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Jussara Coronas morre após ser atingida por jetski desgovernado

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Fernando Gusen

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REGIÃO – O domingo ensolarado e de clima agradável terminou trágico para os frequentadores da Barragem do Salto, em São Francisco de Paula, sobretudo para a família de Jussara Coronas, 64 anos. Ela foi atingida por uma moto aquática (jet ski) no final da tarde. Conforme relato de testemunhas, o condutor caiu da embarcação durante uma manobra e o jet ski seguiu desgovernado até a margem e acertou Jussara, que estava em uma rampa de acesso à água.

O acidente aconteceu por volta de 17h. O Corpo de Bombeiros de Canela foi acionado para socorrer a vítima. De acordo com a corporação, ela estava com ferimentos graves. As duas pernas tiveram fraturas, uma delas ficou dilacerada. Ela foi levada para o Hospital de Caridade de Canela e logo transferida para o Hospital Arcanjo São Miguel em Gramado onde baixou UTI. Jussara não resistiu à gravidade dos ferimentos e faleceu na noite de domingo.

A Brigada Militar esteve no local para registrar a ocorrência e conduziu o piloto, de 42 anos, à Delegacia de Polícia de Canela. Ele foi submetido ao teste do bafômetro que apontou 0,07 mg/l (até 0,33 mg/l não é considerado embriaguez). O piloto era Fabrício Aguiar, de Novo Hamburgo, ele foi ouvido e liberado ainda no domingo. A embarcação foi apreendida e a Delegacia de São Francisco de Paula está investigando o caso.

A titular da DP de São Chico, Fernanda Aranha, é quem está chefiando a investigação. Ela foi ouvida pelo Jornal Integração e confirmou que vai apurar todas as circunstâncias para elucidar o fato. Em seu depoimento, o autor confirmou que caiu do jet ski durante uma manobra e que o equipamento seguiu em direção à margem.

Fernanda ressaltou que a Marinha fará perícia da embarcação apreendida. Um dos pontos que a perícia deve esclarecer é quanto à pulseira de segurança que desliga o motor em caso de queda. “Vamos ver tudo com responsabilidade. Na investigação não se descarta nada, vamos analisar se houve homicídio culposo (sem intenção) e não descartamos a possibilidade de dolo eventual (quando o agente, mesmo sem querer, assume o risco de o produzir). O condutor possui habilitação para navegar moto aquática, mas isso não impede de ser responsabilizado pelo fato”, explicou Fernanda.

Jussara é natural de Porto Alegre e residia em Torres. Seu marido é de Gramado. O casal estava passando o final de semana na casa de amigos. “Que casal fantástico, eles estavam lá em casa comigo no final de semana. De tardezinha ele levou ela até a água e eu fui descansar um pouco. Logo ele subiu gritando e eu percebi no tom de voz que era algo muito sério. Estamos arrasados com isso”, descreveu Sandro Soares, do Garagem Lanches.

Sandro também comentou que a rampa onde Jussara estava é bem frequentada por amigos. “Sempre tem gente ali, meus vizinhos, minha família, estamos sempre ali na água brincando. Mas naquela hora só tinha eles e o jet veio direto nela”, disse. O corpo de Jussara será cremado hoje, em Porto Alegre.

 

Tragédia anunciada – A postagem feita pelo Integração no Facebook desencadeou inúmeros comentários. Muitos observam que é comum constatar atos de imprudência na condução de motos aquáticas na Barragem. Outros cobram mais fiscalização e maior rigor nas fiscalizações, especialmente para casos onde pode haver consumo de bebidas alcoólicas e a condução de embarcações. Alguns inclusive sugerem que se proíba o tráfego de jet skis no local.

Na opinião de Josué Fioreze, “demorou para acontecer uma tragédia”. Silvia Pacheco escreveu: “Estava lá e o jeito que ele fazia com o jet ski era de se assustar. Estava previsto que não iria terminar bem”.

Nome do piloto – Em casos como este, a redação do Jornal Integração é sempre questionada sobre a divulgação dos nomes dos autores. Pertinente esclarecer que esta não é uma decisão editorial. Os órgãos de segurança estão proibidos de divulgar nomes e fotos de pessoas detidas ou presas sob pena de responder por abuso de autoridade, conforme a lei 13.869, conhecida como Lei do Abuso de Autoridade, que vigora desde 3 de janeiro de 2020. O servidor público que descumprir a lei poderá ser punido com detenção de seis meses a quatro anos.

O Jornal Integração respeita, mas considera exagerada as medidas impostas pela lei e vai continuar buscando identificar vítimas e autores, sempre levando em conta a apuração detalhada dos fatos e dos envolvidos para cumprir com fidelidade o dever de bem informar seus leitores.

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