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Registros de hepatites virais aumentam 14% no estado

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O Rio Grande do Sul apresentou, em 2018, aumento no número de casos de hepatites virais. Ao todo, 7,6 mil pessoas foram diagnosticadas com hepatite A, B ou C, elevação de 14,5% em relação ao ano anterior. Entre os tipos, o de maior registro é o C, que teve mais de 5,8 mil novos casos. Contudo, o que teve o maior aumento foi o tipo A, com alta de 2,5 vezes.

Com base nos números, foi feita uma análise do perfil epidemiológico das hepatites virais, em conjunto com o HIV/Aids, permitindo identificar as áreas de maior risco no Rio Grande do Sul.

São considerados prioritários 62 municípios, levando em conta os índices de hepatites B e C, Aids e sífilis. Dentre eles, estão Bento Gonçalves, Canela, Caxias do Sul, Farroupilha e Vacaria. Os dados de 2018 foram fechados neste início de mês, que recebe o nome de Julho Amarelo, em conscientização sobre a doença e, tem em 28 de julho, o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais.

As hepatites virais são doenças infecciosas que afetam o fígado. Não costumam apresentar sintomas. Quando aparecem, os mais comuns são cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

As Unidades Básicas de Saúde oferecem testes rápidos para a detecção de hepatites B e C. Elas são o primeiro passo para o diagnóstico precoce da doença e sua prevenção, pois possibilita interromper a cadeia de transmissão. O Rio Grande do Sul apresentou uma grande evolução no número de testes rápidos realizados pelos municípios. Em 2018 foram mais de 645 mil exames, aumento de 28% em relação ao ano anterior e mais de quatro vezes superior à quantidade realizada em 2014.

 

SAIBA MAIS

 

Hepatite A

Casos diagnosticados em 2018 no RS: 157 (153% a mais que em 2017)

Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados pelo vírus, contágio oral-fecal e oral-fecal durante prática sexual

Prevenção: ingerir água tratada ou fervida, lavar bem alimentos crus (frutas, verduras e legumes), cozinhar bem peixes, mariscos e crustáceos e higienizar bem as mãos após usar o banheiro

 

Hepatite B

Casos diagnosticados em 2018 no RS: 1.668 (14% a mais que em 2017)

Transmissão: compartilhamento de materiais no uso de drogas injetáveis, inaladas e pipetas; relação sexual sem o uso de preservativos, uso de materiais perfurocortantes não esterilizados (alicates de unha, aparelho de barbear e depilar, instrumentos de tatuagem e piercings, materiais cirúrgicos ou odontológicos); e, no parto, caso a mãe seja portadora (transmissão vertical)

Prevenção: uso de preservativos em todas as relações sexuais, esterilização adequada e não compartilhamento de materiais perfurocortantes

 

Hepatite C

Casos diagnosticados em 2018 no RS: 5.853 (13% a mais que em 2017)

Transmissão: compartilhamento de materiais no uso de drogas injetáveis, inaladas e pipadas; relação sexual desprotegida, uso de materiais perfurocortantes não esterilizados e quem recebeu transfusão de sangue anterior a 1993 corre o risco de ter sido contaminado

Prevenção: uso de preservativos em todas as relações sexuais, esterilização adequada e não compartilhamento de materiais perfurocortantes

 

Cidade registrou 227 novos casos no ano

O Serviço Municipal de Infectologia de Caxias do Sul reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce das doenças e do tratamento. Na cidade, os pacientes são atendidos em ambulatório que fica junto ao serviço. Até o dia 20 de julho, 76 pessoas haviam sido diagnosticadas com hepatite B e 151 com tipo C.

Segundo Leonora de Zorzi Piccoli, médica hepatologista, o diagnóstico é feito por meio de um exame de sangue, que é específico para identificar o tipo de vírus que está causando a hepatite. "Somente com exames de sangue é possível saber se está ou não com alguma das hepatites virais. O teste é o primeiro passo para a cura", explica. Os exames podem ser realizados nas Unidades Básicas de Saúde ou no Centro de Testagem e Aconselhamento, localizado junto ao Serviço Municipal de Infectologia (Rua Sinimbu, 2.231), junto ao Centro Especializado de Saúde (CES).

 

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