GRAMADO – A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) realiza, não apenas em Gramado, mas em todo o Brasil, um trabalho essencial voltado à defesa de direitos, prevenção e promoção da inclusão de pessoas com deficiência intelectual, múltipla ou com transtorno do espectro autista. A entidade atua nas áreas da saúde, educação, assistência social e capacitação, buscando sempre garantir qualidade de vida e o pleno exercício da cidadania de seus usuários e famílias.
Dentro da APAE existe o programa dos Autodefensores, formado por dois pares de usuários — duas mulheres e dois homens — eleitos para serem a voz e a representação do grupo. Eles defendem seus direitos, expressam suas ideias e participam ativamente das decisões que impactam suas vidas.
Em Gramado, os autodefensores são Andressa Caetano, Daniela Schein, Jonas Brigmann e Pedro Dias. O quarteto tem a responsabilidade de promover protagonismo, autonomia, cidadania e inclusão, lutando contra o capacitismo e ajudando a construir uma sociedade mais justa e acessível.
De 21 a 28 de agosto acontece a 7ª Semana da Pessoa com Deficiência em Gramado, um momento de celebrar conquistas, promover debates e incentivar oportunidades para todos. Como Casa do Povo, a Câmara de Vereadores tem o dever de dar voz a toda a comunidade, trazendo suas demandas, ideias e ações para dentro do Legislativo.
Por isso, em parceria inédita com a APAE, a Câmara ajudará os autodefensores de Gramado a divulgarem os resultados de seus trabalhos, ouvir seus anseios e dar ainda mais visibilidade a esta pauta tão importante. O objetivo é fortalecer o movimento nacional da APAE, que defende o lema “Nada sobre nós, sem nós”, incentivando autonomia, cidadania e a participação ativa das pessoas com deficiência na vida social.
Em Gramado, a autodefensoria é coordenada pela assistente social Nádia Gross, que acompanha os autodefensores em uma pesquisa sobre acessibilidade e inclusão. O estudo, que já está em andamento há mais de um ano, busca compreender a percepção da comunidade gramadense sobre esses temas e identificar os principais desafios enfrentados. A pesquisa deve seguir até o final deste ano, com visitas a empresas, escolas e entidades, estimulando o diálogo e a conscientização.