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Táxis paralisam atividades

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Para protestar contra a concorrência que definem como desleal, os motoristas de aplicativos não regularizados, os taxistas de Caxias do Sul paralisaram as atividades nesta segunda (1).  Das 5h até 17h, circularam apenas táxis que atendem hospitais, não ultrapassando 10 carros. “Não somos contra nenhuma categoria. Todos precisam trabalhar e sustentar suas famílias. Mas o que achamos errado é que temos que cumprir a lei, diferentemente do que acontece com a maioria dos motoristas de aplicativos”, reclamou o presidente do Sindicato dos Taxistas de Caxias, Adail Bernardo da Silva.

O protesto pacífico foi a maneira encontrada para chamar a atenção das autoridades e da população para o cenário crítico que a categoria enfrenta.  Segundo Silva, desde o ano passado, cada taxista viu sua renda despencar 70% todos os meses. “Está ficando insustentável. Enquanto operamos com 314 carros, os motoristas de aplicativos estão com 2,5 mil, sem nenhum regramento, nem encargos. No passado recente, cada táxi sustentava até três famílias. Chegamos a ter quase 900 taxistas, hoje não chegamos a 600. E muitos ainda persistem porque não tem emprego na cidade que comporte toda essa mão de obra”, lamentou.

Para que a situação fique mais justa, Silva diz ser necessário o poder público se empenhar na regularização e fiscalização do transporte por aplicativo. Até a semana passada, somente três motoristas estavam regularizados junto à Prefeitura de forma individual. Outros 13 foram cadastrados pelo aplicativo Meu Motorista.  “Esse número pífio é uma piada. Mostra que não estão se importando. Visitei algumas escolas que oferecem cursos de formação para motoristas de transporte de passageiros e constatei que não há nenhum motorista de aplicativo matriculado. Fato que comprova que eles não querem se regularizar”, criticou.

De acordo com Silva, antes da chegada dos aplicativos, os táxis da cidade rodavam uma média mensal 10 mil quilômetros rodados. Atualmente, dificilmente chegam a três mil. O custo para cada taxista gira entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, somando-se todos os encargos. “Temos que fazer cursos de reciclagem, vistorias e, para cada passageiro transportado, há um seguro”, destacou.

Na busca de solução, o sindicalista informou que tentará marcar uma reunião com as autoridades para a próxima semana. “Já tentamos outras vezes conversar com o Município, mas não fomos recebidos. Precisamos que uma atitude seja tomada. Do contrário, seguindo este ritmo, em cinco anos não haverá mais táxi em Caxias. A população ficará dependente dessas empresas, que ainda não se sabe ao certo como operam”, frisou.

 

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