GRAMADO – Sair de casa, ir ao trabalho, escola e fazer turismo na Avenida das Hortênsias, ERS-235, no trecho que compreende o bairro Avenida Central, nas proximidades da Prawer e Restaurante Aquece é desafiador e perigoso.
O local é de grande fluxo de veículos e também pedestres, uma região comercial e residencial onde crianças são desafiadas a atravessarem a rodovia para ir até a Escola Presidente Vargas. Início da manhã, ao meio dia e final da tarde são os horários de mais movimentação.
Moradores da região estão reivindicando junto a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), solução para amenizar os perigos da via. A sugestão proposta pelo grupo denominado de Juntos Somos Mais Fortes é de deslocar a lombada eletrônica que hoje fica na frente do Restaurante Aquece, nas proximidades da Galeteria Mamma Mia e no local, uma lombofaixa, no mesmo modelo que foi colocado, em Canela na frente do Parque da Nasa, próximo da lojas Havan.
“Temos problemas na travessia. A EGR nos argumentou que não pode colocar semáforo e lombada porquê ali é rodovia. Mas construíram na frente da Nasa [parque localizado em Canela], qual a diferença? Lá não tem escola e são poucas moradias. Estamos pedindo que o controlador vai para frente do Mamma Mia e no lugar uma lombada travessia”, explicou Mara Regina de Oliveira do grupo Juntos Somos Mais Fortes.
A mobilização já está ocorrendo por parte dos moradores que estão recolhendo assinaturas para serem entregues como forma de pedir apoio na Prefeitura de Gramado, Câmara de Vereadores e Ministério Público para auxiliar na solicitação junto a EGR.
“Muitas crianças e os pais tentam atravessar aqui, o perigo é muito grande de ocorrer um atropelamento, principalmente envolvendo os estudantes que precisam ir para escola. Se não tiver uma solução até o final do ano, vamos protestar na avenida. É pela segurança dos moradores e turistas. Olha a fortuna que o pedágio arrecada, tem que dar o mínimo de segurança para nós”, disse Mara destacando que a responsabilidade é do Governo do Estado. “Nós aqui não temos o que reclamar do poder público municipal e Corsan, pois sempre que podem dentro das possibilidades nos auxiliam, mas esta responsabilidade é com a EGR”, sintetizou.
O comerciante Josué Semprebon, tem restaurantes e um supermercado na região e conta que esta mobilização e solicitação da obra é como medida de prevenção.
“A ideia é prevenir antes que ocorra o pior. É muito difícil atravessara rodovia. Tem momentos que temos que correr para atravessar, os motoristas só reduzem a velocidade quando estão encima da lombada eletrônica. Em algumas oportunidades ajudo as pessoas mais idosas e peço para os motoristas pararem os veículos e ainda sou xingado. A solução é a lombada com faixa. No início terá reclamação, mas depois se acostumam. O bairro aqui é residencial e comercial, tem cerca de 4 mil pessoas que moram na região”, declarou.
Demandas e soluções para a travessia na ERS-235
Os vereadores estiveram na segunda-feira (18), no gabinete do prefeito Nestor Tissot para entregar o relatório de demandas dos moradores do bairro Avenida Central. Os pedidos dos gramadenses foram coletados durante o Gabinete Móvel realizado na localidade no dia 26 de agosto na Escola Presidente Vargas.
Os principais pedidos foram em relação à segurança na ERS-235, tanto por causa do excesso de velocidade dos motoristas, quanto para a travessia dos pedestres. O prefeito e os vereadores aproveitaram para discutir algumas possibilidades de melhoria para o local como sinaleira, passarela e lombofaixa, além de constantes contatos com o Daer, responsável pela rodovia.

Texto: Tiago Manique – [email protected].