GRAMADO – Profissionais merendeiras de escolas municipais de Gramado vivem dias de angústia e aflição. Elas alegam não terem recebido todo o pagamento de seus salários e também de benefícios como vales transporte e alimentação e não foram depositados os valores referentes ao FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
As profissionais foram contratadas e prestam serviço para uma empresa terceirizada da Prefeitura de Gramado, a Andolini Gestão de Recursos Humanos. Depois dos atrasos e falta de pagamentos por parte da terceirizada, a Prefeitura rescindiu o contrato.
“O Município rescindiu o contrato com a empresa terceirizada e efetuou o pagamento de salário de todas as empregadas, na sexta-feira, após a empresa enviar a documentação”
Procuradora-geral do Município, Mariana Melara Reis
As profissionais contestam a informação e dizem que ainda faltam valores para serem pagos, como vale alimentação, vale transporte, fundo de garantia e outros benefícios garantido em lei.
A procuradora Mariana Reis afirmou desconhecer essa informação e que os valores foram pagos a partir da documentação apresentada pela empresa Andolini.
“Toda a documentação foi fornecida pela empresa e baseados nela fizemos o pagamento. Se existe alguma inconsistência, é por falta de documentação fornecida pela empresa. As merendeiras não são empregadas do município e sim da empresa, logo só sabemos os valores a pagar pelo que nos é fornecido através de documentos”
Procuradora-geral do Município, Mariana Melara Reis
“Estamos dois meses tirando dinheiro do nosso bolso, para não deixar as crianças sem merenda. Não podemos parar os serviços para não prejudicar as crianças. A empresa empurra para a prefeitura e a prefeitura para empresa”, afirmou uma das merendeiras.
A Prefeitura de Gramado informou que uma nova empresa já assumiu o serviço e que não há receio de paralisação do serviço nas escolas.
Em áudios enviados para as merendeiras, o vereador Professor Daniel (PT) afirma que é dever da prefeitura pagar as profissionais. “Vocês trabalham em um lugar da prefeitura, aí agora eles querem tirar o corpo fora. Vamos aguardar para ver se eles pagam ou então vamos ir atrás para fazer alguma coisa”, diz o vereador em um dos áudios.
A merendeira ainda afirmou indignada: “Até o vereador falou que temos que receber nossos direitos”. Nossa reportagem entrou em contato com a empresa Andolini Gestão de Recursos Humanos, mas até o fechamento desta matéria não obtivemos retorno.