GRAMADO – O mês de novembro iniciou celebrando o dia de finados. E nessas épocas as atenções se voltam para os cemitérios. Em Gramado, o Cemitério Municipal recebeu milhares de visitantes que foram até o local para homenagear algum ente querido. O espaço é público e foi tema de entrevista coma secretária de Cidadania, Assistência Social, Vera Simão, na rádio Integração Digital nesta semana.
Para ela, “o Cemitério é muito amplo e não foi dada a devida atenção. Quem fazia tudo dentro do cemitério eram as funerárias, que pra mim é errado por ser do município. Aos poucos estamos retomando isso. Até a capela mortuária era das funerárias. Elas mantinham e cobravam aluguel”.
Ainda, segundo Vera Simão, o município sempre pagou água e luz do local. Ela chamou atenção para o fato de que não tinha nenhuma gaveta para repassar às pessoas carentes.“Encontramos muitas sepulturas abandonadas, sem identificação, ossos aparecendo. Aproximadamente 40 sepulturas abertas e muitas em estado de abandono. Os valores eram pagos para as funerárias, mas não é mais para virar comércio. O custo de construção de uma gaveta cairá, aproximadamente, de R$ 5 mil para R$ 1 mil. A prática era que se as funerárias construíssem 20, passavam duas para o município dar para famílias carentes. As outras 18 eles vendiam”, afirmou Vera.
MELHORIAS – A partir de uma avaliação socioeconômica feita por técnicas da Secretaria, o município fez uma licitaçãopara construir 17 gavetas. Uma já foi usada. Para o próximo ano está prevista a construção de um ossuário em parceria com os cemitérios que funcionam junto ao Municipal. “Faremos o ossuário no espaço que está vago dos outros cemitérios, com uma capela mortuária nova para aquela parte de cima. Os outros cemitérios também querem usar o ossuário. Os corpos mais antigos precisam ser retirados. O ossuário vai ser a solução”, disse Vera.

EDITAL– Com o edital de chamamento público, as pessoas terão seis meses para irem até a Secretaria da Cidadania e fazer o recadastramento do familiar. Um ossuário será construído para destinar os ossos das pessoas que não tiverem suas sepulturas identificadas no recadastramento. A secretária destacou que normalmente o cemitério não é para sempre. Ele é temporário. Se paga por cinco anos e depois vai para um ossuário.
“O município vai fazer o levantamento nos seis meses, vai construir o ossuário e passar os ossos de pessoas não identificadas. Dessa forma vai sobrar espaço no cemitério para que possamos construir novas gavetas, pois não temos mais espaço físico”, concluiu Vera.
