InícioGeralGramado e CanelaJogo do bicho, bingos, cassino e corrida de cavalos podem ser legalizados;...

Jogo do bicho, bingos, cassino e corrida de cavalos podem ser legalizados; saiba as regras

Tempo de leitura: < 1 minuto

PAÍS – A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, aprovou na quarta-feira (19) do projeto que libera jogos de azar no país. Estariam liberados, cassinos, apostas em corrida de cavalo, bingos, videobingo, jogos online e jogo do bicho. O texto ainda precisa passar pelo plenário do Senado e pela sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pode optar por vetar trechos ou mesmo a proposta inteira.

Na CCJ, a votação foi 14 a 12 pela aprovação. O projeto não tem boa aceitação entre setores religiosos do parlamento.

Normas para cada tipo de jogo

Apostas em corridas de cavalo: a empresa que vai oferecer o serviço precisará pedir, por exemplo, credenciamento prévio no Ministério da Agricultura para corridas de cavalo e solicitar, em até um ano, autorização para operar apostas ao Ministério da Fazenda. Se o local das apostas também desejar oferecer bingo, deverá também comprovar os requisitos necessários para esse tipo de jogo.

Cassinos: serão credenciados por leilões públicos e poderão funcionar somente em complexos integrados de lazer ou em embarcações. Versão aprovada pela Câmara previa que os espaços voltados a cassinos deveriam ser “construídos especificamente para esse fim”. Na CCJ do Senado, o texto foi alterado para locais “especificamente destinados a esse fim”. O relator avalia que a mudança vai “garantir a maior participação do setor hoteleiro” na oferta de cassinos.

Bingos: a oferta somente poderá ocorrer em endereços permanentes — as chamadas casas de bingo. As licenças para operação valerão por 25 anos.

Jogo do bicho: também terá licença de 25 anos, que somente será concedida a empresas que comprovarem recursos suficientes para o pagamento de suas obrigações. Os registros das apostas terão de ser colocados em uma plataforma digital. Especificamente nesta prática não será preciso identificar apostadores que receberem prêmios até o limite da isenção do Imposto de Renda.

Foto: Divulgação

Quem poderá jogar

O projeto estabelece que somente maiores de idade poderão jogar. Menores de idade também não poderão acessar endereços credenciados para a oferta dos jogos, que não poderão ter máquinas de jogos instaladas no exterior.

De acordo com a proposta, apostadores terão até 90 dias para reclamar os prêmios das apostas.

Impedidas de apostar em qualquer uma das modalidades:

Pessoas jurídicas;

Pessoas com compulsão em jogos, que pedirem a inclusão no Registro Nacional de Proibidos (Renapro);

Pessoas interditadas judicialmente, a pedido de familiares, por vício em jogos;

Pessoas consideradas insolventes — isto é, aquelas que têm dívidas maiores do que o patrimônio;

Pessoas ligadas às empresas de jogos;

Agentes públicos vinculados a órgãos de fiscalização dos jogos;

O projeto prevê, ainda, a criação de uma política nacional de proteção aos apostadores, com a obrigação das casas de apostas de manter serviço de atendimento aos apostadores e mecanismos de prevenção do vício em jogos.

O texto proíbe que as empresas de apostas ofertem, concedam ou facilitem empréstimos aos apostadores e permite que empresas credenciadas pelo Ministério da Fazenda atuem na cobrança de dívidas de apostas.

Só empresas registradas

O texto estabelece que os jogos de azar somente poderão ser oferecidos por empresas registradas, sediadas e administradas no Brasil. A oferta dependerá da concessão de uma licença pelo Ministério da Fazenda.

Pelas regras previstas no projeto, o estatuto da empresa deverá estabelecer que a atividade principal do CNPJ será a exploração dessas práticas, mas atividades como comércio de alimentos e bebidas e a realização de atividades artísticas e culturais poderão ser registradas como atividades secundárias.

Para ter direito a uma licença de operação, além de outros requisitos, a empresa precisará comprovar origem lícita de recursos e um capital mínimo:

Bingo: R$ 10 milhões

Cassinos: R$ 100 milhões

Jogo do bicho: R$ 10 milhões

As licenças seguirão critérios a serem definidos pelo ministério e poderão ser concedidas em caráter permanente ou por prazo determinado. A operação também poderá autorizada para locais específicos ou previamente definidos — as chamadas zonas de jogos. Essas autorizações serão inegociáveis e intransferíveis.

A oferta dos jogos somente poderá acontecer em estabelecimentos físicos ou virtuais autorizados pelo governo federal.

Foto: Jockey Clube de São Paulo/Divulgação

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Economistas da Fiergs e Farsul alertam para desequilíbrio fiscal e desaceleração econômica

REGIÃO - A RA (Reunião-Almoço) da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias), de segunda-feira (3), reuniu no mesmo...

Novo momento

CANELA - Na tarde desta sexta-feira, 31 de outubro, a reportagem do Jornal Integração esteve na Secretaria de Turismo de Canela para uma entrevista...

Smart Cities Park encerra e anuncia duas edições em 2026

REGIÃO - A quarta edição do Smart Cities Park encerrou nesta quinta-feira (30), em Nova Petrópolis, consolidando-se como o maior evento de inovação, tecnologia...

Mutirão para limpeza da Cascata dos Narciso ocorre hoje

GRAMADO – Hoje, sábado (25), a partir das 8h, acontecerá um trabalho voluntário e coletivo, que tem como objetivo limpar e preservar um espaço...

Série Ouro tem líder isolado

CANELA - A bola rolou com intensidade e muitos gols na noite desta quinta-feira (23) pela 5ª rodada do Campeonato Municipal de Futsal –...
error: Conteúdo protegido