GRAMADO – A primeira reunião aconteceu na escola, na última segunda-feira (21). Estiveram presentes diversos pais de alunos, representantes do CPM, funcionários e professores da escola e a diretora Tatiana Dalle Molle. Na ocasião, a diretora foi questionada sobre as possíveis irregularidades na prestação de contas do Conselho de Pais e Mestres, irregularidades essas, que foram denunciadas pelo presidente do conselho, Fernando Berti Michaelsen.
Durante sua fala, a diretora negou que tenha havido irregularidades e disse que nenhum valor foi desviado da escola. O CPM rebateu, afirmando que os valores apresentados em comprovantes fiscais não fecham com os valores que faltam no caixa da escola. Pais de alunos também se manifestaram com indignação sobre os fatos que vêm acontecendo na escola, não apenas com a prestação de contas, mas também com a falta de qualidade do ensino que seus filhos estão recebendo.
No final da reunião, o CPM, os pais e a diretora concordaram em contratar uma auditoria fiscal para averiguar e esclarecer os fatos sobre as contas da escola.
A outra reunião ocorreu na tarde de terça-feira (22) entre pais e vereadores na Câmara Municipal. Os pais apresentaram a prestação de contas da instituição, possíveis casos de assédio moral e outras condutas que poderiam ser consideradas como improbidade administrativa por parte da direção da escola.
O defensor público, Igor Menini da Silva, também participou da reunião e solicitou que os pais apresentem um dossiê com as informações para a Defensoria Pública, Ministério Público e à Câmara de Vereadores. Segundo o ele, com esse documento em mãos é possível solicitar o afastamento da diretora.
Os vereadores se comprometeram a auxiliar dentro das suas atribuições. O Poder Legislativo irá marcar uma reunião com a 4ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), buscando esclarecimentos e uma composição da situação para melhorar o ambiente escolar do educandário situado no bairro Floresta.
A diretora Tatiana afirmou que também está interessada em saber com quem ficou o dinheiro que o CPM alega que está faltando no caixa e que não existem provas contra ela. “Infelizmente, estou sofrendo uma campanha de calúnias e difamação muito séria, os fatos que apresentam e os dados são infundados e já estou em contato com a 4ª CRE que é o órgão que pode me afastar do meu cargo. Como o CPM não conseguiu via 4ª CRE, porque eles não têm provas contra mim, estão tentando via defensoria pública. É lamentável esta situação, que está abalando a minha saúde. Também quero saber quem pode ter ficado com o dinheiro que o CPM diz que está faltando no caixa e quer me responsabilizar, lembrando que o presidente do CPM também tem responsabilidade sobre os valores, os quais ajudou muito pouco a arrecadar. Espero que tudo isto se resolva o quanto antes. Estou à disposição da 4ª CRE e da Defensoria Pública para os esclarecimentos necessários”, disse a diretora.
Com relação às críticas sobre a qualidade do ensino, a diretora informou que a nota da escola no IDEB, que é o índice calculado com base no aprendizado dos alunos em português e matemática (Prova Brasil) e no fluxo escolar (taxa de aprovação), manteve o que foi projetado para a escola. O indicador de aprendizado das séries iniciais foi de 6,09 e o indicador das séries finais foi de 5,95. Esses números são de 2021.