GRAMADO – Emedebistas estão sendo demitidos ou se exonerando após anúncio do partido sobre candidatura própria. O MDB terá reunião hoje, logo mais às 19h, para definir o que fazer sobre isso, se permitir que seus correligionários sejam demitidos um a um, aos poucos, de acordo com o interesse do paço municipal, ou promover uma saída em conjunto.
O anúncio de que teria candidatura própria foi no sábado passado (15), e já na segunda-feira (17), primeiro dia útil após, iniciaram as demissões dos correligionários que ocupam Cargos de Confiança (CCs) no Governo. Nesta data foram exonerados a secretária de Governança e Desenvolvimento Integrado, Simone Bender e o procurador-adjunto, Felipe Dourado.
Não satisfeitos com a exoneração de Simone, hoje, quatro cargos da Governança pediram para sair: o secretário adjunto Tiago Rodrigues Borges, a coordenadora de Prestação de Contas Andressa Bernardes, a coordenadora de Projetos Marroara Camargo e o coordenador de Captação de Recursos Guilherme Padilha. Sem substitutos para os cargos, integrantes do governo tentam demovê-los de sair, mas não cogitam recolocar também a secretária.
Segundo o pré-candidato do MDB a prefeito, o atual vice, Evandro Moschem, são cerca de 50 CCs do partido que ainda estão nos seus cargos na Prefeitura. Conforme disse em entrevista ao Jornal Integração, na manhã de segunda-feira, quando falou ao vivo no programa Chimarrão e Atualidades (a entrevista pode ser ouvida na íntegra no site www.leiafacil.com.br), o partido deixou o prefeito Fedoca à vontade para decidir o que fazer com esses colaboradores.
Se achasse importante que permanecessem, o MDB não se oporia por entender que o compromisso assumido na eleição passada só encerra em 31 de dezembro deste ano e a eleição de 15 de novembro próximo é um novo capítulo. O que o partido não esperava, no entanto, é que seus filiados poderiam ser humilhados e rescindidos aos poucos para aumentar o constrangimento individual de cada um deles. Por isso, hoje mesmo, às 19h, a executiva vai se reunir para decidir o que fazer com esta questão.
É provável que o MDB faça algumas condições a partir de hoje, exigindo a permanência de todos, ou fazendo a retirada em massa, o que inviabilizaria o governo, que não tem nomes para todas estas substituições que fazem a administração funcionar.
Está se desenhando um fim melancólico para um governo morno, que em três anos e meio não conseguiu dar um ritmo sequer regular para o Município com o maior orçamento da região, com cerca de R$ 100 milhões a mais, por ano, do que Canela, que tem quase dez mil habitantes a mais. A inércia do prefeito Fedoca, também a nível de partido, o PDT, ficou tão notória que não consegue montar um time para buscar a sua reeleição e sequer para a vereança, pelo menos ao que está parecendo até o momento.