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HOSPITALIDADE SE APRENDE NA FRONTEIRA

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Tenho a pretensão de poder dizer que conheço quase todos os municípios do Rio Grande do Sul. Este conhecer tem um significado generalista e amplo que permite, todavia ter-se uma visão cultural do povo que o habita. Baseado neste conhecimento é que me permito externar a opinião que embasa o texto.

O que é hospitalidade? Em uma definição caseira, não acadêmica, é tratar os outros como você gostaria de ser tratado. Simples assim.

Pois, fiz uma escolha determinada pelas observações destas andanças pelos municípios do estado. Nos diversos Rio Grandes que existem dentro de um só estado sob aspecto cultural evidentemente. Deles aprendi que os habitantes do litoral diferem do pessoal que habita a região das missões, ou não? Assim, como os do pampa têm outras características dos serranos.

A escolha que fiz, com intuito de escolher a região que mais pratica a hospitalidade, apontou facilmente a região da fronteira do RS. São os municípios tipo Bagé, Rosário do Sul, Santana do Livramento, Uruguaiana, Jaguarão…Neles funciona de forma autêntica e genuína a tal de hospitalidade. Deve estar no DNA do seu povo.

Uma vez aceita a tese como verdadeira, qual seria a justificativa do povo da nossa região da fronteira ser mais acolhedor que o restante do Rio Grande? Há quem afirme ser resultado da vizinhança com os uruguaios, que historicamente cultivam este comportamento de forma natural. Há quem relacione o fato com a reconhecida pobreza econômica daqueles municípios e consequentemente do povo, que induziria a uma maior solidariedade humana como um todo. Uma tese sociológica…

Outros, associam a etnia (espanhola e portuguesa) majoritária do povo daquela parte do RS como determinante. Ao contrário dos alemães, por exemplo, tidos como reservados.

No nosso grande vetor econômico, o turismo, a prática reiterada da hospitalidade é indispensável, em qualquer gesto que se faça. O professor Geraldo Castelli, um especialista do assunto,escreveu um livro exclusivo, tamanha a sua relevância. Se não confundirmos a prática hospitaleira com interesse e fazendo um esforço, vamos chegar perto do pessoal da fronteira, neste quesito.

Nos municípios fronteiriços parece que o tempo caminha em outra rotação, talvez, por estarem isolados dos frenéticos grandes centros urbanos carregados de estresse, permitindo o viver escoar sereno e por esta razão, prestar informações,falar olhando nos olhos, sentir a temperatura do humanismo e tocar a vida sem amargor ou ranço.

 

RAPIDASC E SELECIONADAS

  • Na última sexta-feira faleceu a minha amiga Dona Elvira Franciosi Oliveira, viúva de Luiz Alves de Oliveira, o Fumo, falecido há mais de 30 anos, quando era ecônomo no Serrano. Dona Elvira poderia constar em qualquer lista que se faça de pessoas que amavam trabalhar, aos moldes da crônica que publicamos semana passada de alguns canelenses dotados desta virtude.
  • Tomara estar enganado, mas acho que o Colégio Marista e a Coopec, estas duas grandes e respeitadas instituições de ensino, não participarão do desfile cívico de Sete de Setembro.Penso ser um equivoco, pois esses eventos contribuem para reforçar nosso patriotismo e as escolas devem dar a sua contribuição.
  • Encontrei o irmão marista Genuíno Benini em Bom Princípio, em uma reunião do comitê Cai, lá realizada semana passada. O irmão que foi diretor em duas oportunidades do colégio Marista local, presentemente está encarregado de moldar o Centro de Espiritualidade e Memória Marista. Foi em Bom Princípio que os primeiros maristas quevieram ao Brasil em 1900 se instalaram. O irmão Genuíno, agora com 72 anos, continua discreto e exageradamente atencioso e gentil como sempre foi.
  • O município de Caxias do Sul incluído na rotaturística da Região das Hortênsias? O que é isto pessoal! Não faz sentido algum, nem para nós nem para eles que tem uma sólida identidade em cima da uva e do vinho. Um equivoco monumental que só servirá para confundir.
  • Faleceu Guido Schlieper aos 88 anos. Componente da velha guarda canelense e há muitos anos residindo no litoral gaúcho. Era irmão do ex- prefeito GuintherSchlieper e pai da ex-vereadora Kuka. Foi protagonista de histórias verdadeiras ou não, como aquela que teria posto fogo na fogueira dos maristas uma noite antes do tradicional evento de São João do colégio, por pura sacanagem. Onde estiver a alma do Bacharel por certo tem festa. Eram os tempos românticos.
  • Faça-se justiça. Sempre que o assunto for futebol em Canela o nome de Adão Jaudir da Silva, o Jau, deve encabeçar a lista. Faz quatro anos, completados neste dia 31, que faleceu.

 

“A sociedade está em crise: acredita no errado, duvida do certo, abandona o verdadeiro e valoriza o falso”.

P. Sidney Retz

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