GRAMADO – Treze casas dividem poucos ramais instalados em um poste de energia para poder ter luz em casa. Essa é a situação de Antônio Silva e mais doze famílias vizinhas, moradoras da rua Vicente Casagrande, no loteamento Montanha dos Fiori, na Várzea Grande.
Os postes, quando instalados, não foram colocados até o final da rua Vicente Casagrande. Hoje já são treze casas além do último poste instalado e, sem os ramais instalados pelos próprios moradores, o problema seria ainda maior.
Antônio conta que comprou o terreno em 2010 e construiu sua casa. Ele e a esposa já moram no lugar há quatro anos e até agora o problema não foi resolvido. “Tentei eu mesmo comprar os postes da RGE, mas eles não vendem pra mim”, disse o morador ao contar que precisaria de intervenção da Prefeitura ou do loteador. “Prefeitura não faz nada e o loteador muito menos”, disse. O trajeto precisaria de, no mínimo, mais três postes.
OU ISSO, OU AQUILO – As palavras da poetiza Cecília Meireles são, para os moradores, uma realidade: ‘Ou usa isto, ou usa aquilo’. Antônio conta que, se alguém está no banho, não se pode usar o microondas. “Na verdade nada que puxe muita energia dá pra usar. Se vai secar o cabelo, só seca o cabelo, não dá pra ligar mais nada ou a chave cai”, conta.
AMENIZANDO
Para amenizar a situação, moradores compraram relógios e pediram a instalação junto ao último poste, cerca de 30 metros distante da casa mais próxima ao poste e uns 200 metros da mais distante. Dali, eles puxaram fios, que ficam pendurados rente às casas e árvores para que possam ter energia elétrica em casa. “Não temos culpa se houve algum problema com o loteador, queremos e precisamos de postes de luz para ter energia em casa”, pede o morador.
Fotos: Gian Wagner/JIH