CANELA – Após ser indiciado por peculato pela Polícia Civil de Canela, o vereador Leandro Gralha (MDB) afirmou, em contato com o Jornal Integração, que não sabia que o chip telefônico em sua posse era vinculado ao Hospital de Caridade de Canela (HCC).
A investigação aponta que ele permaneceu com um celular da Prefeitura mesmo após deixar o cargo de secretário municipal, quando foi preso em uma das fase da Operação Caritas, com as contas de celular sendo pagas com recursos públicos.
Gralha explicou que, após sua prisão na época da Operação Cáritas, muitos de seus pertences foram apreendidos e, por isso, acreditava que o que fosse do HCC já teria sido recolhido pelas autoridades.
O vereador destacou ainda que nunca desconfiou das cobranças mensais do chip, pois não é ele quem administra diretamente os seus pagamentos.
Segundo Gralha, o número estava inclusive sendo usado em ações comerciais particulares, divulgando o número em material de publicidade do seu caminhão de fretes. Ele defende que não houve má-fé e que jamais faria uso indevido de algo que pertencesse ao Hospital.
Sobre a apreensão do celular feita pela Polícia Civil nesta semana, o vereador afirma que a devolução foi feita de forma voluntária por uma pessoa enviada por ele à delegacia.
O crime de peculato, previsto no artigo 312 do Código Penal, prevê pena de reclusão de dois a doze anos.