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Planta de grafeno de Caxias completa um mês de produção

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Em função do novo coronavírus, inauguração foi limitada a um número reduzido de pessoas (Foto Roger Clots, Divulgação)

Resultado de 15 anos de pesquisa avançada da Universidade de Caxias do Sul (UCS) em nanomateriais, a primeira planta de produção de grafeno em escala industrial da América Latina implementada por uma instituição de ensino superior ou centro de pesquisa e a maior em capacidade produtiva, suplantando inclusive as fábricas existentes do setor privado, está em plena operação desde 14 de março. A inauguração oficial, no entanto, ocorreu na quarta, 15. A solenidade de apresentação da UCSGraphene ao mercado foi limitada a poucas pessoas e teve transmissão pelas redes sociais em função dos cuidados com a pandemia da Covid-19.

O projeto de expansão da planta está estruturada em três fases. Na primeira, de 12 meses, o objetivo é alcançar produção de 500 quilos. No primeiro mês já produziu 42 quilos, atendendo pedidos de empresas de diferentes setores. O coordenador da planta, Diego Piazza, adiantou que já existem contratos com 10 organizações, mas evitou citar nomes por questões de confidencialidade. Apenas mencionou a Marcopolo como uma das empresas que já têm relações com a UCSGraphene.

Para a fase seguinte, igualmente de 12 meses, a meta é de chegar a 5 mil quilos. O passo posterior incluirá ampliação da planta, o que estará diretamente ligado com as demandas do mercado. De acordo com Piazza, dentre as aplicações pesquisadas e que a UCS alcançou expertise estão os segmentos de revestimentos avançados, materiais inteligentes, medicina regenerativa, energias alternativas, blindagem, metais, compósitos, polímeros e cerâmicas.

Piazza também lembrou o potencial que o Brasil tem na área por estar dentre os três países com as maiores reservas de grafite do mundo. “Teremos condições de oferecer matéria-prima para elevar a competitividade industrial por meio da agregação de valor aos produtos ou pela inovação”, salientou.

O grafeno é considerado o material mais leve e resistente do mundo, superando até mesmo o diamante, e o mais fino que existe. Possui excelente condutividade térmica e elétrica, transparência e maleabilidade, sendo resistente ao impacto e à flexão. Devido à alta resistência mecânica, capacidade de transmissão de dados e economia de energia é apresentado como um dos maiores recursos da atualidade para aplicações em alta tecnologia. Em nanotecnologia é bastante utilizado na produção de componentes eletrônicos, baterias, telas e displays LCD, anticorrosivos, solventes e revestimentos, entre outros.

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