REGIÃO – Dentro da programação do 53° Festival de Cinema de Gramado aconteceu a 22° edição do Prêmio Assembleia Legislativa de Cinema – Mostra de Curtas Gaúchos, um incentivo ao cinema do Rio Grande do Sul. O vencedor da principal categoria foi Trapo, de João Chimendes, com a distinção de Melhor Filme.
E, concorrendo pela primeira vez na história, uma produção de Canela teve destaque: “Fuá, o Sonho”, produzido por mulheres kaingangs, ganhou como melhor direção para Viviane Jag Fej Farias e Amallia Brandolff. O troféu foi entregue pelo ator Edson Celulari. Muito emocionadas na sessão de premiação, que ocorreu na noite de domingo (17), as diretoras agradeceram à equipe do curta e todas as pessoas que se envolveram nessa produção.
Na entrega do prêmio, a diretora indígena kaingang, Viviane Jag Fej, agradeceu ao legado recebido dos seus sogros, este que ela está podendo transmitir aos seus filhos.
Na próxima quarta-feira (27), o curta estará na Mostra Sala Redenção (Cineciência: Raízes Vivas e Horizontes Ancestrais: A Terra é o Coração do Corpo?), UFRGS, em Porto Alegre. E no dia 30, sábado, a exibição acontecerá no Festival de Cinema de Gravataí. Em setembro, o filme chega no Festival Cine73, em Caraíva (BA) e no Festival de Cinema Ambiental da Chapada Diamantina (BA).
As diretoras querem seguir produzindo cinema e começarão a pensar estratégias e editais de cultura, que poderão permitir novas produções. “O formato que produzimos Fuá, onde mais ouvimos do que falamos, fez deste curta uma produção intercultural. Queremos seguir trabalhando assim”, complementa Amallia. O projeto Kaingang Si Fi Tár Kigróg foi realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo.