bolsas e acessórios. A organização espera receber 18 mil visitantes nos três dias do evento, especialmente lojistas, importadores e profissionais do setor.
De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), o Brasil é o quarto produtor mundial de calçados. Em 2018, o país chegou a 944 milhões de pares produzidos, a maior parte deles, consumido pelo mercado interno. “Apesar do momento econômico um tanto indefinido nosso mercado interno tem sido responsável por manter nossos índices de produção. O SICC reforça a sua importância nesse contexto, por atrair esse lojista nacional”, afirma Frederico Pletsch, diretor da Merkator, promotora do evento.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados de Três Coroas, Joel Brando Klippel, as expectativas dos fabricantes para a feira são altas pela importância do evento no contexto brasileiro. “Temos a expectativa de uma grande feira, com um incremento de vendas de 10%. Esta feira se mostra cada vez mais forte e mais importante. Tanto é que as vendas que antecedem a feira estão em torno de 30% da capacidade industrial. É um volume baixo, que demostra que o lojista está aguardando as novidades”, ressalta.
A feira também vai ter um braço forte de comercialização com os mais de 200 importadores de 50 países que estarão presentes em Gramado, dentro do projeto Grupo de Importadores. “Pelos menos cerca de 50% dos nossos expositores estão inscritos para rodadas de negócios com estes compradores. Por isto, acreditamos que as exportações estarão em alta na feira, principalmente para os países da América Latina, nossos tradicionais parceiros”, avalia Pletsch.