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Alguém precisa avisar o vice-prefeito que ele está na contramão

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Contramão

Sabe quando a gente entra em uma via de mão única na contramão? Quando tu se dá conta trata de virar imediatamente e corrigir o curso sob pena de causar um estrago gigante. Alguém precisa avisar o vice-prefeito que ele está na contramão. Já há prejuízo e pode aumentar. Só falta alguém me dizer que anda na contramão de propósito, aí eu surto!

Patético

Quando dias atrás o vice Gilberto Cezar se aproveitou da ausência do prefeito Constantino para retirar o projeto de lei da permuta das ruínas do Centro de Feiras por um Centro de Eventos e Convenções novo no Parque do Palácio eu pensei, pronto, agora eu nunca mais vou me surpreender com algo na política canelense. Durou pouco para ter de enfrentar mais uma aberração.

Dividindo a vergonha

O vice-prefeito foi lá na frente das ruínas do Centro de Feiras fazer um vídeo e fotos para anunciar uma emenda parlamentar na importância de R$ 500 mil para a reforma das ruínas. Além de colocar um deputado federal nesta vergonha levou um vereador do seu partido, Felipe Caputo, para juntos dividirem tamanha vergonha. Coitado do deputado, desavisado que embasou essa idiotice. Mas, também não precisaria se deixar enganar tão fácil. Era só pedir um projeto. Mas é sinal de que o dinheiro está jorrando, escorrendo pelo ladrão, está faltando onde empregar tanto. 

De outro planeta

Como caído de Marte o vice-prefeito anunciou recursos ‘conquistados’ para algo que sequer existe. Não há projeto para reforma da referida ruína e não há interesse do seu próprio governo na tal reforma. O interesse do governo do qual faz parte Gilberto Cezar é em vender, trocar/permutar a ruína por outro projeto. Quando a oposição faz jogo político a gente até entende e a própria população consegue discernir, mas quando vem da própria parte, daquele que elegeram junto, fica complicado. Como separar o joio quando tudo parece trigo?

Pacificação

Nos primeiros quatro anos o Governo Municipal conseguiu levar a tal ‘pacificação’ política a sério, conforme prometido na campanha que conduziu Constantino Orsolin de volta à Prefeitura em 2016. Até o PDT participou do governo e tudo andou muito bem, obrigado. Tanto que lá pelas tantas parecia que Canela teria apenas um candidato a prefeito na eleição de 2020. Não foi para tanto, mas o resultado das urnas mesmo com 80% não chegou sequer a surpreender.

Animosidade

Da paz, aos poucos a coisa se transformou em animosidade. Primeiro os partidos aliados de antes foram se afastando e depois os próprios da coligação foram se retirando e por último, não em velocidade menor, os integrantes do próprio MDB foram se dividindo. De certa forma isso é normal no segundo mandato porque sem Constantino na eleição, todos acabam pensando que chegou a sua vez. Hoje, o que existe pode ser considerado ‘animosidade política’. Apaziguar neste ambiente os próprios já é uma luta, imagina os demais, dos outros partidos. Tarefa ainda mais difícil para um prefeito de segundo mandato, que também já não tem o mesmo entusiasmo de quem busca a reeleição. E como disse Bibo Nunes na abertura da Festa da Colônia, sábado, em Gramado: “Só entusiasma quem está entusiasmado e só convence quem está convencido”.

Cavalo encilhado

Algumas ocasiões parecem se criar para amenizar a animosidade entre partidos e mesmo correligionários. São cavalos encilhados que precisam ser montados quando passam, para o bem de todos. Uma dessas oportunidades foi o evento de quarta à noite quando da apresentação do financiamento da dívida tributária do HCC à sociedade, no Auditório da UCS. O cavalo estava ali, chegou a parar, mas o próprio prefeito que preparou o animal, depois deu um susto no bicho, que correu sem ser montado.

Sorria povo feliz

O auditório estava lotado e o prefeito disse: “Não é dia de discussões políticas, mas de apresentar o resultado de 75 anos de luta”. A seguir mostrou no telão uma lista gigante de nomes de pessoas que ao longo de todos estes anos participaram da vida do HCC e bem ou mal garantiram sua sobrevivência, sem deixar ninguém para trás. O HCC sempre acolheu quem estava com dor. Na lista, de fato há pessoas de todos os partidos. Muitos já nos deixaram, mas um grande número deles ainda está entre nós e bem vivos, entre estes o ex-prefeito de três mandatos, José Vellinho Pinto (PDT), estava na plateia. Atualmente opositor ferrenho do Governo, junto com seu correligionário predileto, também vereador Jerônimo Terra Rolim, que não estava lá, mas o nome consta na lista, como ex-presidente. E eu que estava lá só para curtir um momento legal, propositivo, de união e prosperidade para o meu município, flutuava, nas nuvens. Até que, antes de apagar as luzes, Constantino chamou para falar todos os pré-candidatos a sua sucessão: Leandro Gralha; Marcelo Savi; Jeferson Oliveira; Alfredo Schaffer e Luciano Melo. Quase que ele conseguiu me fazer pensar que foi por acaso. Mas seria muita coincidência. E claro o evento se transformou naquilo que havia sido anunciado que não seria, um palanque eleitoral. O Vellinho que também estava em êxtase já foi levando umas esporadas e certamente saiu de lá bem diferente do que quando entrou. Sem saber porque tantas caras amarradas um dos pré-candidatos no palanque pediu para o povo sorrir, ‘sorria povo feliz, é um momento de celebração amados’, sem, no entanto, mostrar os próprios dentes. E Canela espera o próximo cavalo encilhado.

Por dentro e por fora

Quanto a apresentação do parcelamento à sociedade, foi uma bela iniciativa do Constantino. Ele disse no dia que apresentou o feito à imprensa que faria um evento público. E o fato merece. O Caridade recuperou seus documentos graças ao governo Constantino que abraçou a causa, fez a intervenção e cuidou da casa de saúde dos canelenses como se fosse a sua própria. O HCC está lindo, por dentro e por fora, como disse o interventor Leandro Gralha: “Para receber bem a cada canelense”. É bonito, mas não é para bonito. É para atender bem e aliviar a dor. Falou muito bem o Gralha, que acumula a Secretaria de Saúde e está sendo um dos grandes destaques da administração, uma surpresa agradável.

HCC é da família

Como um representante da sociedade, bem no início da cerimônia falou Eduardo Rodrigues, o Chuchu. Em que pese sua ligação com o partido do Governo, MDB, do qual é vice e ex-presidente, fato que pode ter lhe dado a oportunidade de representar a sociedade em detrimento a tantos que poderiam muito bem fazê-lo com a mesma condição, foi muito bem ele, com um depoimento emotivo, lembrando das vezes que ele próprio precisou ser atendido ali, aos 20 anos após um acidente, em outras ocasiões e quando seus filhos nasceram. “O HCC é igual a um filho. Igual a um irmão, ou o pai”, exemplificou. E acrescentou que é hora de lembrar todo este passado, mas sem esquecer de olhar para o horizonte, para frente.

‘Nossa própria vida’

O prefeito também falou muito bem. Desde que apareceu esta oportunidade de devolver a identidade ao HCC Constantino se emociona com isso. Nas duas entrevistas coletivas que deu sobre o assunto se emocionou muito. “Este hospital é a nossa própria vida, nossa própria história”, exemplificou na noite de quarta-feira.

Aprenda para a vida

Dizem que uma mentira repetida muitas vezes se transforma em verdade. Não acredito nisso, mas que uma verdade repetida várias vezes a gente decora, isso é fato. Os números do HCC já foram publicados aqui na coluna e em matérias especificas de modo detalhado, mas vou resumir os principais dados aos leitores da coluna para decorar. Antecipo que estou arredondando para melhor compreensão.

Em 2019 iniciou a negociação. Valor de referência da dívida: R$ 16 milhões. Valor negociado 5,9 milhões. São três tributos diferentes e, portanto, parcelamentos diferentes, o mais prolongado chegando a 140 meses. Somadas as parcelas alcançam R$65 mil mensais nos primeiros anos. Depois, nos últimos anos não passa de R$ 15 mil mensais. Desde quando a Prefeitura fez a intervenção não estão sendo atrasados impostos ou outro custo de manutenção qualquer. Pelo contrário, a casa está superavitária. Algumas dívidas com fornecedores como Oxigênio e energia elétrica foram quitados neste período, ou estão sendo pagas em parcelas. Também rescisões e dívidas trabalhistas foram quitadas.

Instabilidade

A relação entre o interventor e secretário de Saúde, Leandro Gralha, não anda bem. Gralha pensa, inclusive, em abandonar os cargos e nem mais concorrer a vereador na próxima eleição. Trabalho para o prefeito apaziguar aí.

Articulação

Reunião ontem à noite teve o objetivo de criar o partido Novo no município. Tal agremiação poderia recepcionar dissidentes de várias siglas que estão desgarradas, descontentes. Há também o acomodamento de muitos que pretendem concorrer a vereador, mas que não veem possibilidade de isso ocorrer dentro de seus atuais partidos, pela legislação atual, que limita o número de concorrentes ao de cadeiras na Câmara, mais um, no caso de Canela, 12 candidatos por partido.

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