ESTADO – A Secretaria de Saúde do Estado divulgou nesta quarta-feira (4) uma explicação ampla sobre o coronavírus. O explicativo está em formato de perguntas e respostas, reproduzido pelo Jornal Integração abaixo. Ele também pode ser acessado diretamente no site oficial da Secretaria de Saúde do Estado.
O QUE É CORONAVÍRUS?
É um novo vírus que tem causado doença respiratória pelo agente coronavírus. Recentemente foram registrados os primeiros casos na China. O novo coronavírus faz parte de uma grande família viral que ataca seres humanos e animais. Os primeiros tipos foram detectados na década de 1960.
As infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas, porém, alguns coronavírus podem causar doenças graves como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), identificada em 2002 e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), identificada em 2012.
COMO ELE É TRANSMITIDO?
A transmissão do novo coronavírus pode ocorrer de pessoa para pessoa, de forma continuada. O contágio costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como saliva, espirro, tosse, catarro. Também pode ocorrer por contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão ou contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguidos de contato com a boca, nariz ou olhos.
O grau de transmissão do novo coronavírus é menor do que o vírus da gripe e por isso apresenta menor risco de circulação e disseminação. Pode ficar incubado por duas semanas, período em que aparecem os primeiros sintomas desde a infecção.
COMO É O DIAGNÓSTICO?
O diagnóstico do novo coronavírus é feito a partir da indicação de caso suspeito nos serviços de saúde, quando é coletada uma amostra de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). As análises ocorrem no Laboratório Central de Saúde Pública do Estado, (Lacen/RS) e na Fiocruz (RJ).
QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
Os sinais e sintomas clínicos do novo coronavírus são semelhantes aos da gripe ou resfriado. Em casos mais graves, podem ser iguais à pneumonia, com infecção do trato respiratório inferior. Geralmente o paciente apresenta febre, tosse e dificuldade para respirar.
COMO É O TRATAMENTO?
Basicamente, o tratamento é repouso e consumo de bastante água. Também é indicado o uso de medicamento para dor e febre, como antitérmicos e analgésicos.
É aconselhável o uso de umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garanta e tosse. Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.
Os casos graves devem ser encaminhados a um Hospital de Referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar.
COMO É DEFINIDO UM CASO SUSPEITO?
Pessoas que tenham chegado, nos últimos 14 dias, dos países apontados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com circulação do vírus e que tenham apresentado febre, tosse e dificuldade respiratória.
A relação atual dos países com transmissão é:
1. Alemanha *
2. Austrália *
3. Canadá *
4. China *
5. Coreia do Norte *
6. Coreia do Sul *
7. Croácia *
8. Dinamarca *
9. Emirados Árabes Unidos *
10. Espanha *
11. Estados Unidos *
12. Finlândia *
13. França *
14. Grécia *
15. Holanda*
16. Indonésia *
17. Irã *
18. Itália *
19. Japão *
20. Malásia *
21. Noruega *
22. Reino Unido *
23. San Marino **
24. Singapura *
25. Suíça *
26. Tailândia *
27. Vietnã *
OBS: Além deles, Filipinas e Camboja, que não têm transmissão local, mas estão na região afetada.
*Países com transmissão local, segundo a OMS
**San Marino está em análise pelo Ministério da Saúde
Pessoas que tenham histórico de viagem para os países com transmissão local, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e que tenham apresentado febre, tosse e dificuldade de respirar, nos últimos 14 dias depois de sua chegada.
Pessoas que tenham histórico de contato próximo de caso confirmado em laboratório, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento de febre, tosse e dificuldades respiratórias.
Importante: os casos suspeitos devem ser mantidos em isolamento enquanto houver sinais e sintomas clínicos.
COMO PREVINIR?
• evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
• realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
• utilizar lenço descartável para higiene nasal;
• cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
• evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
• higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
• não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
• manter os ambientes bem ventilados;
• evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
• evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
QUAL A DIFERENÇA ENTRE A GRIPE E O NOVO CORONAVÍRUS?
No início da doença, não existe diferença quanto aos sinais e sintomas de uma infecção pelo novo coronavírus em comparação com os demais vírus. Por isso, é importante ficar atento às áreas de transmissão local. Apenas pessoas que tenham sintomas e tenham viajado para Wuhan são suspeitos da infecção pelo coronavírus.
QUAL O RISCO DE VIAJAR PARA O EXTERIOR?
Com o aumento do nível de alerta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alto em relação ao risco global do novo coronavírus, o Ministério da Saúde orienta que viagens para o exterior devem ser realizadas apenas em casos de extrema necessidade. Essa recomendação vale até que o quadro todo esteja bem definido.
QUAIS SÃO AS ORIENTAÇÕES PARA PORTOS E AEROPORTOS?
Aumentar a sensibilidade na detecção de casos suspeitos de coronavírus de acordo com a definição de caso. Além disso, reforçar a orientação para notificação imediata de casos suspeitos nos terminais. Outra medida é a elaboração de avisos sonoros com recomendações sobre sinais, sintomas e cuidados básicos.
Também é importante intensificar procedimentos de limpeza e desinfecção e utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), conforme os protocolos, sensibilizar as equipes dos postos médicos quanto à detecção de casos suspeitos e utilização de EPI e ficar atento para possíveis solicitações de listas de viajantes para investigação de contato.
Foram reforçadas as orientações para notificação imediata de casos suspeitos do novo coronavírus nos pontos de entrada do país, além da intensificação da limpeza e desinfecção nos terminais.
QUANDO USAR MÁSCARA?
A máscara de proteção deve ser utilizada por quem apresentar sintomas de febre e dificuldade respiratória e que tenham vindo, nos últimos 14 dias, dos locais apontados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com circulação do vírus.
A relação atual dos países com transmissão é:
1. Alemanha *
2. Austrália *
3. Canadá *
4. China *
5. Coreia do Norte *
6. Coreia do Sul *
7. Croácia *
8. Dinamarca *
9. Emirados Árabes Unidos *
10. Espanha *
11. Estados Unidos *
12. Finlândia *
13. França *
14. Grécia *
15. Holanda*
16. Indonésia *
17. Irã *
18. Itália *
19. Japão *
20. Malásia *
21. Noruega *
22. Reino Unido *
23. San Marino **
24. Singapura *
25. Suíça *
26. Tailândia *
27. Vietnã *
OBS: Além deles, Filipinas e Camboja, que não têm transmissão local, mas estão na região afetada.
*Países com transmissão local, segundo a OMS
**San Marino está em análise pelo Ministério da Saúde
Ao apresentarem algum problema respiratório, estes pacientes devem procurar o serviço de saúde já usando a máscara de proteção, daí se desencadeia a notificação, a coleta e o tratamento, que pode ser em casa ou em hospital.