Setores |
Janeiro/ Dezembro |
Janeiro/ Janeiro |
Acum. ano |
Acum. 12 meses |
Indústria |
-4,4 |
-4,3 |
-4,3 |
6,7 |
Comércio |
-8,5 |
21,8 |
21,8 |
2,0 |
Serviços |
-8,2 |
-3,6 |
-3,6 |
5,6 |
Total |
-6,2 |
0,3 |
0,3 |
5,6 |
A economia de Caxias do Sul começou o ano com números considerados normais, sendo marcado por férias coletivas nas maiores empresas da cidade, além dos habituais recessos de toda a população. No geral, o indicador apresentado na tarde desta terça (12) apontou recuo de 6,2% em relação a dezembro e mínimo crescimento, de 0,3%, sobre janeiro do ano passado. No acumulado de 12 meses, a alta é de 5,6%. Os dados foram apresentados durante coletiva de imprensa pelas diretorias da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) e Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL).
A indústria, que participa com 53% na composição da economia, apurou recuos de 4,4% sobre dezembro e 4,3% em relação a janeiro do ano passado. Os componentes com maior variação negativa foram horas trabalhadas, com quedas de 7,2% e 8,2%, e massa salarial com 27,4% e 8,4% nas mesmas bases de comparação. Os indicadores estão diretamente relacionados com o período de férias.
O comércio, por sua vez, teve duas situações opostas. Sobre dezembro, como é comum, apresentou recuo de 8,46%. Em relação a janeiro de 2018, a alta foi de 21,77%. De acordo com o assessor de economia e estatística da CDL, Mosár Leandro Ness, a desaceleração esperada em relação a dezembro ficou acima do esperado. “O consumidor ainda segue sem confiança para investir. Será preciso votar e aprovar as reformas para que o mercado reaja”, projetou. O setor de serviços também apresentou números negativos: de 8,2% sobre dezembro e de 3,6% em relação a janeiro de 2018.
Avanço das tecnologias
Uma observação feita pela integrante da diretoria de Economia, Finanças e Estatística da CIC, Maria Carolina Rosa Gullo, indicou um aumento de produtividade na última década. Em 2008, de acordo com os dados da entidade, em 12 meses, a economia acumulava alta de 7,2% e o mercado de trabalho de 5,7%. No final de 2018, os indicadores eram, respectivamente, de 7,4% e 3,2%. “Está se fazendo mais do que há 10 anos com praticamente metade do quadro”, apontou.
Na avaliação de Ivonei Pioner, presidente da CDL, a tecnologia veio para ficar em todos os setores da economia. Para ele, isto exigirá uma mudança de cultura e perfil no mercado de trabalho. “Os anos que virão serão de grandes desafios nesta área”, estimou.
O também diretor da CIC, Carlos Zignani, acrescentou que os últimos três anos foram de perda de receita e de rentabilidade para as empresas. Com isso, passaram a racionalizar custos, visando retomar a rentabilidade. “A indústria 4.0 está aí. E sua adoção não se dará por escolha voluntária, mas por necessidade de melhorar a competitividade para seguir no mercado”, assegurou.