Plenário votou pelo arquivamento da nova representação (Foto Gabriela Bento Alves, Câmara de Vereadores, Divulgação)
O segundo pedido de impeachment contra o prefeito de Caxias do Sul, Flávio Cassina, foi rejeitado por maioria, 21 x 1, na sessão de quinta-feira, 27 de fevereiro, da Câmara de Vereadores. O voto favorável foi do vereador Chico Guerra/Republicanos. Agora arquivado, o documento externo 26/2020, de Alaor Correa Barbosa e Dari Nelson Lohmann, solicitava a cassação de Cassina sob alegação de infrações político-administrativas. O rito se baseou no decreto-lei federal 201/1967. O primeiro pedido de impedimento havia sido rejeitado em plenário, em 4 de fevereiro passado, e também abrangia o vice-prefeito Edio Elói Frizzo.
Os autores da denúncia apontaram que, a contar de 20 de janeiro de 2020, Fabiana Bressanelli Koch se encontra no cargo de diretora executiva (CC-08), lotada no Gabinete do Prefeito. Apontaram que ela atua como diretora da Comissão Social da Festa Nacional da Uva, um cargo voluntário. Mesmo assim, lembraram que, em entrevista a meios de comunicação, a chefe de Gabinete do Prefeito, Grégora Fortuna dos Passos, afirmara que Fabiana trabalharia diariamente para o evento, de forma integral.
Os denunciantes destacaram que a Comissão Social sempre funcionou em caráter voluntário. Consideraram que Fabiana cumpre missões, lidera o grupo, presta serviços na organização privada, com nomeação em cargo público, na Prefeitura.
Alertaram, ainda, que Fabiana também exerce a função privada de cirurgiã-dentista, na empresa IN-SAÚDE, que administra a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Central de Caxias do Sul, onde possui jornada de seis por 36 horas. Eles argumentaram ser inadmissível a conciliação dos cargos, apontando para flagrante ilegalidade contra a probidade da Administração Pública.