InícioColunistasDireto da RedaçãoMuito grito e pouca lã na Câmara de Vereadores de Canela

Muito grito e pouca lã na Câmara de Vereadores de Canela

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Ré-iniciando

A sessão de início do ano legislativo segunda passada, já foi igualzinha as que finalizaram o ano de 2022, muito grito e pouca lã. Tudo igual, até o ocupante da Tribuna do Povo foi o mesmo, com os mesmo assuntos. Quem perdeu não vai sentir falta, ou melhor, “quem perdeu, não perdeu e quem não perdeu, perdeu”, lembrando nossa ex-president’a.

Vale-tudo

Na largada o presidente estreante, Jefferson de Oliveira discursou que ‘mexer’ no Regimento Interno e propor a instalação de uma comissão de ética permanente na Câmara para “dar seriedade a esta Casa” e “moralizar a política no município”. “Nós não podemos dizer e fazer aqui nessa tribuna tudo o que está na nossa cabeça, o que nós sonhamos de noite e depois a comunidade vem nos ‘achacotar’, nos ridicularizar”. E emendou: “A imunidade parlamentar não pode aqui nos permitir que nós venhamos aqui ofender meio mundo e isso não ter consequência nenhuma, ou dizer uma bobagem aqui que a gente vire chacota nacional e não ter consequência nenhuma”.

Míssil com GPS

Quem acompanha as sessões sabe a quem o presidente se referia. ‘Ofender meio mundo’ – Jerônimo, ‘dizer uma bobagem que vire chacota nacional’ – Alberi Dias -, lembrar da sugestão de pulverizar a cidade com álcool. Obviamente os dois vereadores entenderam o recado.

Voo de galinha

Durou pouco. Assim que Jerônimo Terra Rolim foi à tribuna repetiu todos os mesmos adjetivos de sempre ao prefeito e à Prefeitura com seus servidores: Corrupto; sem vergonha; incompetente; tirano; amador. E depois emendou que não vê “nem moral” para criar o tal conselho de ética. “Eu não vejo nem moral para isso, eu vejo assim, uma intenção de perseguir vereador, com essa ideia. Que é o que me transparece aqui. Ha que não pode falar, porque não pode, só o que faltava a gente ter de ficar amordaçado aqui. Falam do Alexandre de Moraes sem ter razão, daí vão querer ser Alexandre de Moraes aqui!” Para finalizar emendou: “E me assustou esse ideia vereador e preciso por meu contraponto e dizer que aqui é onde o vereador pode falar tudo o que deve e o que quer”.

Na carne

Quando teve nova oportunidade de falar, o presidente Jefferson explicou que não se trata de maneira nenhuma de uma intenção de calar algum vereador ou fazer perseguição, mas que acredita que tem que ter regras a cumprir. “Inclusive muitas das situações que ocorreram foram com vereadores nossos, da situação. Se a gente tivesse um conselho de ético atuante talvez não aconteceria, ou essas pessoas seriam punidas. Então a intenção é esta, senhores, não é calar, não é abafar ninguém aqui, de maneira nenhuma. A intenção é regrar os trabalhos aqui da forma que o regimento nos permita para que a gente dê transparência e seriedade aos trabalhos da casa. Então fiquem tranquilos e por ventura eu fui mal interpretado. Não é essa a intenção e isso nós discutiremos entre todos aqui”.

Parque do Palácio – foto

Tenho que concordar com o vereador Vellinho Pinto sobre o cercamento do Parque do Palácio. Quando o prefeito começou a falar nesse investimento de imediato pensei que seria legal e que iria acrescentar. Alapuxa, eu pensava em algo bonito, moderno, passível de se incluir em uma foto, uma selfie, mas não aquilo ali. Aquilo é cercar para fechar o acesso apenas, sem qualquer acréscimo ao visual de uma cidade turística e muito menos ao local que é para, e espero que vá, abrigar o nosso Centro de Convenções. Logo agora que ali ao lado está iniciando a construção do Golden Villagio Laghetto, o primeiro resort de Canela, que é um lindo projeto.

É dinheiro único

Juntos os vereadores destinaram mais de R$ 750 mil ao Padre Franco para este ano. Imagine, leitor, o município destinou, no orçamento anual, R$ 300 mil. Ou seja, os técnicos do município entendem que R$ 300 mil é o valor ideal para auxiliar aquele projeto. Daí os vereadores vão lá e destinam mais R$ 750 mil, mais do que o dobro daquilo que era para ser o suficiente. Aí a Prefeitura contingencia R$ 200 mil dos 300, para primeiro pagar as famigeradas emendas impositivas do nobres edis e o presidente Maicon Moura tem um piti. Fica loko, bufa, se ‘esburracha’, aciona Deus e o mundo, para depois entender que se trata ‘apenas’ de um contingenciamento. Aí vai lá na Câmara e conta tudo lá, para deleite dos vereadores. Todos eles, os vereadores, sem exceção se solidarizam e fazem aquele discurso politiqueiro como se no resto do município não houvesse criança precisando de alguma ajuda. O vereador Alberi (MDB) Dias pronunciou a palavra “sacanagem”. Ele acha que a Prefeitura fez “sacanagem” com o Padre Franco, decidindo em pagar primeiro as emendas dos nobres edis e só após, mais para o fim do ano, os outros R$ 200 mil do orçamento da Prefeitura.

Distorção

Podem anotar, a partir deste ano o Padre Franco nunca mais será o mesmo. Aquele espírito comunitário, de solidariedade e voluntariado está sendo enforcado. Primeira coisa que o presidente vai fazer é dar aumento aos colaboradores, depois comprar móveis novos… De 2023, graças às emendas parlamentares e politicagem dos vereadores, que, ao invés de ajudar as mais diversas entidades sócias se legalizarem, preferem socar tudo em um saco só e fazer discurso fácil.

Eugênio Ferreira

O vereador Felipe Caputo trouxe à tribuna a situação da praça de lazer e esportes do Eugênio Ferreira. Em abril passado foi assinado o Termo de Início de Obra para a construção da sede da Associação de Moradores do Bairro Eugênio Ferreira, além de um campo de futebol, uma quadra de beach tennis, pracinha para as crianças e o cercamento da área. O complexo fica localizado em uma área pública entre a Rua Veneza e a Av. Roma. A empresa Modular Construção Comércio e Serviços LTDA foi a vencedora do processo licitatório e ficou responsável pela execução da obra, que teve o custo de R$ 589.611,16.

O vereador apresentou imagens mostrando um local inacabado, degradado, desleixado, abandonado e inútil. Porém, a Prefeitura dá conta de que complexo foi entregue pela contratada e claro, pago. Falta, às vistas da Prefeitura, conforme objeto do complexo, o entregar a Associação de Moradores para zelo, manutenção e claro, uso. Mas, até o momento, não há associação alguma constituída legalmente. Por isso o abandono, segundo explicações da prefeitura ao Integração. A secretaria de Obras informa que esteve lá esta semana, fazendo alguma manutenção, mas é preciso seguir com os cuidados do local.

Perguntinha: Você define os vereadores de situação e oposição na Câmara de Vereadores de Canela?

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