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Fras-le eleva receita do ano passado em 20%

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Carvalho avalia que ambiente doméstico será ainda mais concorrido do que foi em 2019 (Foto Jeferson Bernardes, Divulgação/Banco de Dados)

Controlada das Empresas Randon, a Fras-le consolidou receita líquida de R$ 1,365 bilhão no ano passado, alta de 19,7% comparada ao exercício de 2018. Já o faturamento total superou R$ 2 bilhões, crescimento de 19,5%. Além do incremento nas vendas físicas, o desempenho foi influenciado pela consolidação da receita da Fremax, adquirida em 2018 e que só havia contribuído com receitas no quarto trimestre. Também houve reflexo da variação cambial, com taxa média do dólar de R$ 3,94 e superior à de 2018. O volume de dólares exportados apresentou melhor desempenho em relação ao ano anterior, com destaque para as vendas no último trimestre.

A empresa fechou o balanço com queda de 63% no lucro líquido, para R$ 32,8 milhões, com margem final de 2,4%. Dentre as razões estão a reestruturação das operações na Argentina em razão da crise e a não recorrência de ganhos por conta na aquisição da Jurid, em 2018. O lucro bruto somou R$ 349,7 milhões, crescimento de 15,2%, e o EBITDA foi consolidado em R$ 175,2 milhões, recuo de 4,7% sobre o ano anterior.

De acordo com Sergio Carvalho, CEO da empresa, o ano foi desafiador, principalmente no primeiro trimestre, com perda de incentivos fiscais, como benefícios na folha de pagamento e do Reintegra, aumento de custos e acirramento da concorrência no mercado doméstico. Ações como adoção de um plano de contingenciamento de gastos, recomposição de preços ao longo do ano e sinergia dos investimentos feitos geraram condições para minimizar os entraves iniciais. “Encaramos dificuldades econômicas na Argentina, segundo maior mercado da América do Sul para a companhia; impactos devido à guerra comercial entre Estados Unidos e China e ambiente global altamente competitivo”, listou Carvalho.

O mercado externo, incluindo exportações a partir do Brasil e a receita das operações em outros países, respondeu por 50,5% do total, somando R$ 690,2 milhões, com incremento de 16,5%. Já o doméstico avançou 23,1%, para R$ 675,3 milhões, com ganho de participação de quase 1,5 ponto sobre 2018. O principal segmento de atuação continua sendo a reposição, com 87% de participação, algo próximo a R$ 1,2 bilhão, e alta de 19,1%. No mercado de montadoras, o valor foi de R$ 171,8 milhões, com avanço de 23,4%.

Cautela para 2020

Mesmo com as medidas adotadas em 2019, a diretoria entende que 2020 continuará a ser desafiador. Dentre os principais pontos é citada a pressão inflacionária e o ambiente interno tão ou mais competitivo que o ano anterior, em especial nos veículos leves. “Este ambiente vai apresentar dificuldades para o repasse de preços”, observa Sergio Carvalho.

Na avalição do CEO, o mercado dos Estados Unidos deve sofrer desaceleração, mas são boas as perspectivas na Índia para o segmento de montadoras. Para a América Latina, o planejamento de vendas é conservador. “Não há elementos que nos permitam vislumbrar um viés de crescimento no médio prazo na maioria dos países”, comentou.

As perspectivas para o ano são de repetir os resultados de 2019, com faturamento bruto de R$ 2 bilhões e receita líquida de R$ 1,4 bilhão. São projetados US$ 150 milhões em exportações, valor 15% abaixo do realizado em 2019, de US$ 174,9 bilhões, e 30% ante o guidance, que era de US$ 215 milhões. Em relação às importações, a projeção é de US$ 20 milhões, 20% inferior ao realizado em 2019, de US$ 24 milhões, e 25% acima do guidance anterior. Os investimentos programados para 2020, na ordem de R$ 60 milhões, são 28% inferiores aos consolidados no ano passado, de R$ 83,2 milhões, e 21% abaixo do guidance anterior.

Os impactos do coronavírus ainda seguem incertos. Segundo Carvalho, por mais que pareça limitado para a companhia, o problema pode se configurar grave na medida em que as semanas passam. Avalia que reflexos podem surgir tanto na ponta de fontes de fornecimento, como nas vendas, uma vez que empresa possui muitos negócios na Ásia.

O CEO lembrou que a operação da Fras-le na China, em função da doença, produziu apenas 70% do esperado neste início de ano. Acredita que a recuperação desta perda deverá se dar ao longo de março e abril. Em relação a possível desabastecimento das plantas do Brasil e de outros países em função dos problemas nas fábricas chinesas, destaca que a empresa tem fontes alternativas homologadas para todos os insumos. Sergio Carvalho comentou que a companhia reduziu e até mesmo eliminou viagens internacionais de seus funcionários, além de ter repatriado vários.

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