Empresários registraram maior otimismo tanto em relação à economia brasileira quanto com o resultado das suas organizações (Foto Julio Soares, Divulgação/Banco de Dados)
Após se manter estável em outubro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS), divulgado na quarta-feira (20) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), subiu 2,8 pontos, em novembro, na comparação com o mês anterior, atingindo 62 pontos. É o valor mais elevado desde março deste ano, quando alcançou 64, e bem acima da média histórica de 53,3 pontos.
Ao mostrar nova alta, o ICEI-RS mantém a perspectiva de retomada do setor para os próximos meses. Na avaliação de Gilberto Petry, presidente da FIERGS, a confiança dos empresários é sinalizador importante para os investimentos. "Alguns fatores contribuem para este cenário mais favorável, mas vale destacar as menores incertezas no campo político-econômico com a aprovação da Reforma da Previdência e a redução dos juros, além das perspectivas de manutenção da agenda de reformas", registra.
O componente Índice de Condições Atuais (ICA) de novembro teve avanço de 4,8 pontos ante outubro, alcançando 56,7. Trata-se do maior nível desde fevereiro de 2019, que foi de 58,3 pontos. Na composição do ICA, o maior peso positivo veio da avaliação sobre as condições da economia brasileira, com alta de 5,9 pontos, fechando em 57. A proporção de empresas que percebe melhora na economia brasileira subiu de 23,1%, em outubro, para 37,3%, em novembro, enquanto a parcela que vê piora diminuiu de 17,3% para 8%. A avaliação das condições atuais das empresas evoluiu 4,3 pontos na comparação com outubro, totalizando 56,6.
OTIMISMO ELEVADO PARA OS PRÓXIMOS SEIS MESES
Quando questionados sobre as perspectivas para os próximos seis meses, os empresários consultados mantêm o otimismo elevado. O Índice de Expectativas teve alta em novembro, para 64,7 pontos, 1,8 superior a outubro e acima da média histórica de 56,7. O otimismo aumentou tanto em relação à economia brasileira, de 61,1 para 63,3 pontos, quanto ao futuro das empresas, de 64,1 para 65,4 pontos.
Entre outubro e novembro, o índice de empresários otimistas com a economia brasileira subiu de 51,4% para 57,7%. O de pessimistas diminuiu de 5,8% para 4%. A parcela que não espera mudanças recuou de 42,8% para 38,3%.