CANELA – A família de Tiago de Oliveira da Silva, 24 anos, está aflita com o quadro hospitalar do jovem. Ele realizava um serviço de manutenção sem equipamento de segurança no telhado de uma oficina mecânica situada na Padre Cacique, quinta-feira de tarde, quando uma das telhas quebrou e ele caiu de uma altura de seis metros direto no piso de concreto. Ele sofreu grave e extensa fratura no crânio, uma lesão na coluna cervical e fraturou o fêmur.
Tiago está internado na UTI do Hospital Pompéia em Caxias do Sul, em coma induzido.Procurada pelo Jornal Integração, a irmã de Tiago, Geovana de Oliveira da Silva, contou que o estado de saúde é grave. “Ele foi levado para o Hospital de Canela e logo foi levado para Gramado, onde ele fez uma tomografia. Foi constatado que ele está com um edema grande no cérebro. Ele fraturou o crânio de orelha a orelha e teve uma fratura exposta no fêmur. Pela gravidade, ainda na quinta-feira, ele foi removido a Caxias” descreveu Geovana.
“Quando ele chegou em Caxias, na quinta de noite, ele tinha 10% de chances de sobreviver. Hoje (ontem), conversei com a médica porque não sabemos o grau da lesão na coluna. Só sabemos que ele fraturou duas vértebras acima do pescoço e que elas precisam ser reconstituídas. Não sabemos se afetou a medula, só saberemos quando ele acordar. O ferimento na cabeça é a mesma coisa. O edema não diminuiu ainda. Quando ele estiver saindo do coma é que vamos perceber as reações. O médico me passou que tem todas as possibilidades, assim como ele pode acordar e não ter afetado nenhuma parte do cérebro, ele também pode ficar em estado vegetativo. O caso da coluna é semelhante, pode não ter sofrido lesão na medula, mas ele também pode ficar tetraplégico”, explicou.
“Estamos frustrados com isso, porque ninguém procurou saber como ele está. O que a gente sabe é que um vizinho passou ali na casa da minha mãe e convidou ele para fazer um serviço que também não sabemos exatamente qual era. Só sabemos que esse serviço foi ali nessa chapeação. Na hora do acidente, a pessoa que chamou meu irmão estava em baixo da escada e o Tiago, pesado, foi quem teve que subir lá em cima”, acrescentou a irmã.
Ela também contou que Tiago trabalhava como açougueiro em Gramado e que estava desempregado há cerca de dez dias, por isso teria aceitado fazer o serviço. “Ele é um rapaz de bem, trabalhador, tem dois filhos pequenos, um menino de cinco anos e uma menina de um ano. Minha família mora na mesma rua onde aconteceu esse acidente. Ele está em estado grave por irresponsabilidade das pessoas que contrataram ele”, lamentou Geovana.