Tiago Manique
CANELA – Em sessão ordinária da Câmara de Vereadores, realizada na noite de segunda-feira (17), o presidente da Apae, Luciano Perotoni, utilizou a Tribuna do Povo para apresentar um detalhado balanço das atividades da instituição.
Logo no início de sua manifestação, Perotoni destacou o crescimento significativo da demanda. Segundo ele, a Apae atendia cerca de 136 pessoas em 2023, número que subiu para 239 em 2025, um aumento de 75%. As crianças de 0 a 6 anos representam boa parte dos atendimentos, especialmente no setor de estimulação precoce, totalizando 72.
O presidente também frisou a importância do acompanhamento contínuo das pessoas com deficiência ao longo de suas vidas, lembrando que alguns assistidos têm mais de 50 anos e seguem na instituição, participando ativamente de oficinas e projetos de integração social.
Ampliação da equipe e estrutura
Perotoni ressaltou a expansão da equipe técnica, que passou de 6 para 20 profissionais, um crescimento de 200%, permitindo à instituição ampliar o número e a qualidade dos serviços prestados. Entre os atendimentos disponíveis, estão fisioterapia, fonoaudiologia, atualmente oferecida gratuitamente apenas pela Apae no município, neuropsicologia, psicologia, terapia ocupacional, musicoterapia, sinoterapia, dança, culinária, artesanato, jardinagem, mídias sociais e mercado de trabalho.
Outro marco citado foi a construção da nova sede, um investimento superior a R$ 800 mil, que resultou em um espaço moderno, climatizado, com mais de 15 salas e equipamentos comparáveis aos das melhores clínicas particulares da cidade.
“O que nós temos hoje é fruto do esforço conjunto da comunidade, do poder público e das emendas parlamentares”, destacou Perotoni.
Desafios da gestão
Apesar dos avanços, o presidente lembrou que a Apae enfrenta desafios importantes, especialmente na manutenção dos serviços, já que a folha de pagamento com 20 profissionais exige alto investimento contínuo.
Ele também mencionou a dificuldade em disponibilizar para a rede pública testes de neurodivergência, que custam cerca de R$ 3 mil na rede particular. Segundo Perotoni, o objetivo é estender esse serviço às crianças que não são assistidas diretamente pela Apae, mas que dependem do diagnóstico especializado. Outro projeto em fase de implantação é o atendimento específico para autistas de grau 3, que exigem cuidados reforçados e acompanhamento de profissionais capacitados.












