REGIÃO – Com mais de 300 associados, 1.700 representações e 65 anos, o Sindicato dos Lojistas da Região das Hortênsias oferece segurança e benefícios para a população. O presidente Guido Thiele concedeu entrevista à Rádio integração Digital e contou sobre o surgimento e atribuições da entidade que representa sete cidades da Região: Canela, Gramado, Picada Café, Nova Petrópolis, São Francisco de Paula, Jaquirana e Cambará do Sul.
“Nós representamos sete municípios, mas a sede fica em Gramado. Quem iniciou esse processo em 1958, logo após a emancipação, foram os gramadenses que resolveram criar o Sindicato do Comércio Varejista de Gramado, primeiramente como associação e, a partir dos anos 80, em função da necessidade de outros municípios terem a representação, Gramado resolveu estender, por meio da concessão da Fecomércio”, revelou.
Thielecontinuou e explicou que a representaçãoera provisoriamente cedida aos outros municípios, mas somente em 2011 foi reconhecida de forma oficial. “Oficialmente o pedido ocorreu em 2006 e atendido em 2011”.
Ele destaca que os sindicatos surgiram por conta da falta de conhecimento de parte da população que precisava de assistência nas questões trabalhistas. Guido destaca que, atualmente, os trabalhadores por meio do auxílio, estão tão informados quanto os empregadores.
“O sindicato, como formato, é um sistema criado em 1945 pelo presidente Getúlio Vargas. Naquela época, era uma situação bem diferente. Por exemplo, o trabalhador não tinha esse acesso ou conhecimento para a Educação, que era ainda precária. Muitos deles não sabiam ler ou escrever e precisavam de representação e assistência. A criação veio de encontro a segurança do trabalho e das condições. Se compararmos, o trabalhador está tão bem informado ou mais que o empregador. Mudou bastante nesse tempo”, descreveu.
O Sindicato possui a associação de 350 pessoas, mas representa cerca de 1.700 empresas. Guido observa que algumas demandas não seriam atendidas da forma correta se não houvesse um sindicato para representar os cidadãos.
“Representamos 1.700 empresas, mas por sociativismo são 350 associados. É uma questão de conscientização da importância. Se não tivéssemos sindicato ou convenção coletiva para a nossa região, outros fariam. Nisto, vemos que aparecem situações que diferem e não são devidamente cuidadas e atendidas. Essa é vantagem de ter um sindicato regional ou mais localizado”, pontuou.
O gerente do Sindilojas, Ivo Castanheira, falou sobre a importância de a instituição angariar associados. De acordo com ele, quanto mais pessoas se tornarem parte, mais o Sindicato poderá oferecer serviços. “Fazemos um trabalho constante de visitas para mostrarmos a importância e de termos um sindicato local e que fortaleça a população. Poderemos ter mais serviços para oferecer. Trabalhamos desde o pequeno, que tem um funcionário, aos grandes, que tem 150. Tentamos fazer um mix e apresentar ter mais para apresentar para cada um desses negócios”, salientou.
O vice-presidente, Sandro Schmitt, acrescenta que as visitações são feitas para conscientizar a população sobre os benefícios da associação e reforçou o que foi dito por Castanheira.
“As pessoas ficam com dúvida, então fazemos essas ações para mostrarmos de que forma trabalhamos. Quanto mais associados se torna mais forte, então mostramos os benefícios, para que possamos aumentar o trabalho que já fazemos”, sublinhou.
O presidente esclarece que o Sindicato é feito exclusivamente para os lojistas e explica que as representações são feitas conforme a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).
“É para o lojista. Atualmente está muito secionado as representações sindicais por classes de idades. Se separa por CNAE, a partir disto vem a representação. Aqui em Gramado temos um leque um pouco maior porque a base do sindicato é aqui, criado com antecedência. São 52 aqui e 47 em Canela”
Reposição Salarial
Questionado sobre as negociações acerca das reposições salariais, Guido explicou como que as tratativas funcionam. “Entramos na negociação coletiva de trabalho que é feito com o sindicomerciários de Canela. Isso sempre ocorre a partir de maio e é realizado em junho. No dia 31 de maio é finalizada a convenção coletiva e no dia 1º de junho se inicia outra. No passado ocorria por cidade, mas agora é feito no raio regional. Foi unificado nos últimos anos, a base de negociação tem um valor mínimo para que os funcionários recebam, que é de R$ 1.711. É a condição mínima que negociamos, a outra parte é com o funcionário e o empregador que devem fazer. A convenção coletiva determina as negociações mínimas”, finalizou.
A entrevista completa pode ser conferida no Facebook do Jornal Integração no iconeVideos, site www.leiafacil.com.br/podcasts ou escanear o QR Code.