GRAMADO – A atriz Léa Garcia, que morreu na madrugada desta terça-feira (15), aos 90 anos, receberia hoje (15) o troféu Oscarito, a mais tradicional honraria concedida, desde 1990, pelo Festival de Cinema de Gramado, ao lado da atriz Laura Cardoso.
Léa Garcia possuía uma história antiga com Gramado, conquistando quatro Kikitos com Filhas do Vento, Hoje tem Ragu e Acalanto. Aos 90 anos, a veterana detinha de um currículo com mais de cem produções, incluindo cinema, teatro e televisão. Com uma célebre trajetória nas artes, foi indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes em 1957 por sua atuação no filme Orfeu Negro que, em 1960, ganharia o Oscar de melhor filme estrangeiro, representando a França.
Atuando em produções para televisão, cinema e teatro, Léa consolidou uma carreira de papéis marcantes em produções como Selva de Pedra, Escrava Isaura, Xica da Silva e O Clone. Foi peça fundamental na quebra da barreira dos personagens tradicionalmente destinados a atrizes negras. Tornou-se, assim, uma referência para jovens atores e admirada pela qualidade de suas atuações.
Dona Léa seguia ativa nas artes cênicas. Em 2022, atuou nos longas Barba, Cabelo e Bigode, Pacificado e O Pai da Rita. Ontem (14) havia confirmado negociações com a TV Globo para atuar no remake da novela Renascer.
A coletiva de imprensa com Léa Garcia e Laura Cardoso, originalmente programada para às 14h, está cancelada. De mesmo modo, a homenagem que seria entregue às duas será reagendada dentro da programação.
A exibição dos filmes “Ela mora logo ali” de Fabiano Barros e Rafael Rogante, “O barulho da noite”, de Eva Pereira, “Remendo”, de Roger Ghil e “Da porta pra fora”, de Thiago Foresti, seguem mantidas.











